quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

"CARMEM MIRANDA"



Maria do Carmo Miranda da Cunha(Marco de Canaveses, 9 de fevereiro de 1909 — Beverly Hills, 5 de agosto de 1955), mais conhecida como Carmen Miranda, foi uma cantora e atriz luso-brasileira.Sua carreira artística transcorreu no Brasil e Estados Unidos entre as décadas de 1930 e 1950. Trabalhou no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão. Chegou a receber o maior salário até então pago a uma mulher nos Estados Unidos. Seu estilo eclético faz com que seja considerada precursora do tropicalismo, movimento cultural brasileiro surgido no final da década de 1960.

Carmen Miranda recebeu o nome de Maria do Carmo Miranda da Cunha .
Era a segunda filha do barbeiro José Maria Pinto Cunha (1887-1938) e de Maria Emília Miranda (1886-1971). Ganhou o apelido de Carmen no Brasil,
graças ao gosto que seu pai tinha por óperas.
Pouco depois de seu nascimento, seu pai, José Maria, emigrou para o Brasil, onde se instalou no Rio de Janeiro. Em 1910, sua mãe, Maria Emília seguiu o marido, acompanhada da filha mais velha, Olinda, e de Carmen, que tinha menos de um ano de idade. Carmen nunca voltou à sua terra natal, o que não impediu que a câmara do concelho de Marco de Canaveses desse seu nome ao museu municipal.
No Rio de Janeiro, seu pai abriu um salão de barbeiro na rua da Misericórdia, número 70, em sociedade com um conterrâneo. A família estabeleceu-se no sobrado acima do salão. Mais tarde mudaram-se para a rua Joaquim Silva, número 53, na Lapa.
No Brasil, nasceram os outros quatro filhos do casal: Amaro (1911), Cecília (1913), Aurora (1915 - 2005) e Oscar (1916).

Carmen estudou na escola de freiras Santa Teresa, na rua da Lapa, número 24.
Teve o seu primeiro emprego aos 14 anos numa loja de gravatas, e depois numa chapelaria. Contam que foi despedida por passar o tempo cantando, mas o seu biógrafo Ruy Castro diz que ela cantava por influência de sua irmã mais velha, Olinda,
e que assim atraía clientes.
Nesta época, a sua família deixou a Lapa e passou a residir num sobrado na Travessa do Comércio, número 13. Em 1925, Olinda, acometida de tuberculose, voltou a Portugal para tratamento, onde permaneceu até sua morte em 1931. Para complementar a renda familiar, sua mãe passou a administrar uma pensão doméstica que servia refeições para empregados de comércio.



Em 1926, Carmen, que tentava ser artista, apareceu incógnita em uma fotografia na sessão de cinema do jornalista Pedro Lima da revista Selecta.
Em 1929, foi apresentada ao compositor Josué de Barros, que encantado com seu talento passou a promovê-la em editoras e teatros. No mesmo ano, gravou na editora alemã Brunswick, os primeiros discos com o samba Não Vá Sim'bora e o choro Se O Samba é Moda. Pela gravadora Victor, gravou Triste Jandaia e Dona Balbina ou
"Buenas Tardes muchachos".

O início da carreira artística



O grande sucesso veio a partir de 1930, quando gravou a marcha
"Pra Você Gostar de Mim" ("Taí") de Joubert de Carvalho. Antes do fim do ano,
já era apontada pelo jornal O País como "a maior cantora brasileira".
Em 1933 ajudou a lançar a irmã Aurora na carreira artística.



No mesmo ano, assinou um contrato de dois anos com a rádio Mayrink Veiga para ganhar dois contos de réis por mês, o que hoje equivale a cerca de R$ 1000,00. Foi a primeira cantora de rádio a merecer contrato, quando a praxe era o cachê por participação. Logo recebeu o apelido de "Cantora do It".Em 30 de outubro realizou sua primeira turnê internacional, apresentando-se em Buenos Aires. Voltou à Argentina no ano seguinte para uma temporada de um mês na Rádio Belgrano.
Em dezembro de 1936, Carmem deixou a Mayrink Veiga e assinou com a Tupi,
ganhando cinco contos de réis

Carreira cinematográfica no Brasil




Em 20 de janeiro de 1936, estreou o filme Alô, Alô Carnaval com a
famosa cena em que ela e Aurora Miranda cantam "Cantoras do Rádio".
No mesmo ano, as duas irmãs passaram a integrar o elenco do Cassino da Urca de propriedade de Joaquim Rolla. A partir de então as duas irmãs se dividiram entre o palco do cassino e excursões frequentes pelo Brasil e Argentina.
Depois de uma apresentação para o astro de Hollywood Tyrone Power em 1938,
aventou-se a possibilidade de uma carreira nos Estados Unidos. Carmen recebia o fabuloso salário de 30 contos de réis mensais no Cassino da Urca e
não se interessou pela ideia.




Em 1939, o empresário estadunidense Lee Shubert e a atriz Sonja Henie assistiram ao espetáculo de Carmen no Cassino da Urca. Depois de um espetáculo no transatlântico Normandie, Carmen assinou contrato com o empresário. A execução do contrato não foi imediata, pois a cantora fazia questão de levar o grupo musical Bando da Lua para a acompanhar, mas o empresário estava apenas interessado em Carmen. Depois de voltar para os Estados Unidos, Shubert aceitou a vinda do Bando da Lua. Carmen partiu no navio Uruguai em 4 de maio de 1939, às vésperas da Segunda Guerra Mundial.
Em 29 de maio de 1939 Carmen estreou no espetáculo musical "Streets of Paris",
em Boston, com êxito estrondoso de público e crítica. As suas participações teatrais tornaram-se cada vez mais famosas. Em 5 de março de 1940, fez uma apresentação perante o presidente Franklin D. Roosevelt durante um banquete na Casa Branca.
Em 10 de julho de 1940 retornou ao Brasil, onde foi acolhida com enorme ovação pelo povo carioca. No entanto, em uma apresentação no Cassino da Urca com a presença de políticos importantes do Estado Novo,foi apupada pelos que consideravam "americanizada".
Entre os seus críticos havia muitos que eram simpatizantes de correntes políticas contrárias aos Estados Unidos.



Dois meses depois, no mesmo palco, Carmen foi aplaudida entusiasticamente por uma plateia comum. No mesmo mês gravou seus últimos discos no Brasil, onde respondeu com humor às acusações de ter esquecido o Brasil e ter-se "americanizado".
Em 3 de outubro, voltou aos Estados Unidos e gravou a marca de seus sapatos e mãos na Calçada da Fama do Teatro Chinês de Los Angeles.




Entre 1942 e 1953 atuou em 13 filmes em Hollywood e nos mais importantes programas de rádio, televisão, casas noturnas, cassinos e teatros norte-americanos.
A Política de Boa Vizinhança, implementada pelos Estados Unidos para buscar aliados na Segunda Guerra Mundial, incentivou a imigração de artistas latino-americanos. Apesar de ter chegado nos Estados Unidos antes da criação da Política de Boa Vizinhança, Carmen Miranda sempre foi identificada como a artista de
maior sucesso do projeto.

Vida amorosa e casamento




Em 1946, Carmen era a artista mais bem paga de Hollywood e a mulher que mais pagava imposto de renda nos EUA. Em 17 de março de 1947 casou-se com o americano David Sebastian, nascido em Detroit a 23 de novembro de 1908. Antes, Carmen namorou vários astros de Hollywood e também o músico brasileiro Aloysio de Oliveira,
integrante do Bando da Lua.
Antes de partir para os Estados Unidos e antes de conhecer o marido, Carmen namorou o jovem Mário Cunha e o bon vivant Carlos da Rocha Faria, filho de uma tradicional família do Rio de Janeiro. Já nos EUA, Carmen manteve caso com os atores
John Wayne e Dana Andrews.
O casamento é apontado por todos os biógrafos e estudiosos de Carmen Miranda como o começo de sua decadência moral e física. Seu marido, David, antes um simples empregado de produtora de cinema, tornou-se "empresário" de Carmen Miranda e conduzia mal seus negócios e contratos. Também era alcoólatra e pode ter estimulado Carmen Miranda a consumir bebidas alcoólicas, das quais ela logo se tornaria dependente. O casamento entrou em crise já nos primeiros meses, por conta de ciúmes excessivos, brigas violentas e traições de David, mas Carmen Miranda não aceitava o desquite pois era uma católica convicta. Engravidou em 1948, mas sofreu um aborto espontâneo depois de uma apresentação e não conseguiu mais engravidar, o que agravou suas crises depressivas e o abuso com bebidas e remédios sedativos.

Dependência de barbitúricos



Desde o início de sua carreira americana, Carmen fez uso de barbitúricos para poder dar conta de uma agenda extenuante. Adquiria as drogas com receitas médicas pois, na época, elas eram receitadas pelos médicos sem muitas preocupações com efeitos colaterais. Nos Estados Unidos, tornou-se dependente de vários outros remédios, tanto estimulantes quanto calmantes. Por ser também viciada em cigarro e beber muito álcool, o efeito das drogas foi potencializado. Por conta do uso cada vez mais frequente, Carmen desenvolveu uma série de sintomas característicos do uso de drogas, mas não percebia os efeitos devastadores, que foram erroneamente diagnosticados como estafa (cansaço) por médicos americanos.
Foi numa tarde em 1942. A Igreja estava vazia, a não ser uma moça que rezava contritamente diante do altar de Nossa Senhora das Graças. Uma senhora havia me trazido uma criança para batizar, mas, por morar muito longe daqui, e não poder pagar as passagens para alguém vir, não trouxera madrinha para o filho.
Aproximei-me, então, da moça que orava e perguntei-lhe se me faria aquele favor, de repetir, pela criança, as palavras do batismo. Ela concordou imediatamente, serviu como madrinha do bebê. Depois. mandou o seu carro branco buscar o resto da família da pobre senhora para uma festa de batizado na sua casa. Eu soube, então, que a moça era a estrela Carmen Miranda e sua simplicidade deixou-me uma profunda impressão, solidificada, depois, pelas suas constantes vindas à Igreja que se lhe tomou um segundo lar, dando-nos ela um altar novo para Nossa Senhora.
— Palavras do padre Joseph na missa do funeral de Carmen Miranda, agosto de 1955

Em 3 de dezembro de 1954, Carmen retornou ao Brasil após uma ausência de 14 anos viajando e fazendo shows pelo mundo, além de estar morando nos EUA. Ela continuava casada e sofrendo com o marido, cada vez mais alcoólatra e violento. Seu médico brasileiro constatou a dependência química e tentou desintoxicá-la. Ficou quatro meses internada em tratamento numa suíte do hotel Copacabana Palace. Carmen melhorou, embora não tenha abandonado completamente drogas, álcool e cigarro. Os exames realizados no Brasil não constataram alterações de frequência cardíaca.

A morte nos EUA

Ligeiramente recuperada, retornou para os Estados Unidos em 4 de abril de 1955. Imediatamente começou com as apresentações. Fez uma turnê por Cuba e Las Vegas entre os meses de maio e agosto e voltou a usar barbitúricos, além de fumar e beber mais do que já fumava e bebia. No início de agosto, Carmen gravou uma participação especial no programa televisivo do comediante Jimmy Durante. Durante um número de dança, sofreu um ligeiro desmaio, desequilibrou-se e foi amparada por Durante. Recuperou-se e terminou o número. Na mesma noite, recebeu amigos em sua residência em Beverly Hills, à Bedford Drive, 616. Por volta das duas da manhã, após beber e cantar algumas canções para os amigos presentes, Carmen subiu para seu quarto para dormir. Acendeu um cigarro, vestiu um robe, retirou a maquiagem e caminhou em direção à cama com um pequeno espelho à mão. Um colapso cardíaco fulminante a derrubou morta sobre o chão no dia 5 de agosto. Seu corpo foi encontrado pela
mae no dia seguinte, as 10h30 da manha. Tinha 46 anos.

Funeral e sucesso no Brasil



Aurora Miranda, sua irmã, recebeu na mesma madrugada um telefonema do marido de Carmen Miranda avisando sobre o falecimento. Aurora Miranda se desesperou por completo e passou então a notícia para as emissoras de rádio e jornais. Heron Domingues, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, foi o primeiro a noticiar a morte de Carmen Miranda em edição extraordinária do Repórter Esso.
Em 12 de agosto de 1955, seu corpo embalsamado desembarcou de um avião no Rio de Janeiro. Sessenta mil pessoas compareceram ao seu velório realizado no saguão da Câmara Municipal da então capital federal. O cortejo fúnebre até o Cemitério São João Batista foi acompanhado por cerca de meio milhão de pessoas que cantavam esporadicamente, em surdina, "Taí", um de seus maiores sucessos.
No ano seguinte, o prefeito do Rio de Janeiro Francisco Negrão de Lima assinou um decreto criando o Museu Carmen Miranda, o qual somente foi inaugurado em 1976
no Aterro do Flamengo.
Hoje, uma herma em sua homenagem se localiza no Largo da Carioca, Rio de Janeiro.

Filmografia




Todos os títulos em Português dos filmes estrangeiros referem-se
a exibições no Brasil.

1932 Carnaval Cantado de 1932 no Rio
1933 A Voz do Carnaval
1935 Alô, Alô, Brasil
1935 Estudantes
1936 Alô, Alô, Carnaval
1939 Banana-da-Terra
1940 Laranja-da-China
1940 Serenata Tropical
1941 Uma Noite no Rio (That Night in Rio)
1941 Aconteceu em Havana (Week-end in Havana)
1942 Minha Secretária Brasileira (Springtime in the Rockies)
1943 Entre a Loura e a Morena (The Gang's All Here ou The Girls He Lef Behind)
1944 Quatro Moças num Jipe (Four Jills in a Jeep)
1944 Serenata Boêmia (Greenwich Village)
1944 Alegria, Rapazes (Something for the Boys)
1945 Sonhos de Estrela (Doll Face)
1946 Se Eu Fosse Feliz (If I'm Lucky)
1947 Copacabana (Copacabana)
1948 O Príncipe Encantado (A Date with Judy)
1950 Romance Carioca (Nancy Goes to Rio)
1953 Morrendo de Medo (Scared Stiff)

Canções mais famosas

As Cinco Estações do Ano (gravada com Lamartine Babo, Mário Reis,
Almirante e Grupo do Canhoto em 6 de julho de 1933)
Adeus, Batucada (gravada com Orquestra Odeon em 24 de setembro de 1935)
Alô… Alô?(gravada com Mário Reis e Grupo do Canhoto em 18 de dezembro de 1933)
Ao Voltar do Samba (Arlequim de Bronze) (gravado com o Grupo do Canhoto em 26 de março de 1934)
Boneca de Piche (gravada com Almirante e Orquestra Odeon em 31 de agosto de 1938)
Cachorro Vira-Lata (gravada com Regional de Benedito Lacerda em 4 de maio de 1937)
Cai, Cai (gravada com Bando da Lua em 5 de janeiro de 1941)
Camisa Amarela (gravada com Grupo da Odeon em 20 de setembro de 1937)
Camisa Listada (gravada com Bando da Lua em 28 de agosto de 1939)
Cantores do Rádio (gravada com Aurora Miranda e Orquestra Odeon em 18 de março de 1936)
Chattanooga Choo Choo (gravada com Bando da Lua e Garoto em 25 de julho de 1942)
Chegou a Hora da Fogueira (gravada com Mário Reis e Diabos do Céu em 5 de junho de 1933)
Chica-Chica-Bum-Chic (gravada com Bando da Lua em 5 de janeiro de 1941)
Como "Vaes" Você? (gravada com Ary Barroso e Regional de Pixinguinha e Luperce Miranda em 2 de outubro de 1936)
Cuanto Le Gusta (gravada com Irmãs Andrews e Orquestra de Vic Schoen em 29 de novembro de 1947)
Disseram Que Voltei Americanizada
(gravada com Conjunto Odeon em 2 de setembro de 1940)
E Bateu-Se a Chapa (gravada com Regional de Benedito Lacerda em 26 de junho de 1935)
E o Mundo Não Se Acabou (gravada com Regional Odeon em 9 de março de 1938)
Eu Dei (gravada com Regional Odeon em 21 de setembro de 1937)
Eu Também(gravada com Lamartine Babo e Diabos do Céu em 5 de janeiro de 1934)
Goodbye, Boy (gravada com Orquestra Victor Brasileira em 29 de novembro de 1932)
I Like You Very Much (Ai, Ai, Ai) (gravada com Bando da Lua em 5 de janeiro de 1941)
I Make My Money with Bananas
Isto É Lá com Santo Antônio
(gravada com Mário Reis e Diabos do Céu em 14 de maio de 1934)
Me Dá, Me Dá (gravada com Regional de Benedito Lacerda em 4 de maio de 1937)
Minha Embaixada Chegou (gravada com Grupo do Canhoto em 28 de setembro de 1934)
Moleque Indigesto (gravada com Lamartine Babo e Grupo Velha Guarda em 5 de janeiro de 1933)
Na Baixa do Sapateiro (Bahia) (gravada com Orquestra Odeon em 17 de outubro de 1938)
Na Batucada da Vida (gravada com Diabos do Céu em 20 de março de 1934)
No Tabuleiro da Baiana (gravada com Luís Barbosa e Regional de Luperce Miranda em 29 de setembro de 1936)
O Que É Que a Bahiana Tem? (gravada com Dorival Caymmi e Conjunto Regional em 27 de fevereiro de 1939)
O Tique-Taque do Meu Coração (gravada com Regional de Benedito Lacerda em 7 de agosto de 1935)
Primavera no Rio (gravada com Diabos do Céu em 20 de agosto de 1934)
Querido Adão (gravada com Orquestra Odeon em 26 de setembro de 1935)
Rebola, Bola(gravada com o Bando da Lua em 9 de outubro de 1941)
Recenseamento (gravada com Conjunto Odeon em 27 de setembro de 1940)
Samba Rasgado (gravada com Grupo Odeon em 7 de março de 1938)
Sonho de Papel (gravada com Orquestra Odeon em 10 de maio de 1935)
South American Way (gravada com Bando da Lua e Garoto em 26 de dezembro de 1939)
Taí (Pra Você Gostar de Mim) (gravada com Orquestra Victor em 27 de janeiro de 1930)
Uva de Caminhão (gravada com Conjunto Odeon em 21 de março de 1939)
Voltei pro Morro (gravado com Conjunto Odeon em 2 de setembro de 1940)

"PATRICIO TEIXEIRA"


Patricio Teixeira (Rio de Janeiro, 17 de março de 1893 — Rio de Janeiro,
9 de outubro de 1972) foi um cantor e violonista brasileiro.
Patricio foi um dos pioneiros da gravação no Brasil, iniciando carreira na década
de 20 nas companhias Odeon, Parlophon, Columbia e Victor.
Nasceu na Praça 11 e não conheceu o pai nem a mãe. De 1910 a 1915,
acompanhava-se ao violão, fazendo serenatas na Vila Isabel e na Praça 11.
Com o aparecimento do rádio, foi um dos pioneiros participando como cantor inicialmente na Rádio Clube do Brasil, passando para a Guanabara, Cajuti, Sociedade, Mayrink Veiga e outras. Somou quase trinta anos prestando serviços
em emissoras de rádio.
Gravou diversos discos, interpretando valsas, modinhas, lundus, sambas etc.
Trabalhou com Pixinguinha, Donga e os Oito Batutas, e nas décadas de 20 e 30 emplacou vários sucessos: "Casinha Pequenina", "Trepa no Coqueiro"
(Ari Kerner), "Gavião Calçudo" (Pixinguinha), "Xoxô" (Luperce Miranda),
"Cabide de Molambo" (João da Baiana), "Sete Horas da Manhã" (Ciro de Souza).
Um de seus sucessos, "Não tenho lágrimas", está na trilha sonora do clássico filme "Touro Indomável", de Martin Scorsese e com Robert de Niro no papel principal.
Teve atuação destacada como professor de violão e canto. Algumas de suas alunas foram Aurora Miranda, Linda Batista e as irmãs Danuza e Nara Leão,
além da atriz Maria Lúcia Dahl.

Maiores sucessos

Diabo sem rabo (Milton de Oliveira e Haroldo Lobo), 1938
Gavião Calçudo (Pixinguinha e Cícero de Almeida), 1929
Não tenho lágrimas (Mílton de Oliveira e Max Bulhões), 1937
No tronco da amendoeira (Mílton de Oliveira), 1939
Perdi minha mascote (João da Baiana), em dueto com Carmen Miranda, 1933
Sabor do samba (Kid Pepe e Germano Augusto) 1934
Samba de fato (Pixinguinha e Cícero de Almeida) 1932
Sete horas da manhã (Ciro de Sousa) 1941
Xo-xo (Luperce Miranda) em dueto com Francisco Alves, 1930

"ARACI CORTES"


Zilda de Carvalho Espíndola, conhecida como Aracy Cortes,
(Rio de Janeiro, 31 de março de 1904 — Rio de Janeiro, 8 de janeiro de 1985)
foi uma cantora brasileira.
Nascida no Estácio, foi criada pela madrinha muito severa;
cresceu e mudou-se com a família para o Catumbi, aonde teve como vizinho um rapaz negro que tocava flauta, Pixinguinha, o fundador do grupo Oito batutas.
Por iniciativa própria começou a cantar em vários teatros da cidade, tornando-se conhecida pela voz de timbre soprano e o jeito personalista de cantar.
O reconhecimento veio com a música Que Pedaço, de Sena Pinto (1923), e em seguida outro sucesso, Jura, de Sinhô (1928). Na esteira do sucesso e já muito enfronhada com o mundo da música, foi ela quem lançou também, na década de 1930, outros compositores, então desconhecidos: Ary Barroso, Assis Valente, Clementina de Jesus, Paulinho da Viola. Com apresentações recorrentes nos teatros de revista, que reuniam a nata do meio artístico, projetou-se como a primeira grande cantora popular, destacando-se em meio ao quase exclusivismo das vozes masculinas da época.
Foi dela também a primeira audição de Aquarela do Brasil (Ary Barroso), a primeira e mais importante canção exportada para os EUA, inaugurando o gênero samba-exaltação.

Aracy revelou-se um dos maiores nomes do gênero samba-canção. Comparado ao bolero pela exploração e exaltação do tema amor-romântico ou pelo sofrimento de um amor não realizado, foi chamado também de dor-de-cotovelo ou fossa. O samba-canção (surgido na década de 30) antecedeu o movimento da bossa nova (surgido ao final da década de 1960), com o qual Maysa Matarazzo já foi identificada. Mas este último representou um refinamento e uma maior leveza nas melodias e interpretações em detrimento do drama e das melodias ressentidas, da dor-de-cotovelo e da melancolia.

Maiores sucessos

1925 - Petropolitana
1925 - Serenata de Toselli
1925 - A Casinha (A Casinha da Colina)
1926 - Serenata de Toselli
1928 - Chora, Violão
1928 - Jura
1929 - Ai, Ioiô
1929 - Yaya (Linda flor)
1929 - "A polícia já foi lá em casa"
1929 - "Vão por mim" - com Francisco Alves
1929 - "Baianinha"
1930 - Você Não Era Assim
1931 - Quero Sossego
1931 - Reminiscências
1932 - Tem Francesa no Morro
1932 - Dentinho de Ouro
1932 - Que é Que…?
1951 - Eu Sou Assim
1951 - Eu Sou Assim


sábado, 4 de dezembro de 2010

"ROBERTO LUNA"


Roberto Luna (nascido Valdemar Farias em Serraria, 1 de dezembro de 1929)
é um cantor brasileiro.
Fez sucesso com a canção Castigo, gravada em 1958. Tem no currículo mais de 60 LPs e ganhou vários prêmios importantes. Antes da fama, foi crooner de várias casas noturnas cariocas. No cinema, atuou no filme O Bandido da Luz Vermelha, que o consagrou como um dos artistas mais queridos da época.
Dentre seus maiores sucessos figuram "Molambo", que fez parte da trilha sonora da minissérie Hilda Furacão, "O Relógio" e a versão de "El dia que me Quieras".

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

"ZÉ KETI"


Zé Keti, nome artístico de José Flores de Jesus, (Rio de Janeiro, 6 de outubro de 1921 — Rio de Janeiro, 14 de novembro de 1999) foi um cantor e
compositor do samba brasileiro.
Nascido em 16 de setembro de 1921, embora tenha sido registrado, em 6 de outubro, no bairro de Inhaúma, José Flores de Jesus, ficou conhecido como Zé Kéti . Em 1924, foi morar em Bangu na casa do avô, o flautista e pianista João Dionísio Santana, que costumava promover reuniões musicais em sua casa, das quais participavam nomes famosos da música popular brasileira como Pixinguinha, Cândido (Índio) das Neves, entre outros. Filho de Josué Vale da Cruz, um marinheiro que tocava cavaquinho, cresceu ouvindo as cantorias do avô e do pai. Após a morte do avô, em 1928,
mudou-se para a Rua Dona Clara. Cantou o samba, as favelas,
a malandragem e seus amores.
Ele começou a atuar na década de 1940, na ala dos compositores da escola de samba Portela. Entre 1940 e 1943, compôs sua primeira marcha carnavalesca: "Se o feio doesse". Em 1946, "Tio Sam no Samba" foi o primeiro samba de sua autoria gravado (pelo grupo Vocalistas Tropicais). Em 1951, obteve seu primeiro grande sucesso com o samba "Amor passageiro", parceria com Jorge Abdala gravado por Linda Batista na RCA. No mesmo ano, seu samba "Amar é bom", parceria com Jorge Abdala foi gravado na Todamérica pelos Garotos da Lua.
Em 1955, sua carreira começou a deslanchar quando seu samba "A voz do morro", gravada por Jorge Goulart e com arranjo de Radamés Gnattali, fez enorme sucesso na trilha do filme "Rio 40 graus", de Nelson Pereira dos Santos. Neste filme, trabalhou também como segundo assistente de câmera e ator. Outro sucesso na anos cinquenta, foi "Leviana", que também foi incluído no filme "Rio 40 Graus" (1955), de Nelson Pereira dos Santos, diretor com o qual trabalhou também no filme
"Rio Zona Norte" (1957).
Dono de um temperamento tímido, seu pseudônimo veio do apelido de infância
"Zé Quieto" ou "Zé Quietinho". No ano de 1962 idealizou o conjunto A Voz do Morro, do qual participou e que ainda contava com Elton Medeiros, Paulinho da Viola, Anescarzinho do Salgueiro, Jair do Cavaquinho, José da Cruz, Oscar Bigode e Nelson Sargento. O grupo lançou três discos.
Em 1964, participou do espetáculo "Opinião", ao lado de João do Vale e Nara Leão, que o levou ao concerto que tornou conhecidas algumas de suas composições, como "Opinião" e "Diz que Fui por Aí" (esta em parceria com Hortênsio Rocha). No ano seguinte, lançou "Acender as velas", considerada uma de suas melhores composições. Esta música inclui-se entre as músicas de protesto da fase posterior a 1964; a letra deste samba possui um impacto forte, criado pelo relato dramático do dia-a-dia da favela. Nara Leão, Elis Regina fizeram um enorme sucesso com a gravação desta música.
Também em 1964, gravou pelo selo Rozemblit um compacto simples que tinha a música "Nega Dina". Nessa mesma época, recebeu o troféu Euterpe como o melhor compositor carioca e, juntamente com Nelson cavaquinho, o troféu O Guarany, como melhor compositor brasileiro. Com Hildebrando Matos, compôs em 1967 a marcha-rancho "Máscara Negra", outro grande sucesso, gravada por ele mesmo e também por Dalva de Oliveira, foi a música vencedora do carnaval, tirando o 1º lugar no 1º Concurso de Músicas para o Carnaval, criado naquele ano pelo Conselho Superior de MPB do Museu da Imagem e do Som e fazendo grande sucesso nacional.
Nos anos seguintes, viveu um período de esquecimento na música do Brasil. Durante a década de 1980, Zé Keti morou em São Paulo. Em 1987, no início de julho, teve o primeiro derrame cerebral.
Em 1995, década seguinte, voltou a morar no Rio com uma das filhas.
Continuou compondo, cantando e lançou um disco.
Em 1996, lançou o CD "75 Anos de Samba", com participação de Zeca Pagodinho, Monarco, Wilson Moreira e Cristina Buarque. Este CD foi produzido por Henrique Cazes, com quatro músicas inéditas e vários sucessos antigos. Nesse mesmo ano, subiu ao palco com Marisa Monte e a Velha Guarda da Portela e interpretou com enorme sucesso alguns clássicos do samba, como "A voz do morro" e "O mundo é um moinho", de Cartola, entre outros.
Em 1997, recebeu da Portela um troféu em reconhecimento pelo seu trabalho e participou da gravação do disco Casa da Mãe Joana. Em 1998, ganhou o Prêmio Shell pelo conjunto de sua obra: mais de 200 músicas. Nesta noite foi homenageado por muitos músicos da Portela, entre eles, Paulinho da Viola, Élton Medeiros, Monarco e a própria Velha Guarda, em show dirigido por Sérgio Cabral e encenado, em noite única, no Canecão do RJ.
Em janeiro de 1999, recebeu a placa pelos 60 anos de carreira na roda de samba da Cobal do Humaitá. Apresentou-se ao lado da Velha Guarda da Portela e teve várias músicas regravadas.
Aos 78 anos, Zé Keti morreu de falência múltipla dos órgãos em 1999.

"CARLOS JOSÉ"


Deixou a carreira de advogado para se dedicar à música. Seu grande sucesso foi Esmeralda, gravada em 1960. O ótimo resultado do trabalho lhe permitiu vender milhares de discos e receber prêmios como o de cantor revelação e o Troféu Quarto Centenário. Apresentou-se nos palcos de todo o país e nos programas de televisão.
Atualmente dirige a SOCINPRO, empresa carioca que administra e protege os direitos autorais de músicos e compositores. Também apresenta um programa de rádio, o Eles Têm Historia para Contar, na Rádio Roquette Pinto do Rio de Janeiro. É irmão do músico Luiz Cláudio Ramos.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"HEBE CAMARGO"


Hebe Maria Monteiro de Camargo Ravagnani (Taubaté, 8 de março de 1929)
é uma consagrada apresentadora de televisão, atriz e cantora brasileira.
Ravagnani é seu sobrenome de casada.
Nascida em Taubaté, filha de Ester e Sigesfredo Monteiro de Camargo (apelidao de Fego), Hebe teve uma infância humilde. Na década de 1940, formou, com sua irmã Stella Camargo Reis, a dupla caipira "Rosalinda e Florisbela". Seguiu na carreira de cantora com apresentações de sambas e boleros em boates, quando abandonou a carreira musical para se dedicar mais ao rádio e à televisão.
Ela estava no grupo que foi ao porto da cidade de Santos buscar os equipamentos de televisão para a formação da primeira rede brasileira, a Rede Tupi. Foi convidada por Assis Chateaubriand para participar da primeira transmissão ao vivo da televisão brasileira, no bairro do Sumaré, na cidade de São Paulo, em 1950.
No primeiro dia de transmissões da Rede Tupi, Hebe Camargo deveria cantar logo no início das transmissões o "Hino da Televisão", mas alegou estar doente e
faltou ao evento, sendo substituída por Lolita Rodrigues.
Durante muito tempo as duas, que são amigas desde aquela época, não admitiram se Hebe deixou de cantar o Hino porque estava doente ou se foi por causa de um encontro amoroso. No programa "Irritando Fernanda Young", exibido no dia 30 de dezembro de 2002 pelo canal pago GNT ela revelou ter ido acompanhar seu namorado na época numa cerimônia, onde ele seria promovido, no Teatro Cultura Artística.
O programa Rancho Alegre (1950) foi um dos primeiros programas em que Hebe participou na TV Tupi, Canal 3, de São Paulo: Hebe fez um dueto com o cantor Ivon Curi, sentada em um balanço de parquinho infantil. Estas imagens estão gravadas em filme e são consideradas relíquias da televisão brasileira, uma vez que o videotape ainda não existia e na época não se guardava a programação em acervos,
como atualmente.
A estreia na TV ocorreu, em 1955, no primeiro programa feminino da TV brasileira, O Mundo é das Mulheres, onde chegou a apresentar cinco programas por semana.
Em 10 de abril de 1966, vai ao ar, pela primeira vez, o programa dominical de Hebe Camargo, pela TV Record (Canal 7 de São Paulo, atual Rede Record); o programa a consagra como entrevistadora e ela se torna líder absoluta de audiência, acompanhada do músico Caçulinha e seu Regional.
Durante a Jovem Guarda, Hebe deu espaço a novos talentos, como Roberto Carlos, Martinha, Wanderléa e Ronnie Von, a quem apelidou de Príncipe.
Logo depois, a apresentadora Cidinha Campos veio ajudá-la nas entrevistas. Hebe também arranjava tempo para o seu programa diário na Jovem Pan - Rádio Panamericana.
Hebe passou por quase todas as emissoras de TV do Brasil, entre elas a Record e a Bandeirantes, nas décadas de 1970 e 1980.
Desde 1986 Hebe está no SBT, onde já apresentou três programas: Hebe, que ainda está no ar, Hebe por Elas e Fora do Ar, além de participar do Teleton e em especiais humorísticos, como um quadro do espetáculo da entrega do Troféu Roquette Pinto, Romeu e Julieta, em que contracenou com Ronald Golias e Nair Bello, já falecidos, artistas que foram grandes amigos da apresentadora.
O programa Hebe, no ar desde o dia 4 de março de 1986, atualmente nas noites de segunda-feira, e durante algum tempo nas noites de terça-feira e sábados, a apresentadora recebe convidados para pequenos debates e apresentações musicais: todos se sentam em um confortável sofá,
que é quase uma instituição da televisão brasileira.
Atrações internacionais como Julio Iglesias, Enrique Iglesias, Laura Pausini, Thalia, Gloria Stefan, Shakira, Sarah Brightman, entre outros,
são convidados recorrentes no programa.
Em 1995, a gravadora EMI lançou um CD com os maiores sucessos de Hebe.




Em 1999 voltou a lançar um CD. Em 22 de abril de 2006 comemorou o 1.000º
programa pelo SBT.
Atualmente, o programa Hebe é exibido todas as segundas-feiras, às 21:00.
Além da carreira de apresentadora e cantora, Hebe atuou em alguns filmes e foi convidada especial de telenovelas, programas humorísticos e entrevistas em telejornais.

Doença

No dia 8 de janeiro de 2010, Hebe foi internada no hospital Albert Einstein, em São Paulo.Informações preliminares adiantavam que ela passaria por uma cirurgia para a retirada de um tumor no estômago. Um boletim emitido posteriormente pelo hospital divulgou que Hebe foi submetida a uma laparoscopia diagnóstica, que encontrou nódulos no peritônio.O resultado da análise confirmou a existência de um tumor primário na região.

Filho e casamento

É viúva do empresário Lélio Ravagnani. Tem um filho com ele chamado Marcello, que também é empresário. Em uma entrevista a revista Veja, declarou que aos 18 anos, na sua primeira vez, engravidou do seu namorado, o empresário Luíz Ramos. Como ele a traía constantemente e por ser vergonhoso para os pais terem uma filha mãe solteira, ela, sem contar a ninguém, decidiu fazer um aborto, que foi sem anestesia e a fez sofrer muito, por semanas. Diz que não se arrepende e fez isso na hora certa. Não poderia ter um filho naquela época, afirmou.

DVD Ao Vivo (2010)

Aos 81 anos, "Hebe Camargo" se prepara para gravar seu primeiro DVD ao vivo. Em dois shows, um em São Paulo, no Credicard Hall (em 27 de outubro de 2010) e outro no Rio de Janeiro, no Citibank Hall (em 24 de novembro de 2010), a loira irá dividir o palco com personalidades da música brasileira. Fábio Jr., Daniel, Leonardo, Maria Rita, Paula Fernandes, Chitãozinho e Xororó e Bruno e Marrone estarão ao lado da diva brasileira em momento marcante de sua carreira. "O show está bem variado. Penso que nem preciso ir, vou ficar só assistindo…", diz. "Meu maior medo é ninguém aparecer", contou ela em encontro com a imprensa em São Paulo, nesta terça-feira (21). "Jamais dei uma coletiva. Estou assustada", revelou.
No CD, que chega às lojas na primeira semana de outubro de 2010, "Hebe" ainda divide canções com grandes personalidades da música, como Roberto Carlos. "Eu gravei minha parte em São Paulo e os meus convidados no Rio de Janeiro", contou ela, relembrando que nomes como Daniel Boaventura e Ivan Lins também estão no projeto.
No paSsado, a rainha da televisão precisou escolher entre seguir a carreira de apresentadora ou a música. "Fiz dois discos antes desse, mas não foram muito bons. Acho que é porque a apresentadora estava cobrindo a cantora."
Questionada de onde tira tanta energia para seguir em turnê (que deve começar em março de 2011), ela é rápida: "a alegria de ter uma recuperação rápida (Hebe passou por um câncer no início do ano) me deu essa energia… Além disso, me alimento bem e durmo que nem uma bonequinha. Costumo brincar que sou uma artista", explicou ela que, depois de se apresentar em São Paulo e Rio para a gravação do DVD ao vivo segue para outras capitais brasileiros. "Com certeza faremos Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador… Serão 12 shows, um por mês. Se der, eu faço mais."

Trabalhos Televisão

1986 a 2010 - Hebe - SBT
2010 - Fantástico - Globo
2010 - SBT - Brasil - SBT
2009 - Elas Cantam Roberto - Globo
2007 - Amigas e Rivais - SBT
2005 - Fora do Ar - SBT
2003 - Romeu e Julieta Versão 3 - SBT
2001 - SBT Palace Hotel - SBT
2000 - TV Ano 50 - Globo
1995 - Escolinha do Golias - SBT
1990 - Romeu e Julieta Versão 2 - SBT
1980 - Cavalo Amarelo - Band
1978 - O Profeta - TV Tupi
1970 - As Pupilas do Senhor Reitor - TV Record
1968 - Romeu e Julieta Versão 1 - TV Record
1950 - Primeira Apresentação Musical da TV Brasileira - TV Tupi

Cinema

2009 - Xuxa e o Mistério de Feiurinha
2005 - Coisa de Mulher
2000 - Dinossauro (dublagem da personagem Baylene em português)
1960 - Zé do Periquito
1951 - Liana, a Pecadora
1949 - Quase no Céu

Na Música

Hebe e Vocês (1959)
Festa de Ritmos (1961)
Hebe Camargo (1966)
Maiores Sucessos (1995)
Pra Você (1998)
Como É Grande o Meu Amor Por Vocês (2001)
As Mais Gostosas Da Hebe (2007)
Hebe Mulher (2010)

"LUPICÍNIO RODRIGUES"


Lupicínio Rodrigues (Porto Alegre, 16 de setembro de 1914 — Porto Alegre,
27 de agosto de 1974) foi um compositor brasileiro.
Lupe, como era chamado desde pequeno, compôs marchinhas de carnaval e sambas-canção, músicas que expressam muito sentimento, principalmente a melancolia por um amor perdido. Foi o inventor do termo dor-de-cotovelo, que se refere à prática de quem crava os cotovelos em um balcão ou mesa de bar, pede um uísque duplo, e chora o amor que perdeu. Constantemente abandonado pelas mulheres,
Lupicínio buscou em sua própria vida a inspiração para suas canções,
onde a traição e o amor andavam sempre juntos.
De 1935 a 1947, trabalhou como bedel da Faculdade de Direito da UFRGS. Nunca saiu de Porto Alegre, a não ser por uns meses em 1939, para conhecer o ambiente musical carioca. Porto Alegre era seu berço querido e todo o seu universo.
Boêmio, foi proprietário de diversos bares, churrascarias e restaurantes com música, que seguidamente ia abrindo e fechando, tudo apenas para ter, antes do lucro, um local para encontro com os amigos.
Torcedor do Grêmio, compôs o hino tricolor, em 1953: Até a pé nós iremos / para que der e vier / Mas o certo é que nós estaremos / com o Grêmio onde o Grêmio estiver. Seu retrato está na Galeria dos Gremistas Imortais, no salão nobre do clube.
Deixou cerca de uma centena e meia de canções editadas; outras centenas que compôs foram perdidas, esquecidas ou estão à espera de quem as resgate.

ObraS

Aves daninhas
Cadeira vazia
Cevando o amargo
Ela disse-me assim
Esses moços, pobres moços
Exemplo
Felicidade
Foi assim
Hino do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense
Judiaria
Loucura
Maria Rosa
Nervos de Aço
Nunca
Quem há de dizer
Se acaso você chegasse
Se é verdade
Sozinha
Torre de Babel
Um favor
Vingança
Volta
Zé Ponte

"FRANCISCO PETRÔNIO"


Francisco Petrônio (Francisco Petrone)
(*08/11/1923 São Paulo, SP - +18/1/2007 São Paulo, SP)
Cantor. Compositor. Foi motorista de táxi. Foi chamado pelo apresentador de Tv Airton Rodrigues de "A voz de veludo do Brasil".
Começou a carreira artística já com 37 anos de idade, em 1960, quando era motorista de táxi e ao transportar o amigo e radialista Nerino Silva, disse que gostaria de cantar. O amigo levou-o então para um teste nas Emissoras Associadas no qual foi aprovado e contratado por um período de 2 anos. Em 1961, começou a atuar profissionalmente nas Rádio e TV Tupi de São Paulo. No mesmo ano, gravou seu primeiro disco, pelo selo Chantecler, com o bolero "Agora", de Don Fabian e Paulo Augusto e o tango "Não me falem dela", de Jorge Moreira e Sebastião Ferreira da Silva com acompanhamento da orquestra Chantecler com regência do maestro Élcio Alvarez. Em 1962, transferiu-se para a gravadora Continental na qual permaneceu por mais de vinte anos levado pelo compositor sertanejo e produtor Diego Mulero, o Palmeira. No mesmo ano, gravou os boleros "Segredo", de Daniel Magalhães e Cid Magalhães e "Disfarce", de Umberto Silva, Luiz Mergulhão e Toso Gomes. Este disco levou o número 005 e fez parte da série 78-000, última em 78 rpm lançada pela Continental. Ainda no mesmo ano, gravou a "Balada do homem sem rumo", de Castro Perret e o "Bolero triste", de Paulo Augusto e Nízio. Também em 1962, gravou com Dilermano Reis o LP "Uma voz e um violão em serenata - Francisco Petrônio e Dilermano Rei", o primeiro de sua série de 7 LPs, com destaques para as valsas "Rapaziada do Braz", de Alberto Marino; "Arrependimento", de Gastão Lamounier e Olegário Mariano; "Tardes em Lindóia", de Zequinha de Abreu, "Se ela perguntar", de Dilermando Reis e Jair Amorim e "Ave Maria", de Erotides de Campos e a canção "Chão de estrelas", de Orestes Barbosa.
Em 1963, gravou os boleros "Caminho escuro", de Willy Sampaio Ruiz e Paulo Augusto e "Eu...te amo", de Paulo Augusto e Arquimedes Messina. No mesmo ano, gravou as canções "O amor mais puro", de Palmeira, com declamação de Almeida Passos e "Maria das bonecas", de sua autoria e Enzo de Almeida Passos, com declamação de Júlio Fernandes. Também no mesmo ano, gravou da dupla Palmeira e Mário Zan as canções "Natal da minha terra" e "Nova flor", um clássico da música sertaneja. Nesse mesmo ano, ganhou o troféu "Chico Viola", criado pela Tv Record, pela gravação da música "Romance". Também em 1963, gravou o segundo disco com o violonista Dilermando Reis, com destaque para "Sob o céu de Brasília", de Dilermando Reis e José Fortuna; "Última inspiração", de PeterPan; "Dois destinos", de Dilermando Reis e José Fortuna; "Revendo o passado", de Freire Júnior e "Lágrimas", de Cândido das Neves. Em 1964, gravou o bolero "Cigana", do compositor gaúcho Túlio Piva e a canção "Trono azul", de Gavote e Czibulca, com versão e adaptação de Palmeira e Alfredo Corleto, com acompanhamento de Élcio Álvares e sua orquestra. Ainda no mesmo ano, gravou um dos cinco últimos discos em 78 rpm lançados pela gravadora Continental, com a "Valsa dos namorados", de Silvino Neto e "Eu pago esta noite", de omenico Modugno e versão de Valdir Santos. Por essa época, passou a atuar como free lancer em rádios e tvs. Também em 1964, gravou o LP "O romântico", que trazia entre outras "Nova flor", de Palmeira e Mário Zan; "Cigana", de Túlio Piva e "Io che amo solo te", de Sergio Endrigo.
Em 1965, apresentou show no Cassino Estoril em Portugal. No mesmo ano, gravou o LP "Baile da saudade", cuja música título, de Palmeira e Zairo Marinoza, tornou-se seu maior sucesso. Com direção e produção de Palmeira, o disco tinha ainda como destaques as valsas "Branca", de Zequinha de Abreu e Duque de Abrante; "Bodas de prata", de Roberto Martins e Mário Rossi e "Eu sonhei que tu estavas tão linda", de Lamartine Babo e Francisco Matoso.
Por essa época passou a divulgar pelo Brasil o "Baile da saudade", promovido pelo "Clube da Saudade", especializando-se a partir de então em cantar serestas. Em 1966, foi contratado pela TV Globo onde passou a apresentar o progrma "Baile da saudade". Em 1968, passou a produzir seu próprio programa "Baile da saudade" que passou a apresentar na Rádio Gazeta. Atuou ainda nas Rádios Record e Nove de Julho. Nesse período criou a Orquestra da Saudade, contando com dançarinos para divulgar músicas de serestas pelo Brasil.
Em 1971, lançou o sexto volume da série "Uma voz e um violão em serenata", gravada com Dilermando Reis na Continental, com destaque para as músicas "Cantiga por Luciana", de Paulinho Tapajós e Edmundo Souto; "Laura", de Alcyr Pires Vermelho; "Ave Maria no morro", de Herivelto Martins; "Boneca", de Benedito Lacerda e Aldo Cabral e "Três lágrimas", de Ary Barroso. Dois anos depois, lançou com Dilermando Reis o sétimo volume da série "Uma voz e um violão em serenata" no qual cantou "Pierrot", de Joubert de Carvalho e Paschoal Carlos Magno; "Maria Betânia", de Capiba; "Maringa', de Joubert de Carvalho; "Modinha", de Sergio Bittencourt e "Último desejo", de Noel Rosa. Em 1976, gravou com o Conjunto Época de Ouro o LP "Tempo de seresta" com destaque para "Aos pés da cruz", de Marino Pinto e José Gonçalvez; "Fita amarela", de Noel Rosa; "Feitio de oração", de Noel Rosa e Vadico; "Felicidade", de "René Bittencourt"; "Meu romance", de J. Cascata e "Favela", de Hekel Tavares e Joracy Camargo. Em 1977, gravou o LP "Francisco Petrônio homenageia Francisco Alves', pela Continental reeditando antigos sucesso do "Rei da voz", como ficou conhecido Francisco Alves: "A voz do violão", de Francisco Alves e Haroldo Campos; "Boa noite, amor", de José Maria de Abreu e Francisco Mattoso; "A mulher que ficou na taça", de Francisco Alves e Orestes Barbosa e "Caminhemos", de Herivelto Martins.
Em 1978, gravou o LP "Tributo a carinhoso", com obras de Pixinguinha como "Carinhoso", com João de Barro e "Rosa"; além de "Lágrimas", de Cândido das Neves e "Lábios que beijei", de J. Cascata e Leonel Azevedo. Gravou dois LPs em italiano. Esteve por dois anos na RCA Victor e retornou em seguida para a Continental.
Em 1995, gravou pela RGE o CD "Trinta anos de saudade". Em 1997, lançou o CD "Lembranças", também pela RGE. Em 2000, gravou o LP "Nostalgia Dela Terra nostra". Em 2003, continuou a apresentar seu programa "Baile da saudade", desta feita, na Rede Vida. Durante aproximadamente 40 anos dirigiu o "Baile da saudade", show no qual apresentava seus grandes sucessos, entre os quais, "Baile da saudade", "Agora" e "Não me falem dela".

01. Aos Pés da Cruz
02. Fita Amarela
03. Feitio de Oração
04. Errei Erramos
05. Braza
06. Felicidade
07. Meu Romance
08. Amigo Leal
09. Amigo Infiel
10. Foi
11. Favela
12. Serra da Boa Esperança

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

"CLÁUDIA BARROSO"


Cláudia Barroso é cantora e compositora brasileira.
Iniciou carreira no disco no final dos anos 50, gravou “Nenhum de vocês” e “Dio, come ti amo!”, sem muito sucesso. No início dos anos 70 ficou nacionalmente conhecida como jurada do programa Silvio Santos, ainda na TV Globo.
Nessa época teve um romance com o cantor Waldick Soriano.
Quando voltou a gravar fez incrível sucesso, com seu temperamento forte e sem meias palavras; seus grandes sucessos são “Ah se eu fosse você”,
“Quem mandou você errar”, “Por Deus eu juro”, “A vida é mesmo assim”,
“Mentiroso” , “O gavião”, entre outros. No ano 2000 gravou um cd ao vivo.
Segundo palavras da Própria Claudia, não houve romance com Waldick Soriano, apenas os trabalhos eram semelhantes, trabalharam juntos, gravaram juntos e eram amigos até a morte do mesmo. Recentemente cantou em Corumbá no Mato Grosso num show que encantou toda a cidade. Todas as fotos dela no momento e quase todas da sua vida podem ser vistas no álbum em seu perfil do ORKUT.

domingo, 7 de novembro de 2010

"AGNALDO RAYOL"


Agnaldo Coniglio Rayol (Niterói, 3 de maio de 1938) é um ator e cantor brasileiro, conhecido pela voz afinada e o repertório romântico, em que despontam, nos anos mais recentes, canções italianas.
Agnaldo Rayol iniciou a carreira de cantor aos oito anos na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, no programa Papel carbono, de Renato Murce, e aos doze anos estréia no cinema, no filme Também Somos Irmãos. Depois de morar algum tempo em Natal, RN, voltou em 1951 ao Rio de Janeiro e participou do filme Maior Que o Ódio. Foi obrigado a parar de cantar entre 1952 e 1954, por causa de mudanças hormonais próprias da adolescência, que afetaram a voz.
A partir no final dos anos 50 quando a voz potente de adulto se estabiliza, firma-se na carreira, levando adiante o estilo impostado e operístico comum aos cantores da geração anterior, como Vicente Celestino e Francisco Alves. Como exemplo dessa peculiar forma de cantar, a magistral interpretação da Ave Maria emocionou noivas de várias gerações, que não hesitavam em pagar o caro cachê para tê-lo cantando em cerimônias de casamento. Em 1956 foi contratado pela Rádio Tupi e dois anos depois gravou o primeiro disco pela gravadora Copacabana.

O auge da carreira acontece na década de 60, com programas próprios na TV Record, entre eles Agnaldo RayoI Show e Corte RayoI Show, ao lado do humorista Renato Corte Real, um sucesso sem precedentes. Foi uma das atrações da edição de estréia do programa Jovem Guarda. No cinema. protagonizou Agnaldo - Perigo à Vista em 1969 e, ainda como ator, esteve no elenco das novelas Mãe (1964), O Caminho das Estrelas (1965), A Última Testemunha(1968) e As Pupilas do Senhor Reitor (1970).

Nos anos 80, comandou por 8 anos o grande sucesso Festa Baile, programa musical produzido pela TV Cultura de São Paulo. Em 1981, no Uruguai, ganhou o Festival Internacional da Canção, onde participaram cantores de todo o mundo. Agnaldo Rayol cantou também na Argentina, México, Estados Unidos, Portugal e Itália.
Sempre fiel ao repertório romântico, nos anos 90 faz sucesso interpretando canções italianas, língua que domina perfeitamente, por ser a mãe nascida na Itália. Duas entram para o repertório de telenovelas da Rede Globo e estouram nas paradas: Mia Gioconda na novela O Rei do Gado e Tormento d’Amore, tema de abertura da novela Terra Nostra gravada em Londres em dueto com a soprano Charlotte Church.
No dia 30 de abril de 2006 Agnaldo acabara de vir de um concerto e estava pronto para embarcar no aeroporto de Porto Alegre, quando tropeçou e caiu no chão, fraturando o fêmur da perna direita. Levado para o Hospital Mãe de Deus na capital gaúcha, esteve internado por uma semana e comemorou ali o 68º aniversário, numa festa organizada pelas freiras que comandam o serviço de enfermagem do hospital.
No dia 11 de maio de 2007, cantou durante a missa de canonização de Frei Galvão pelo Papa Bento XVI, na pista de aviação do Campo de Marte, no bairro de Santana, na capital de São Paulo, Brasil.

Trabalhos no cinema

2004 - Olga del Volga
1976 - Possuída Pelo Pecado
1971 - A Herança
1970 - A Moreninha
1968 - Agnaldo, Perigo à Vista
1961 - Tristeza do Jeca
1960 - Zé do Periquito
1960 - Pistoleiro Bossa Nova
1959 - Garota Enxuta
1959 - Jeca Tatu
1958 - Uma Certa Lucrécia
1958 - Chofer de Praça
1951 - Maior Que o Odio
1949 - Também Somos Irmãos

terça-feira, 2 de novembro de 2010

"ALMIRANTE"


Henrique Foréis Domingues (Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 1908 — Rio de Janeiro, 22 de dezembro de 1980 foi um cantor, compositor e radialista brasileiro, também conhecido por Almirante. Seu codinome na Era de Ouro do Rádio era: "a mais alta patente do Rádio".
Pioneiro da música popular no país, começou sua carreira musical em 1928 no grupo amador "Flor do Tempo" formado por alunos do Colégio Batista, do bairro da Tijuca, Rio de Janeiro. Compunham o grupo, além de Almirante (cantorf e pandeirista) os violonistas Braguinha (João de Barro) Alvinho e Henrique Brito.
Em 1929, convidados a gravar um disco na Parlophon (subsidiária da Odeon) admitem mais um violonista, do bairro vizinho de Vila Isabel, um jovem talento chamado Noel Rosa. O grupo então é rebatizado para Bando de Tangarás, nome inspirado numa lenda do litoral paranaense, a "dança dos tangarás" qua conta a história de um grupo de passáros (os tangarás) que se reúne para dançar e cantar alegremente.
O "bando" se desfez em 1933 mas Almirante continuou sua carreira como cantor, interpretando sambas e músicas de carnaval, muitas de grande sucesso e hoje clássicos da música popular brasileira, como "O Orvalho Vem Caindo" (Noel Rosa / Kid Pepe), "Yes, Nós Temos Bananas" e "Touradas em Madri" (João de Barro/Alberto Ribeiro),
entre outras.
Autor de uma das mais famosas músicas carnavalescas, "Na Pavuna", possuía enorme biblioteca e discoteca sobre música brasileira.
Em 1951, tornou-se o primeiro biógrafo do Poeta da Vila, ao produzir para a Rádio Tupi do Rio de Janeiro a série de programas semanais No Tempo de Noel Rosa, com histórias, depoimentos e interpretações de suas músicas, muitas delas inéditas. Entre 18 de outubro de 1952 e 3 de janeiro de 1953, publicou na Revista da Semana, em capítulos, A Vida de Noel Rosa. Em 1963, com o mesmo título da série radiofônica, a editora Francisco Alves lançou seu livro sobre o ex-companheiro do Bando de Tangarás.

Seus maiores sucessos:

1930 Na Pavuna
1931 Eu Vou Pra Vila
1931 Já Não Posso Mais
1933 Prato Fundo
1933 Moreninha da Praia
1933 Contraste
1933 O Orvalho Vem Caindo
1934 Menina Oxigenê
1934 Ninguém Fura o Balão
1935 Deixa a Lua Sossegada
1935 Pensei Que Pudesse Te Amar
1936 Amor em Excesso
1936 Marchinha do Grande Galo
1936 Levei Um Bolo
1936 Tarzan (O Filho do Alfaiate)
1937 Vida Marvada
1937 Apanhei Um Resfriado
1938 Yes, Nós Temos Bananas
1938 Touradas em Madrid
1939 Hino do Carnaval Brasileiro
1939 Vivo Cantando
1939 O Que é Que Me Acontecia
1940 Minha Fantasia
1941 Não Sei Dizer Adeus
1941 Qual Será o Score Meu Bem?
1951 Marchinha do Poeta

"NILO AMARO E SEUS CANTORES DE ÉBANO"


Nilo Amaro e Seus Cantores de Ébano foi um grupo brasileiro de MPB formado por Nilo Amaro (Moisés Cardoso Neves) e um coro de vozes negras femininas e masculinas
(um soprano, um mezzo soprano, um contralto, dois baixos, um tenor e três barítonos), com destaque para o baixo Noriel Vilela.
Nilo Amaro faleceu em Goiânia, aos 76 anos, no dia 18 de abril de 2004.

Discografia

Compacto/78 rpm (1961) (canções: A Noiva e Greenfields)
Os Anjos Cantam (1962)
Que tem uma análise de Luiz Américo, pesquisador de MPB, que colocou "Os Anjos Cantam" como um dos 100 discos fundamentais da MPB.
Raizes (1963)

"QUATRO ASES E UM CORINGA"


Os Quatro Ases e Um Curinga foram um conjunto vocal e instrumental brasileiro, formado no Rio de Janeiro. Ao lado dos Anjos do Inferno, foram o conjunto de maior sucesso na dita "era de ouro" do rádio brasileiro, principalmente nos anos 1940.
No começo, todos os seus integrantes eram de Fortaleza, Ceará: Evenor Pontes de Medeiros (1915 – 25 de novembro de 2002), violonista e compositor; José Pontes de Medeiros (1921 – 29 de novembro de 2005), violonista e cantor; Permínio Pontes de Medeiros (*1919), gaitista e cantor; André Batista Vieira (*1920), o Curinga, pandeirista, cantor e compositor; e Esdras Falcão Guimarães, o Pijuca (*1921).
André Batista foi substituído por Jorge José da Silva, o Jorginho do Pandeiro
(depois integrante do Época de Ouro). Este posteriormente foi
substituído por Nilo Falcão e Miltinho (ex-Anjo do Inferno).
Em 1939, os irmãos Pontes de Medeiros, que estudavam no Rio de Janeiro, decidiram formar um quarteto vocal e instrumental juntamente com o amigo André Vieira, chamado de Melé. Depois de se formar em Química, dois anos depois, Evenor e os outros três viajam para Fortaleza, onde se apresentam no Ceará Rádio Clube com o nome de Bando Cearense. Foi então que se juntou a eles o violonista Esdras Guimarães, o Pijuca. Por sugestão de Demócrito Rocha, eles adotaram o nome de Quatro Ases e Um Melé. De volta ao Rio, entraram em contato com César Ladeira, diretor da Rádio Mayrink Veiga, que, satisfeito com a performance do quinteto, contratou-o para o horário nobre de sua emissora. Por sugestão de Ladeira, o grupo mudou o nome para Quatro Ases e Um Curinga, uma vez que melé era um termo desconhecido no Rio de Janeiro.
Por intervenção de João Dummar, diretor artístico do Ceará Rádio Clube, em 1941, o grupo foi contratado por Teófilo Duarte, então diretor da Rádio Tupi, onde também se apresentavam os Anjos do Inferno. No mesmo ano, realizaram, na Odeon, sua primeira gravação em disco, acompanhando Dircinha Batista nos sambas Ela disse que dá (Assis Valente) e Costela de cera (Linda Batista). O primeiro disco solo do grupo veio em novembro, também pela Odeon, com a marcha Os dois errados (Álvaro Nunes, Estanislau Silva e Nelson Trigueiro) e o samba Dora, meu amor (Curinga e Constantino Silva). Em 1942, obtiveram o primeiro grande sucesso com a marcha Viva quem tem bigode (David Nasser e Rubens Soares) e foram contratados para atuarem no Cassino Copacabana, onde trabalharam por quatro anos, até ser decretado o fechamento dos cassinos, durante o governo de Eurico Gaspar Dutra. No mesmo ano, participaram do filme Astros em desfile, de José Carlos Burle.
Em 1944, o grupo foi contratado por Victor Costa para apresentarem um programa na Rádio Nacional. Lá, o conjunto teve que assumir diversas novas facetas, passando a dramatizar e a contar histórias ao lado de atores. Participaram do emblemático programa Um milhão de melodias, apresentado por Paulo Gracindo e dirigido pelo maestro Radamés Gnattali.
O grupo marcou a história da Música Popular Brasileira em 1946, ao lançar o Baião (Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga), gênero musical nordestino então desconhecido no resto do país, que se tornou uma coqueluche nacional e incentivou o interesse do público pela música nordestina, até então pouco divulgada.
Em 1950, eles passaram a gravar pela RCA Victor. Dois anos depois, André Vieira, o Curinga, se desligou do grupo, que continuou atuando sem ele até conseguirem um substituto. Depois disso, sucederam-se três Curingas: Jorginho do Pandeiro, Nilo Falcão e, por último, Miltinho. Nessa época, a carreira do grupo começou a declinar.
Em 1953, por desentendimentos com Victor Costa, o conjunto teve seu contrato com a Rádio Nacional cancelado. Eles então voltaram a atuar na Rádio Mayrink Veiga. Em 1955, eles passaram a gravar pela Mocambo e, no ano seguinte, pela Todamérica. Em 1960, gravaram um último disco pela Odeon, já em fim de carreira. Pouco depois, ainda lançaram dois últimos discos, sem maiores repercussões, pelo pequeno selo Marajoara, no qual gravaram o primeiro disco da série então lançada por aquela gravadora, com a marcha No tempo de Carlito (Victor Simon e Haroldo Lobo) e o samba Ela (Haroldo Lobo e David Raw). A última gravação do grupo foi o samba Turma da praia, de Haroldo Lobo e Peterpan, em disco que trazia no lado B o cantor Nilton Paz cantando uma marcha.
Em cerca de vinte anos de carreira, o grupo gravou 100 discos em 78 rpm, sendo 65 na Odeon, 33 na RCA Victor e dois na Marajoara, e participaram de seis filmes.

Sucessos

Baião, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1946)
Boneca de pano, Assis Valente (1950)
Cabelos brancos, Herivelto Martins e Marino Pinto (1949)
Chega, chega, chegadinho, Lauro Maia (1948)
Cigana feiticeira, Benedito Lacerda e Haroldo Lobo (1947)
Derramaro o gai, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)
Dezessete e setecentos, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1947)
É com esse que eu vou, Pedro Caetano (1947)
Eu vi um leão, Lauro Maia (1942)
Eu vou até de manhã, Lauro Maia (1945)
Mangaratiba, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1949)
Marcha do caracol, Afonso Teixeira e Peterpan (1950)
No Ceará é assim, Carlos Barroso (1942)
O periquito da madame, Afonso Teixeira, Carvalhinho e Nestor de Holanda (1946)
Onde estão os tamborins?, Pedro Caetano (1947)
Pescador, Haroldo Lobo e Milton de Oliveira (1952)
Sá Mariquinha, Evenor Pontes e Luiz Assunção (1947)
Sambolândia, Pedro Caetano (1947)
Siridó, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1948)
Terra seca, Ary Barroso (1943)
Trem de ferro, Lauro Maia (1943)
Viva quem tem bigode, David Nasser e Rubens Soares (1942)
Vozes da seca, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)

Filmografia

Está com Tudo (1952)
Aviso aos Navegantes (1950)
Esta é Fina (1948)
Segura Esta Mulher (1946)
Tristezas Não Pagam Dívidas (1943)
Astros em Desfile (1942)

"ANJOS DO INFERNO"


Anjos do Inferno era o nome de um conjunto vocal e instrumental brasileiro. Originário do Rio de Janeiro, o grupo teve diversas formações ao longo de quase 30 anos, mas mesmo assim conseguiu criar uma identidade sonora típica, devida principalmente ao pistom. O nome veio como ironia à orquestra Diabos do Céu, dirigida por Pixinguinha e muito popular nos anos 30. O auge da carreira dos Anjos do Inferno foi nos anos 40, na época de ouro do rádio. Foram contratados pelas principais emissoras de rádio do Brasil, tocaram em cassinos e gravaram diversos sucessos de carnaval. conjunto excursionou pela América Latina e Estados Unidos,
onde tocou com Carmen Miranda.

Sucessos

Amaralina, Alberto Costa Andrade (1951)
Acontece Que Eu Sou Baiano, Dorival Caymmi (1944)
Adeus, América, Geraldo Jacques e Haroldo Barbosa (1951)
Bahia, Oi!... Bahia, Augusto Mesquita e Vicente Paiva (1940)
Bolinha de Papel, Geraldo Pereira (1945)
Boogie-woogie na favela, Denis Brean (1947)
Brasil Pandeiro, Assis Valente (1941)
Cordão dos Puxa-Sacos, Eratóstenes Frazão e Roberto Martins (1946)
Dora, Dorival Caymmi (1947)
Doralice, Antônio Almeida e Dorival Caymmi (1945)
Helena, Helena, Antônio Almeida e Costantino Silva (1940)
Já Que Está, Deixa Ficar, Assis Valente (1941)
Nêga do Cabelo Duro, David Nasser e Rubens Soares (1942)
Nós, os Carecas, Arlindo Marques Jr. e Roberto Martins (1942)
Requebre Que Eu Dou Um Doce, Dorival Caymmi (1941)
Rosa Morena, Dorival Caymmi (1942)
Sereno, Antônio Almeida (1943)
Vatapá, Dorival Caymmi (1942)
Vestido de Bolero, Dorival Caymmi (1944)
Você Já Foi à Bahia?, Dorival Caymmi (1941)
Xô, Xô!, Antônio Almeida e Ciro de Souza (1941)

"MILTINHO"


Milton Santos de Almeida, conhecido como Miltinho (Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 1928) é um cantor brasileiro.
Começou sua carreira na década de 1940 como integrante de diversos grupos vocais: Anjos do Inferno, Namorados da Lua, Quatro Ases e Um Curinga, Milionários do Ritmo, mas foi na década de 1960 que se consagrou com o sucesso Mulher de 30. Com essa música ganhou muito dinheiro e o reconhecimento do público. Recebeu vários prêmios, participou dos principais programas de televisão da época e de um filme estrelado por Mazzaropi. Ainda faz shows e recentemente lançou um CD com as participações de nomes como Chico Buarque, Elza Soares e Martinho da Vila, entre outros.

"BRAGUINHA"


Carlos Alberto Ferreira Braga, conhecido como Braguinha e também por João de Barro, (Rio de Janeiro, 29 de março de 1907 – 24 de dezembro de 2006) foi um compositor brasileiro, famoso pelas suas marchas de carnaval.
Braguinha estudava Arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes e resolveu adotar o pseudônimo de João de Barro, justamente um pássaro arquiteto, porque o pai não gostava de ver o nome da família circulando no ambiente da música popular, mal visto na época. Pseudônimo este que adotou quando integrou o Bando dos Tangarás, ao lado de Noel Rosa, Alvinho e Almirante.
Em 1931 resolve deixar a Arquitetura e dedicar-se à composição. No carnaval de 1933, consegue os primeiros grandes sucessos com as marchas 'Moreninha da Praia' e 'Trem Blindado', pouco antes do fim do Bando de Tangarás, ambas interpretadas por Henrique Foréis Domingues, mais conhecido como Almirante, que se casou no ano seguinte com sua irmã Ilka.
Suas composições são conhecidas e cantadas por todos os brasileiros: Pirata da Perna de Pau, Chiquita Bacana, Touradas de Madri, A Saudade mata a Gente, Balancê, As Pastorinhas, Turma do Funil e muitas outras.
Sua musicografia completa, inclusive com versões e músicas infantis, passa dos 420 títulos, uma das maiores e de mais sucessos de nossa música popular.
Em 1937, fez letra para uma das composições mais gravadas da música popular brasileira, o samba-choro Carinhoso, feito por Pixinguinha vinte anos antes.
Lançado por Orlando Silva, Carinhoso recebeu mais de cem gravações a partir de então, tais como Dalva de Oliveira, Isaura Garcia, Ângela Maria, Gilberto Alves, Elis Regina, João Bosco e outros.
Na década de 1940, passou a fazer dublagens para produções cinematográficas realizadas por Walt Disney.
Os parceiros mais constantes foram: Alberto Ribeiro, médico homeopata e grande amigo, Alcyr Pires Vermelho, Antônio Almeida e Jota Júnior.
Faleceu aos 99 anos em 24 de dezembro de 2006, vítima de falência múltipla dos órgãos provocada por infecção generalizada.




Discografia

Para vancê/Coisas da roça (1929) Parlophon 78
Desengano/Assombração (1929) Parlophon 78
Salada (1929) Parlophon 78
Não quero amor nem carinho (1930) Parlophon 78
Dona Antonha (1930) Parlophon 78
Minha cabrocha/A mulher e a carroça (1930) Parlophon 78
Quebranto (1930) Parlophon 78
Mulata (1931) Parlophon 78
Cor de prata/Nega (1931) Parlophon 78
Tu juraste… eu jurei/Vou à Penha rasgado (1931) Parlophon 78
Samba da boa vontade/Picilone (1931) 13.344 78
O amor é um bichinho/Lua cheia (1932) Parlophon 78
João de Barro (1972) RCA Victor LP
Pra vancê/Coisas da roça (1929) Parlophon 78
João de Barro e Coisas Nossas (1983) Funarte LP
Yes, nós temos Braguinha (1998) Funarte/Atração CD
João de Barro (Braguinha) — Nasce um compositor (1999) Revivendo CD
João de Barro — A música do século, por seus autores e intérpretes (2000) Sesc São Paulo CD

"ALAÍDE COSTA"


Alaíde Costa Silveira Mondin Gomide, mais conhecida como Alaíde Costa,
(Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 1935) é uma cantora e compositora brasileira.
Começou no programa A raia miúda de Renato Murce. Com um canto suave e sussurrado, é considerada uma das perfeitas vozes do país. Consagrou em 1964 com Onde está você?, grande marco da voz, que embalou casais. Com quinze discos gravados em cinqüenta anos de carreira, participou dos principais programas de televisão e de rádio no eixo Rio-São Paulo. Tema de reportagens de jornais e revistas, participou de festivais internacionais e recebeu importantes prêmios e homenagens de expoentes da música popular brasileira. Uma das grandes referências musicais do movimento surgido em 1957, a bossa nova, frequentava a boemia do Beco das Garrafas, em Copacabana.

"TEIXEIRINHA"


Vítor Mateus Teixeira, mais conhecido como Teixeirinha, (Rolante, 3 de março de 1927 — Porto Alegre, 4 de dezembro de 1985) foi um cantor e compositor brasileiro, também conhecido como o "Rei do Disco", pelos recordes de vendas de
discos que consegue até hoje, mesmo já falecido.
Teixeirinha (ou txuta) teve uma infância difícil, especialmente por ter perdido aos sete anos o pai, um carreteiro, e aos nove anos a mãe, em um incêndio.
Em 1960, Teixeirinha estoura nas paradas de sucesso com a música "Coração de Luto", que descreve sua triste infância e principalmente a morte trágica de sua mãe. O lançamento de "Coração de Luto" tornou-se sucesso nacional, pois vendeu milhões de cópias e se tornou um dos singles mais vendidos da história da música mundial. "Coração de Luto" chegou a ser regravada por diversos intérpretes, entre eles, a dupla sertaneja Milionário & José Rico, com uma roupagem sertaneja.
Em 1961 conheceu em Bagé a cantora Mary Terezinha, que se tornou
sua efetiva companheira.
Atuou também no cinema, sendo que o filme Coração de Luto, de 1967, era uma autobiografia.
Teixeirinha foi um típico músico da linha mais popular da música gaúcha, tendo-se tornado, em seu tempo, um ícone do estilo. Uma de suas canções mais famosas é "Querência Amada", que em sua introdução possui uma dedicatória ao pai e acabou se tornando um hino informal ao Rio Grande do Sul.
Teixeirinha e Mazzaropi foram os maiores fenômenos populares do cinema sul-americano regional. No caso do cantor gaúcho, seus filmes chegaram a superar 1,5 milhões de espectadores, obtidos apenas nos três estados do sul do país. Eram co-produzidos por distribuidores e exibidores locais, que lhes asseguravam a permanência em cartaz. Sua última produção, "A Filha De Iemanjá" foi distribuída pela Embrafilme com fracos resultados. Uma análise mais detalhada dos resultados de exibição pode conduzir a uma melhor compreensão da relação regional da distribuição e da exibição.
Teixerinha teve um recorde de venda de discos sendo que até 1983 vendeu 88 milhões de cópias.Estima-se que até os dias atuais tenha ultrapassado a marca de 120 milhões de cópias em todo o mundo.
Teixeirinha teve 6 filhas e 3 filhos, Marisa Sirley; Liria Luisa; Victor Filho; Margareth; Elizabeth; Lisete Fátima; Márcia Bernadeth; Alexander e Liane Ledurina. Teixeirinha, um dos maiores músicos brasileiros, morreu no dia 4 de dezembro de 1985 e está enterrado no cemitério da Santa Casa em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Discografia

1960 - O Gaúcho Coração do Rio Grande
1961 - Assim é nos pampas
1961 - Um gaúcho canta para o Brasil
1962 - Teixeirinha, volume 4
1963 - Saudades de Passo Fundo
1963 - Teixeirinha interpreta
1963 - Êta gaúcho bom
1964 - Teixeirinha Show
1964 - Gaúcho autêntico

'LAMARTINE BABO"


Lamartine de Azeredo Babo, mais conhecido como Lamartine Babo (Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 1904 — Rio de Janeiro, 16 de junho de 1963) foi um dos mais importantes compositores populares do Brasil. Era um dos doze filhos de Leopoldo Azeredo Babo e Bernarda Preciosa Gonçalves, sendo um dos dos três que chegaram à idade adulta. Era tio de Oswaldo Sargentelli.
Nasceu no mesmo ano da fundação do América Football Club. Tijucano e americano fanático, Lamartine protagonizou cenas memoráveis como o desfile que fez em carro aberto pelas ruas do centro do Rio, fantasiado de diabo, comemorando o último campeonato do América em 1960.
Mesmo tendo sido um leigo em técnica musical, Lamartine criou melodias maravilhosas, resultantes de seu espírito inventivo e altamente versátil. Começou a compor aos catorze anos - a valsa "Torturas do Amor" e, aos dezesseis anos, compõe a opereta "Cibele". Quando foi para o Colégio São Bento dedicou-se a músicas religiosas.
Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Porém, foi através das marchinhas carnavalescas, cantadas até hoje,
como O Teu Cabelo Não Nega,Grau 10, Linda Morena, e A Marchinha do Grande Galo,
que o seu nome se tornou mundialmente conhecido como o Rei do Carnaval.
Em suas letras, predominavam o humor refinado e a irreverência.
Como poucos, Lamartine alcançou os dois extremos da alma brasileira:
a gozação e o sentimento.
Em 1937, na cidade mineira de Boa Esperança, numa situação inusitada,
compôs o famoso samba-canção Serra da Boa Esperança.
Em 1949 compôs os hinos dos 11 participantes do Campeonato Carioca de Futebol daquele ano, com patrocínio do programa de rádio Trem da Alegria, que lançou lps de cada um dos clubes. Em um só dia Lamartine Babo compôs os famosos hinos dos considerados seis maiores e mais tradicionais times de futebol do Rio de Janeiro - sendo o primeiríssimo em seu coração o América FC, além de Vasco da Gama, Fluminense, Flamengo, Botafogo e Bangu. Em seguida foram escritos os hinos dos clubes "menores", sendo eles o São Cristóvão, Madureira, Olaria, Bonsucesso e Canto do Rio. Esses hinos são, na verdade, hinos populares, sendo os hinos oficiais da maioria dos clubes músicas diferentes.
Lalá, como era conhecido, era uma das pessoas mais bem humoradas e divertidas de sua época, não perdendo nunca a chance de um trocadilho ou de uma piada. Em uma entrevista afirmou "Eu me achava um colosso. Mas um dia, olhando-me no espelho, vi que não tenho colo, só tenho osso". Numa outra, o entrevistador pergunta qual era a maior aspiração dos artistas do broadcasting, Lalá não vacila: "A aspiração varia de acordo com o temperamento de cada um… Uns desejam ir ao céu… já que atuam no éter… Outros ‘evaporam-se’ nesse mesmo éter… Os pensamentos da classe são éter… ó… gênios…" - valeu-lhe o título de O Pior Trocadilho de 1941.
E aconteceu também o caso dos correios: Lalá foi enviar um telegrama, o telegrafista bateu então o lápis na mesa em morse para seu colega: "Magro, feio e de voz fina". Lalá tirou o seu lápis e bateu: "Magro, feio, de voz fina e ex-telegrafista"
Sua primeira marchinha gravada, foi a divertida "Os Calças-Largas", em que Lamartine debochava dos rapazes que usavam calças boca-de-sino. Em 1937, com a censura imposta pelo Estado Novo de Getúlio Vargas, carnavalescos irreverentes como Lamartine Babo ficaram proibidos de utilizar a sátira em suas composições. Sem a irreverência costumeira, as marchinhas não foram mais as mesmas.
Em 1951, aos 47 anos, Lamartine Babo, que nunca tivera sorte no amor, casou-se, enfim. Morreu vitimado por um infarto, no dia 16 de junho de 1963, deixando seu nome no rol dos grandes compositores deste país. Seu amigo e parceiro João de Barro, o popular Braguinha, disse certa vez: "Costumo dividir o carnaval em duas fases: Antes e depois de Lamartine".
Em 1981 a escola de samba Imperatriz Leopoldinense conquistou seu primeiro bicampeonato com o enredo "O teu cabelo não nega", de Arlindo Rodrigues, uma comovente e divertida homenagem ao compositor.

"MARTA MENDONÇA"


Marta Mendonça (São Paulo,1940) é uma cantora brasileira.
Ela apareceu nos anos 60 com a canção Tu Sabes, que vendeu muito e
ganhou os principais prêmios da época . Apareceu muito na televisão e viajou o Brasil inteiro. Gravou vários discos, alcançando um total de 110 musicas entre LPS,
compactos e edições especiais.
Em 1965 conheceu o cantor Altemar Dutra e casou-se com ele. Tem dois filhos: Deusa Dutra e Altemar Dutra Júnior.
Atualmente cuida dos netos, esperando alguma oportunidade para mostrar aos mais novos a sua linda voz e seu grande talento. Seu filho está cantando muito e está seguindo os passos dos pais.

"VICENTE CELESTINO"


Antônio Vicente Filipe Celestino (Rio de Janeiro, 12 de setembro de 1894 — São Paulo, 23 de agosto de 1968) foi um dos mais importantes cantores brasileiros do século XX.
Nasceu no bairro de Santa Teresa, filho de italianos da Calábria. Dos seis homens (eram onze irmãos), cinco dedicaram-se ao canto e um ao teatro. Desde os 8 anos, por causa de sua origem humilde, Celestino teve de trabalhar: sapateiro, vendedor de peixe, jornaleiro e, já rapaz, chefe de seção numa indústria de calçados.
Começou cantando para conhecidos e era fã de Enrico Caruso. Antes do teatro cantava muito em festas, serenatas e chopes-cantantes. Estreou profissionalmente cantando a valsa Flor do Mal no teatro São José e fez muito sucesso e também entrou no seu primeiro disco vendendo milhares de cópias em 1916 na Odeon (Casa Edison).
Em 1920 montou uma companhia de operetas, mas sem nunca deixar o carnavalesco de lado, emplacando sucessos como Urubu Subiu. Rapidamente, depois de oportunidade no teatro, alcançou renome. Formou companhias de revistas e operetas com atrizes-cantoras, primeiro com Laís Areda e depois com Carmen Dora. As excursões pelo Brasil renderam-lhe muito dinheiro e só fizeram aumentar sua popularidade. Nos anos 20, reinava absoluto como ídolo da canção. Na década de 30 começou a demonstrar seus dotes como compositor resultando em clássicas de seu reportório, como 'O Ébrio', sua música mais lembrada até hoje (inclusive transformada em filme por sua esposa). Vicente Celestino teve uma das mais longas carreiras entre os cantores brasileiros. Quando morreu, às vésperas dos 74 anos, no Hotel Normandie, em São Paulo, estava de saída para um show com Caetano Veloso e Gilberto Gil, na famosa gafieira "Pérola Negra", que seria gravado para um programa de televisão.
Na fase mecânica de gravação, fez cerca de 28 discos com 52 canções. Com a gravação elétrica, em 1927, sentiu uma certa inaptação quanto ao rendimento técnico, logo superada. Aí recomeçaria os sucessos cantados em todo o Brasil. Em 1935 foi contratado pela RCA VICTOR, praticamente daí sua única gravadora até falecer. No total, gravou em 78 RPM cerca de 137 discos com 265 músicas, mais dez compactos e 31 LPs, nestes também incluídas reedições dos 78 RPM.
Vicente Celestino, que tocava violão e piano, foi o compositor inspirado de muitas das suas criações. Duas delas dariam o tema, mais tarde, para dois filmes de enorme público: O Ébrio (1946) e Coração Materno (1951). Neles Vicente foi dirigido por sua mulher Gilda Abreu (1904 - 1979), cantora, escritora, atriz e cineasta.
Celestino passaria incólume por todas as fases e modismos, mesmo quando, no final dos anos 50, fiel ao seu estilo, gravou "Conceição", "Creio em Ti" e "Se Todos Fossem Iguais a Você". Seu eterno arrebatamento, paixão e inigualável voz de tenor, fizeram com que o povo o elegesse como A Voz Orgulho do Brasil.
Nunca saiu do Brasil e manteve sua voz grave que era marca registrada independente do estilo musical que estava executando. Teve suas músicas regravadas por grandes nomes, como Caetano Veloso e Mutantes.

Sucessos

Urubu Subiu, autor desconhecido (c/Bahiano; 1917)
À Luz do Luar, de sua autoria (1928)
Ai, Ioiô (Linda Flor), Cândido Costa e Henrique Vogeler
Bem-Te-Vi, Melo Morais Filho e Emílio Pestana (1928)
Caiuby (Canção da Cabocla Bonita), Pedro de Sá Pereira (1923)
Coração Materno, de sua autoria (1937)
Dileta, Índio (1933)
Flor do Mal, Domingos Correia e Santos Coelho (1915)
Malandragem, Ari Barroso (1933)
Mia Gioconda, de sua autoria (1946)
Nênias, Índio (1929)
Noite Cheia de Estrelas, Índio (1932)
O Cigano, Gastão Barroso e Marcelo Tupinambá (1924)
O Ébrio, de sua autoria (1936)
Ontem ao Luar, Catulo da Paixão Cearense e Pedro de Alcântara (1918)
Ouvindo-Te, de sua autoria (c/Gilda de Abreu; 1935)
Patativa, de sua autoria (1937)
Porta Aberta, de sua autoria (1946)
Serenata, de sua autoria (1940)