terça-feira, 2 de novembro de 2010

"NELSON GONÇALVES"


Antônio Gonçalves Sobral, mais conhecido como Nélson Gonçalves,
(Santana do Livramento, 21 de junho de 1919 — Rio de Janeiro, 18 de abril de 1998) foi um cantor brasileiro. Segundo maior vendedor de discos da história do Brasil, com mais de 75 milhões de copias vendidas, fica atrás apenas de Roberto Carlos,
com mais de 120 milhões. Seu maior sucesso foi a canção A volta do boêmio.
Nasceu no Rio Grande do Sul, mudou-se com os seus pais portugueses para São Paulo, no bairro do Brás. Quando criança, era levado, para praças e feiras pelo seu pai, que fazendo-se de cego, tocava violino, enquanto ele cantava.
Foi jornaleiro, mecânico, engraxate, polidor e tamanqueiro.
Foi também lutador de boxe na categoria peso-médio,
recebendo aos dezesseis anos o título de campeão paulista.
Mesmo com o apelido de "Metralha", por causa da gagueira, decidiu ser cantor.
Em uma de suas primeiras bandas, teve como baterista Joaquim Silva Torres.
Foi reprovado duas vezes no programa de calouros de Aurélio Campos.
Finalmente foi admitido na rádio PRA-5, mas dispensado logo depois.
Nesta época, casou-se com Elvira Molla e com ela teve dois filhos. Sem emprego, trabalhou como garçom, no bar do seu irmão, na avenida São João.
Seguiu para o Rio de Janeiro em 1939, onde trilhou mais uma vez o caminho dos programas de calouros. Foi reprovado novamente na maioria deles, inclusive no de Ary Barroso, que o aconselhou a desistir. Finalmente, em 1941, conseguiu gravar um disco de 78 rotações, que foi bem recebido pelo público. Passou a crooner do Cassino Copacabana (do Hotel Copacabana Palace) e assinou contrato com a Rádio Mayrink Veiga, iniciando uma carreira de ídolo do rádio nas décadas de 40 e 50, da escola dos grandes, discípulo de Orlando Silva e Francisco Alves.
Alguns de seus grandes sucessos dos anos 40 foram Maria Bethânia (Capiba), Normalista (Benedito Lacerda / Davi Nasser), Caminhemos (Herivelto Martins), Renúncia (Roberto Martins / Mário Rossi) e muitos outros. Maiores ainda foram os êxitos na década de 50, que incluem Última Seresta (Adelino Moreira / Sebastião Santana), Meu Vício É Você e a emblemática A Volta do Boêmio
(ambas de Adelino Moreira).
Na década de 50, além de shows em todo o Brasil, chegou a se apresentar em paises como Uruguai, Argentina e Estados Unidos, no Radio City Music Hall.
Em 1952, casou-se com Lourdinha Bittencourt, substituta de Dalva de Oliveira no Trio de Ouro. O casamento durou até 1959.
Em 1965, casa-se de novo, com Maria Luiza da Silva Ramos, com quem teve dois filhos, Ricardo da Silva Ramos Gonçalves e Maria das Graças da Silva Ramos Gonçalves. A caçula tem seu apelido no refrão da música Até 2001. (É no gogo gugu).
No entanto, o seu envolvimento com a cocaína, em 1958, tendo, inclusive, sido preso em flagrante em 1965 e passado um mês na Casa de Detenção, o que lhe trouxe problemas pessoais e profissionais. Superada a crise, lançou o disco A Volta do Boêmio nº1, um grande sucesso.
Após abandonar o vício com o apoio de sua mulher, retomou uma carreira bem sucedida.
Continuou gravando regularmente nos anos 70, 80 e 90, reafirmado a posição entre os recordistas nacionais de vendas de discos. Além dos eternos antigos sucessos, Nélson Gonçalves sempre se manteve atento a novos compositores, e chegou a gravar canções de Ângela Rô Rô (Simples Carinho), Kid Abelha (Nada por Mim), Legião Urbana (Ainda É Cedo) e Lulu Santos (Como uma Onda).

Ganhador de um prêmio Nipper da RCA, dado aos que permanecem muito tempo na gravadora, sendo somente Elvis Presley o outro agraciado. Durante sua carreira, gravou mais de duas mil canções, 183 discos em 78 rpm, 128 álbuns, vendeu cerca de 78 milhões de discos, ganhou 38 discos de ouro e 20 de platina.
Morreu em consequência de um enfarte agudo do miocárdio no apartamento de sua filha Margareth, no Rio de Janeiro.

Dramatizações

A vida de Nélson Gonçalves teve sua biografia dramatizada nas seguintes obras:
Na década de 90, foi encenado nas principais capitais do país o musical Metralha.
Em 2001 foi lançado o documentário Nélson Gonçalves, contando a sua trajetória, com direção de Elizeu Ewald e protagonizado por Alexandre Borges e Júlia Lemmertz, e tendo a sua filha Margareth Gonçalves como produtora executiva.

Discografia

Ver artigo principal: Discografia de Nelson Gonçalves
Também houve outra produção falando de sua vida

Maiores sucessos
(ordem cronológica)

1941 - Se Eu Pudesse um Dia
1942 - Dorme que Eu Velo por Ti
1942 - Fingiu Que Não Me Viu
1942 - Renúncia
1943 - Noite de Lua
1943 - Quando a Saudade Vier
1943 - Não Sou Feliz nos Amores
1943 - A Saudade É um Compasso de Mais
1943 - A Mulher do Seu José
1943 - Solidão
1943 - Perfeitamente
1944 - Sabiá de Mangueira
1944 - Quase Louco
1944 - Dos Meus Braços Tu Não Sairás
1944 - Ela me Beijou
1945 - Eu Não Posso Viver Sem Mulher
1945 - Aquela Mulher
1945 - Meus Amores
1945 - Maria Bethânia
1946 - Pelas Lágrimas
1946 - Seus Olhos na Canção
1946 - Segure no Meu Braço
1946 - Quando É Noite de Lua
1946 - Menina dos Olhos
1946 - A Você
1946 - Coração
1946 - Espanhola
1947 - Dona Rosa (com Isaura Garcia)
1947 - Segredo
1947 - A Rainha do Mar
1947 - Odalisca
1948 - Princesa de Bagdá
1948 - Perdôo, Sim
1949 - Normalista
1949 - Quando Voltares
1949 - Pepita
1952 - Confete Dourado
1953 - Camisola do Dia
1953 - Meu Vício É Você
1954 - Carlos Gardel
1954 - Francisco Alves
1955 - Último Desejo
1955 - Esta Noite me Embriago
1955 - Hoje Quem Paga Sou Eu
1956 - Nossa Senhora das Graças
1956 - Por um Beijo de Amor
1956 - Meu Vício É Você
1956 - Natal Branco (com o Trio de Ouro)
1957 - A Volta do Boêmio
1957 - Pensando em Ti
1957 - História da Lapa
1957 - Grilo Seresteiro
1958 - Escultura
1958 - Pensando em Ti
1959 - Prece ao Sol
1959 - Revolta
1959 - Deusa do Asfalto
1960 - Meu Dilema
1960 - Chore Comigo
1960 - Queixas
1961 - Negue
1961 - Fica Comigo Esta Noite
1962 - Dois Amores
1963 - Enigma

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