domingo, 23 de dezembro de 2012

"HENRIQUE BRITO"



Veio para o Rio de Janeiro, com bolsa oferecida pelo então governador do Estado do
Rio Grande do Norte, Antônio José de Melo e Souza, que ficou comovido depois de vê-lo tocar violão em um concerto. Aprendeu os primeiros acordes com sua mãe, Maria Leopoldina Brito.
Já matriculado no Colégio Batista, no Rio de Janeiro, recebeu dos amigos o apelido de Violão.
Em meados dos anos 1920, conheceu Braguinha, seu colega de turma.
Foi justamente esse encontro que levou Braguinha a querer seguir o caminho da música.
Os amigos contam que possuía um temperamento forte e imprevisível.
Em 1932, depois de participar como músico da Brazilian Olympic Band do maestro Romeu Silva, que acompanhou a delegação brasileira aos Jogos Olímpicos de Los Angeles,
fugiu do navio que traria todos de volta ao Brasil, só retornando ao país um ano depois.
Na ocasião trouxe um violão amplificado, sob sua orientação, por um fabricante de instrumentos musicais americano. A invenção, então inédita no Brasil, infelizmente não foi patenteada por ele. Inventou também um instrumento chamado por ele de "violata", uma espécie de violão feito de lata de querosene. Junto com Braguinha e outros colegas do Colégio Batista, iniciou sua curta carreira formando o conjunto Flor do Tempo.
Logo se destacou como violonista em festas e reuniões musicais,tempos depois, mudaram o nome do grupo para Bando dos Tangarás, com o qual gravaram os primeiros discos em 1929, com as músicas "Galo garnizé", "Anedotas", "Conseqüências do amor", esta uma composição sua em parceria com Braguinha e "Mulher exigente". Na ocasião, já tinham recebido a adesão de Almirante no grupo. Seu violão sempre se destacou nas gravações.
Em 1930, Gastão Formenti gravou na Brunswick a modinha "Meu sofrer", de sua parceria com Noel Rosa. No mesmo ano, gravou ao violão pela Parlophon "Romance I e II", o blackbotton "Yankite" e a valsa "Crepúsculo", todas de sua autoria. Também no mesmo ano, gravou ao violão na Brunswick o tango "Naná" e as valsas "Alice" e "Lourdes" e o fox trote "Sonho bavanês", de sua autoria. Em 1931, gravou o fox-trote "Alegre", a marcha "Marte" e o tango brasileiro
"Triste", de sua autoria. Quando faleceu, repentinamente, de uma septicemia, aos 27 anos
integrava a orquestra da Rádio Mayrink Veiga como violonista,



sábado, 13 de outubro de 2012

"VASSOURINHA"



No dia 16 de maio de 1923 nasceu Mário Ramos de Oliveira,mais conhecido como VASSOURINHA,aquele que tinha uma melancolia sutil, aquela tristeza impregnada mesmo nas canções mais alegres. Estamos nos anos 30 e o panorama é o seguinte: o presidente, Washington Luiz, paulista, está a beira de deixar o cargo e, como acontecia desde 1894, tinha que indicar um sucessor mineiro (a tal política do “café com leite”, em que os governantes alternavam-se entre paulistas e mineiros). Ignorando tal acordo, Washington Luiz indica outro paulista para o cargo, Júlio Prestes. A resposta é agressiva, resultando num fulminante processo revolucionário. São Paulo está crescendo. A população da capital paulista é de 600 mil habitantes. Um parque industrial firma-se nos bairros mais antigos, principalmente na Moóca, Brás e Luz. Culturalmente, teatros de boa estrutura são inaugurados, salas de cinemas se proliferam. Na música paulista, o palco de outra revolução se organiza. 1931, é inaugurada a Rádio Record. A Record dedicava-se a programação popular, combatendo a rival Educadora, que não abria mão do erudito ou, como eles mesmos rotulavam, cheio de “programas de música fina”. Já a Record apostava numa programação variada, com vários programas de curta duração dedicada aos diversos gêneros – um modo revolucionário de transmissão para a época. O povo agradeceu. Com a revolução de 32, o Brasil sintonizava em busca de notícias de São Paulo. Encontraram a Record. Junto com as novidades do front, os ouvintes se depararam com um grupo de novos artistas, novas vozes. Outra revolução se instalou: essas novas vozes fez São Paulo começar a arranhar no título de “capital cultural do Brasil”, que até então pertencia ao Rio de Janeiro. Na linha de frente do escrete paulistano vinham Nelson Gonçalves, Isaura Garcia, Januário de Oliveira, Agripina, Alvarenga e Ranchinho, entre outros. Mansinho, vinha ele, Mário Ramos de Oliveira, ou melhor, o nosso herói Vassourinha. Sua história daria um filme de sucesso caso nossos cineastas fossem espertos. Vassourinha foi descoberto por um redator de textos comerciais da Record, que dizia conhecer, da pensão onde morava, “um garotinho com muito ritmo, cantor e tocador de pandeiro”. Vassourinha, que então atendia pelo nome artístico de Juracy, tinha apenas 12 anos de idade, e começou na rádio trabalhando como contínuo de dia e cantor de noite. Aos 14, começou a fazer sucesso e a dedicar cada vez mais tempo à carreira musical. Foi quando a rádio achou melhor trocar o pseudônimo do guri. Vassoura era um negrão metido a engraçado que atuava como motorista de taxi no Largo Paissandu. A alcunha de “vassoura” ele ganhou por ser sempre o único disponível na madrugada para levar para casa os últimos freqüentadores do “Ponto Chic” (que, coincidentemente, foi o primeiro lugar onde este escriba almoçou quando se mudou para São Paulo), que na época era o principal reduto dos paulistanos abonados. Por algum motivo, inventaram que Mário era filho de Vassoura e, claro, virou Vassourinha. Nessa época, Vassourinha iniciou uma frutífera e extremamente bem sucedida parceria com Isaura Garcia. Vassourinha despontava bravamente para o sucesso e só tinha 15 anos. Carmen Miranda, maior produto de exportação brasileiro da época, quando vinha a São Paulo, fazia questão de contar com Vassourinha nos seus espetáculos. Vassourinha passou a ser conhecido como o sucessor de Luís Barbosa, o inventor do “samba de breque”, morto aos 28 anos. Ambos tinham o mesmo tom de voz, abusavam dos timbres agudos, das inflexões maliciosas. Apesar do bairrismo contra os artistas paulistanos, Vassourinha já fazia tanto barulho que acabou na capa da revista “Carioca”, principal publicação cultural da época. Quanto mais crescia o sucesso musical de Vassourinha, mais aumentava sua aura misteriosa. Um mito se construía. Mesmo os amigos mais próximos nada sabiam sobre o passado do cantor ou alguma notícias de seus familiares. Vassourinha evitava falar sobre sua família. Aos 17 anos, em 1940, Vassourinha ganhou a oportunidade de registrar seu talento em disco. Gravou um compacto pela Columbia, com o sucesso “Seu Libório” (de autoria de Luís Barbosa) em um lado, e “Juracy”, um choro, do outro. O compacto é um sucesso fulminante. Aproveitando sobras da gravação, a Columbia coloca no mercado outro compacto, com “Emília” e “Ela Vai a Feira”, que também estouram nas paradas de sucesso. Como o sucesso era enorme, Vassourinha foi chamado pela gravadora ao Rio de Janeiro para gravar mais quatro canções, com destaque para “Chik, Chik, Bum”, esta, exclusivamente para o Carnaval de 1942. No entanto, célebre, Vassourinha acabou seduzido pelo Rio, onde começou a freqüentar o jet set artístico com afinco. Mas como nossa história é trágica e não cômica, no auge do sucesso, Vassourinha começa a sentir estranhas dores pelo corpo. Quando o amigo Ciro de Souza o levou para o hospital, os médicos não sabiam mais o que fazer – muito menos do que se tratava. Tratava-se, segundo consta, de uma doença muito rara, num mix muito louco de tuberculose, reumatismo e tudo mais que se pudesse pensar em termos de moléstias. Precisou retornar às pressas para São Paulo, sob a seguinte recomendação médica: “ele tem que fazer a viagem sentado ou de pé, se ele deitar não levanta mais”. Vassourinha entrou no trem para a capital paulista quase morto. Aos 19 anos. Em São Paulo, nada puderam fazer e Vassourinha passou os últimos dias vegetando, esperando a morte. Isaura Garcia foi visitar o cantor e encontrou com uma senhora chamada Dona Tereza, supostamente mãe de Vassourinha. Dona Tereza disse para a cantora que o que fez mal para Vassourinha foram as seguidas viagens de trem para o Rio. “Ele deve ter tomado algum golpe forte de ar”, disse Tereza. Isaura Garcia dizia, ainda, que um médico que estava presente, ‘apertava os ossos do rosto de Vassourinha e os ossos viravam pó”. Ninguém soube ao certo do que morreu Vassourinha no dia 31 de julho de 1942, aos 19 anos de idade. Partiu para o anonimato, não recebeu nem um pingo de reconhecimento que tiveram artistas do mesmo quilate, como Cartola e Nelson Cavaquinho. Vassourinha é flamenguista, mas seu samba é paulistano. Tem aquela melancolia sutil, aquela tristeza impregnada mesmo nas canções mais alegres. Mesmo nas canções mais iluminadas, como a marchinha “Chik, Chik, Bum”, a voz aguda do cantor parece carregar o peso do mundo nos ombros. Passeando pelo choro, samba e marchinha, Vassourinha era o baticum paulistano encarnado. Ouvir as gravações do cantor é como ser transportado para algum boteco do Brás dos anos 30. Não é doutô nem malandro, adora a noite, mas sonhava com uma “mulher econômica, leal e boa dona de casa”, como cantava em “Emília”. Ouvir as canções de Vassourinha é um passaporte para uma era romântica, do Carnaval moleque, da diversão relaxada, da alegria espontânea, orgânica. De uma era ainda não corrompida pelo capital, que manda até mesmo na cultura mais enraizada. Vassourinha foi um dos primeiros heróis trágicos da música brasileira. Com contornos ainda mais dramáticos porque sua obra permaneceu quase esquecida por décadas. Milagrosamente, todas as canções que gravou – 12, no total – foram lançadas em um CD, pela Warner, no ano passado – na verdade, já tinha saído em forma de uma coletânea em vinil, em 1976, mas passou batida. São clássicos da música brasileira numa interpretação única, num sincopado perfeito, pérolas como “Seu Libório”, “Juracy”, “Apaga a Vela”, “Tá Gostoso”, “Amanhã Tem Baile”... Se o Brasil fosse um país sério, certamente teríamos o nosso Robert Johnson. Existe um curta experimental sobre a trajetória fulminante do cantor. Chama-se A voz e o vazio: a vez de Vassourinha, e é dirigido por Carlos Adriano. Dá para assistir no site Porta Curtas (www.portacurtas.com.br). Uma história cinematográfica. Uma história trágica. Um mega sucesso. Vassourinha foi o Rei do Brasil, mas nem teve tempo de aproveitar a glória. Um verdadeiro meteoro. Morreu não se sabe de quê. Não que Isaura Garcia não tenha avisado. Ela avisou: “encontrei com ele uma vez, no Café Nice, abatido, reclamando de dores estranhas. Adverti-o de que poderia ser reumatismo, causado por muito chope gelado.
 Ele tomava muito chope gelado e ficava na rua até altas horas!”.

 





domingo, 2 de setembro de 2012

"JORGE GOULART"


Jorge Goulart, nascido Jorge Neves Bastos,
(Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 1926 - Rio de Janeiro, 17 de março de 2012
foi um cantor brasileiro.
Seu primeiro sucesso foi Xangô, de Ari Barroso e Fernando Lobo.
Foi artista da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, onde alcançou fama nacional.
É viúvo e teve um filha com a cantora Nora Ney.
Jorge foi um dos grandes divulgadores das músicas de alguns dos principais sambistas brasileiros, além de puxador das escolas de samba Império Serrano, Imperatriz Leopoldinense e Unidos de Vila Isabel.
Foi também o primeiro intérprete da música A Voz do Morro, de autoria de Zé Kéti.
Morreu aos 86 anos vítima de uma parada cardiorrespiratória.

Discografia

1945 A Volta/Paciência, Coração
1945 Nem tudo é póssível/Feliz ilusão
1948 Alfredo/Caso perdido
1948 Meu amor/Fiquei louco
1949 Noites de junho/São João
1949 Fantoche/Minha Maria
1950 Miss Mangueira/Balzaquiana
1950 Ai! Gegê
1950 São Paulo/No fim da estrada
1950 Marcha do América/Marcha do Madureira
1955 Brasil em Ritmo de Samba
1977 Jubileu de Prata - (com Nora Ney)
1980 Oh! As Marcinhas - (com Emilinha Borba)



domingo, 12 de agosto de 2012

"BANDO DA LUA"


O Bando da Lua foi um conjunto vocal e instrumental brasileiro, primeiro no país a harmonizar as vozes de acordo com a moda na época nos Estados Unidos e,
com isto, criou uma mania nacional.
Formado no início dos anos 1930, o grupo era composto inicialmente por Aloysio de Oliveira (violão e vocal), Hélio Jordão Pereira (violão), Osvaldo Éboli, o Vadeco (pandeiro), Ivo Astolphi (violão tenor e banjo) e pelos irmãos Afonso
(ritmo e flauta), Stênio (cavaquinho) e Armando Osório (violão).
Este último veio a se desligar do grupo em 1934.
Gravaram vários discos com canções carnavalescas nos anos 1930
(38 discos, de 1931 a 1940) e, com sucesso, excursionaram pela Argentina.
Nessa época, começaram a cantar com Carmen Miranda e ela exigiu que eles a acompanhassem para os Estados Unidos.
Lá, fizeram oito filmes e muitos espetáculos com Carmen.
Em 1939, Ivo Astolphi saiu do grupo, sendo substituído por Garoto, que permaneceria por dois anos, entrando em seu lugar Nestor Amaral. Em 1944, com a volta de Osvaldo Éboli para o Brasil, o grupo se desfaz. Curiosamente desde então, todos os músicos que se apresentavam com Carmen Miranda continuavam se auto intitulando componentes do Bando, quando na verdade já seriam os Miranda's Boys. Dentre os destaques deste período, podem ser citados Russo do Pandeiro, Nanai e Bob Lester. Quatro ano depois o Bando foi reformulado por Aloysio de Oliveira, com dissidentes dos Anjos do Inferno. A partir daí, a ênfase maior é dada ao repertório vocal norte-americano, cantando em inglês e fazendo versões.
A dissolução final aconteceu em 1955, com a morte de Carmen Miranda.

Sucessos

A Hora É Boa, Aloysio de Oliveira e Mazinho (1934)
A Noite Vem Descendo, Alfredo Neto e Henrique Gonzales (1934)
Abandona o Preconceito, Francisco Matoso e Maércio Azevedo (1935)
Bola Preta, Assis Valente (1938)
Mangueira, Assis Valente e Zequinha Reis (1935)
Maria Boa, Assis Valente (1936)
Menina Que Pinta o Sete, Ataulfo Alves e Roberto Martins (1936)
O Samba da Minha Terra, Dorival Caymmi (1940)
Que É Que Maria Tem?, Assis Valente (1936)
O Vento Levou, Benedito Lacerda / Herivelto Martins (1940)

domingo, 8 de julho de 2012

"ROBERTO SILVA"


Roberto Napoleão Silva (Rio de Janeiro, 9 de abril de 1920)
é um cantor e compositor carioca, conhecido como O Principe do Samba.
Nascido no morro do Cantagalo em Copacabana, iniciou a carreira de cantor no rádio, na década de 30. Nos anos 40 realizou suas primeiras gravações, e foi do elenco das rádios Nacional e Tupi. Nesta última ficou conhecido como "príncipe do samba",
e suas interpretações são características pelo estilo sincopado e levemente
dolente que encontrou para cantar samba, inspirado em dois ídolos anteriores,
Cyro Monteiro e Orlando Silva.
Seu primeiro sucesso, lançado pela Star, foi "Mandei Fazer um Patuá" .
Em 1958 veio o LP "Descendo o Morro", que teve continuações, nos volumes 2, 3 e 4. Entre seus muitos sucessos destacam-se "Maria Teresa",
"O Baile Começa às Nove", "Juraci Me Deixou", "Escurinho" e "Crioulo Sambista",
entre outras. No total, gravou 350 discos de 78 rotações e perto de 20 LPs.
Afastado das gravações nos últimos anos, teve vários de seus discos relançados em
CD e em 1997 saiu a coletânea "Roberto Silva Canta Orlando Silva",
extraída de seus vários LP na Copacabana.

Discografia

1. Discos de carreira

VOLTA POR CIMA - Universal Music - 2002
A PERSONALIDADE DO SAMBA - Copacabana - 1979
PROTESTO AO PROTESTO - Copacabana - 1978
INTERPRETA HAROLDO LOBO, GERALDO PEREIRA E SEUS PARCEIROZ - Copacabana - 1976
SAMBA DE MORRO - Copacabana - 1974
SAUDADE EM FORMA DE SAMBA - Copacabana - 1973
RECEITA DE SAMBA - Copacabana - 1969
A HORA É A VOZ DO SAMBA - Copacabana - 1968
O PRÍNCIPE DO SAMBA - Copacabana - 1965
EU... O LUAR E A SERENATA Nº 2 - Copacabana - 1964
O SAMBA É ROBERTO SILVA Nº 2 - Copacabana - 1963
O SAMBA É ROBERTO SILVA - Copacabana - 1962
DESCENDO O MORRO Nº 4 - Copacabana - 1961
EU... O LUAR E A SERENATA - Copacabana - 1960
DESCENDO O MORRO Nº 3 - Copacabana - 1960
DESCENDO O MORRO Nº 2 - Copacabana - 1959
DESCENDO O MORRO - Copacabana - 1958

domingo, 24 de junho de 2012

"NÚBIA LAFAYETTE"


Idenilde Araújo Alves da Costa, conhecida pelo nome artístico de Núbia Lafayette, (Assu, 21 de janeiro de 1937 — Niterói, 18 de junho de 2007)
foi uma cantora brasileira.
Núbia nasceu em Assu, no interior do estado do Rio Grande do Norte, onde residiu até os três anos, idade que tinha quando a família se mudou para o Rio de Janeiro.
Desde tenra idade demonstrou talento para a música apresentando-se em programas infantis desde os 8 anos de idade .
A carreira de Idenilde teve início na década de 1950, com o nome artístico de
Nilde Araújo. Nessa época trabalhava como vendedora nas Lojas Pernambucanas
do Rio de Janeiro quando resolveu participar no programa de calouros
"A voz de ouro", da TV Tupi, interpretando canções da época.
Foi crooner da boite Cave do Rio e estreou cantando Dalva de Oliveira.
O nome artístico definitivo de Núbia Lafayette foi adaptado em 1960 por sugestão do compositor Adelino Moreira. Foi este compositor que à gravadora RCA, com o apoio de Nelson Gonçalves. Foi nesse ano que gravou o seu primeiro disco com o samba-canção "Devolvi", de Adelino Moreira. Este trabalho projectou-a definitivamente
como cantora romântica e popular.
O número de cantores que se dizem influenciados por Núbia Lafayette é vasto e
inclui nomes como Alcione, Fafá de Belém, Elymar Santos, Tânia Alves e a
cantora alagoana Rose D' Paula.
Núbia continuou a participar em programas especiais e apresentações esporádicas até ao fim da sua vida.
Morava em Maricá, no litoral do estado do Rio de Janeiro.

Doença e morte

Núbia sofreu um AVC hemorrágico no dia 10 de Março de 2007,
tendo ficado internada 10 dias. No dia 25 de Maio do mesmo ano voltou a ser internada no Hospital de Clínicas Niterói devido a complicações.
Faleceu aos 70 anos de idade.

Discografia

Solidão (1959) - pela gravadora RCA Camden
Devolvi (1960) - Compacto pela gravadora RCA Camden
Devoção (1961) - pela gravadora RCA Camden
Diferente (1962)- Pela gravadora RCA Camden
Eu, Núbia Lafayette (1963) - pela gravadora RCA Camden
Triste Madrugada (1964) - pela gravadora RCA Victor
Noites sem fim (1965) - pela gravadora RCA Camden
Nem Eu, nem Tu, Ninguém (1970) - pela gravadora Philips
Núbia Lafayette (1971) - pela gravadora CBS
Casa e Comida (1972) - pela gravadora CBS
De quem eu gosto (1973) - Compacto pela gravadora CBS
Núbia Lafayette (1974) - pela gravadora CBS
Abandono Cruel (1975) - pela gravadora CBS
Núbia Lafayette (1976) - pela gravadora CBS
Migalhas (1977) - pela gravadora CBS
Núbia Lafayette (1978) - pela gravadora CBS
Núbia Lafayette (1980) - pela gravadora CBS
Os vinte anos artísticos de Núbia Lafayette (1981) - pela gravadora CBS

Coletâneas

A Voz Quente de Núbia Lafayette (1971) - pela gravadora RCA


quarta-feira, 2 de maio de 2012

"TITO MADI"



Chauki Maddi, de nome artístico Tito Madi (Pirajuí, 12 de julho de 1929) foi um cantor e compositor brasileiro descendente de libaneses, seu pai e irmãos eram músicos e tocavam violão, alaúde e bandolim. Essa influência fez com que aos dez anos Tito já cantasse em festas da escola.
Nascido em Pirajuí, região Noroeste do Estado de São Paulo, é o filho mais ilustre do município, do qual recebe constantes homenagens e ainda é colunista no semanário local, O Alfinete.
Sua fase de compositor começou no final da década de 40.
Dedicava-se, também, a organizar shows e eventos.
Em 1952 mudou-se para São Paulo, indo trabalhar em rádio e televisão, onde permaneceu até 1954, quando veio para o Rio de Janeiro. No Rio continuou compondo e cantando em boates e rádios.
Em 1957 teve, finalmente, seu trabalho reconhecido: "Chove lá fora" seu grande sucesso, foi gravado em 1957 e lhe rendeu vários prêmios de composição. A música teve uma versão em inglês, com o nome
"It's Raining Outside", gravada por Della Reese e The Platters.
O conjunto vocal norte-americano gravou outras versões de músicas de Madi.
O cantor e compositor passou por diversas gravadoras, lançou discos seus e fez participações especiais, apresentando-se em shows no Brasil e no exterior, principalmente Estados Unidos.
Foi um compositor da geração pré-bossa nova, que teve influência sobre o movimento, com
sambas-canções de harmonização moderna como "Cansei de Ilusões", "Sonho e Saudade",
"Carinho e Amor" e "Não Diga Não". Outros sucessos, "Fracassos de Amor", "Gauchinha Bem Querer", "Balanço Zona Sul". Vendeu mais de 100 mil cópias e foi destaque na programação das rádios de todo o país. Ganhou os prêmios mais importantes da época, como os troféus Guarani e Chico Viola.
Teve músicas gravadas por grandes nomes da MPB.
Em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, há uma rua batizada com o seu nome.


 



  

sábado, 28 de abril de 2012

"CLÉLIA SIMONE"

Clélia de Barros Machado, nasceu em São Paulo, filha de Labiano de Barros Machado e Isolina Giovagnolli. O pai era um cientista de Oceanografia, mas no fundo de sua alma era um músico. E sua mãe sempre gostara de operas e operetas, que vivia cantarolando. Clélia nasceu e cresceu sempre nos Jardins, zona nobre da capital paulista. Mas houve um desquite entre os pais de Clélia e seu padrasto era Chateaubrinad Carneiro Geraldis. Clélia tem irmãos por parte de pai e por parte de mãe. Sempre estudando em colégios finos, conseguia ser a primeira da classe. Mas no que ela se sobressaia mesmo era em sua afinação e sua voz belíssima. E assim ela cantava sempre, nas reuniões que sua família promovia. Nunca pensou em ser profissional, mas com oito anos a mãe a levou ao “Clube do Papai-Noel” de Homero Silva, que era o programa de rádio mais famoso nessa especialidade. Todos aplaudiram a pequena soprano. Estudou francês e inglês. Clélia em verdade, estava se preparando para seu repertório de músicas internacionais. Foi assim, que num passeio com amigos, já então mocinha, conheceu o Maestro Georges Henry e um cantor gordo e simpático chamado Willian Fourneaux. Por insistência da própria família, Clélia chegou ao microfone e cantou. O Maestro ficou embevecido. Além de muito bonita, a mocinha realmente sabia cantar. Daí para a Televisão Tupi, a emissora que tinha a direção daquele Maestro, foi um passo. E logo Clélia brilhava em programas expressivos da casa, como: “Antarctica no mundo dos sons”, e outros. Sua linda voz e sua rara afinação, conquistaram São Paulo. Era o dia 18 de setembro de 1952, quando Clélia assinou o seu contrato. E assim ela ficou ali por dez anos. Ao mesmo tempo começou a gravar jingles comerciais. Nos programas cantava em inglês, espanhol, francês, alemão, italiano e português. Mas os jingles a chamavam tanto, que aos poucos, por questões financeiras, foi dando prioridade a eles. O Jingles mais conhecido cantado por ela foi do café seleto,criado por Arquimedes Messina. A campanha teve início em 1974, ganhou algumas versões em animação, e foi usada em várias oportunidades pela empresa. A produção musical é de Theo de Barros, arranjador de Disparada (Geraldo Vandré), sendo que o comercial em versão animada é interpretado pela cantora Clélia Simone, com impressionante voz infantil. Ela gravou jingles por 45 anos. Assim, entre locuções, histórias infantis, audio-visuais, Clélia Simone fez cem mil gravações. Tanto que a homenagearam e imortalizaram na Escola Superior de Propaganda, em São Paulo. Recebeu também o prêmio “Roquete Pinto”, como melhor cantora do ano de 1962. Hoje, Clélia Simone aparece em alguns shows, e dá aulas de canto e piano, para um público seleto. Tem um único filho, Alexandre, filho de Walter Tasca, que foi o grande amor de sua vida. Alexandre também é músico e hoje, viúva, Clélia dedica-se inteiramente a ele, doce, sensível, Clélia ama a arte até o fundo do seu ser. Grande amiga, grande criatura, grande artista.

domingo, 11 de março de 2012

"IVON CURI"


Ivo José Curi, conhecido como Ivon Curi, (Caxambu, 5 de junho de 1928 — Rio de Janeiro, 24 de junho de 1995) foi um cantor, compositor e ator brasileiro.
Passou a infância e parte da adolescência em sua cidade natal. Era filho de José Kalil Curi e de Maria Curi, e irmão do famoso locutor esportivo Jorge Curi e do locutor noticiarista Alberto Curi, ambos também falecidos. Foi batizado na Igreja Matriz de Caxambu, em 29 de março de 1929, pelo monsenhor José João de Deus, tendo como padrinhos Assad Safade e sua irmã mais velha, Jenny Curi, a qual passaria a criá-lo depois da morte de sua mãe, em 1936. No início dos anos 1940 mudou-se para o Rio de Janeiro. Trabalhou inicialmente na Pan American Airlines em terra.
Iniciou sua carreira artística como cantor em 1947, contratado como cantor principal da orquestra do maestro Zaccarias, do Hotel Copacabana Palace.
Notabilizou-se também por suas participações como ator e cantor em inúmeras chanchadas da Atlântida durante a década de 50.
Em 1960, gravou, ao lado de Elizeth Cardoso, um jingle para a campanha
vice-presidencial de João Goulart.
Em 1966, participou do programa Adoráveis Trapalhões com Renato Aragão,
Wanderley Cardoso e Ted Boy Marino.
Nos anos 80 foi homenageado pelo diretor Ivan Cardoso em As Sete Vampiras e O Escorpião Escarlate, filmes nos quais reproduz o seu tipo aristocrático e abobalhado dos tempos de Atlântida.
Seu último personagem em televisão foi o gaúcho Gaudêncio da Escolinha do
Professor Raimundo.
Também conhecido pela dublagem brasileira de Lumière,
o castiçal de A Bela e a Fera, clássico da Disney.





Maiores sucessos

1949 - Me Leva (com Carmélia Alves)
1950 - Tá Fartando Coisa em Mim
1950 - Nego, Meu Amor (com Marlene)
1953 - João Bobo
1953 - O Xote das Meninas
1953 - Amor de Hoje
1954 - Sob o Céu de Paris
1955 - Farinhada
1957 - Comida de Pensão - Compositor - Miguel Miranda de Jesus
1957 - Farinhada
1970 - Procurando Tu
1971 - Capim Gordura

Filmografia

1948 - É com Esse Que Eu Vou
1950 - Aviso aos Navegantes ... Príncipe Suave Leão
1951 - Aí Vem o Barão ... Navalha
1952 - Barnabé, Tu És Meu
1952 - É Fogo na Roupa ... Juvenal
1954 - O Petróleo É Nosso
1956 - Vamos com Calma ... Príncipe Nico
1956 - Sai de Baixo
1956 - Guerra ao Samba ... Anastácio
1956 - Depois Eu Conto
1957 - Garotas e Samba
1957 - Maluco por Mulher
1957 - Com Jeito, Vai
1958 - Alegria de Viver
1959 - Garota Enxuta
1960 - Tudo Legal
1966 - Adoráveis Trapalhões (TV)
1967 - A Espiã Que Entrou em Fria
1975 - Assim Era a Atlântida
1979 - Feijão Maravilha (TV) ... Rachid (1 episódio)
1982 - Chico Anysio Show (TV)
1986 - As Sete Vampiras ... Barão Von Pal
1990 - O Escorpião Escarlate
1991 - Escolinha do Professor Raimundo (TV) ... Seu Gaudêncio

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

"NUNO ROLAND"


Reinold Correia de Oliveira, conhecido como Nuno Roland
(Joinville, 1 de março de 1913 — 20 de dezembro de 1975)
foi um dos grandes cantores da época de ouro do rádio brasileiro.
Catarinense, iniciou sua carreira artística em 1931 como cantor num cassino de Passo Fundo, RS. Durante sua passagem pelo Rio Grande do Sul conheceu
Lupicínio Rodrigues, de quem se tornou amigo.
Em 1934, seguiu para São Paulo onde fez grande sucesso apresentado-se inicialmente na Rádio Record e depois na Rádio Educadora Paulista.
Foi em São Paulo que adotou o nome artístico de Nuno Roland.
Em 1936 mudou-se para o Rio de Janeiro onde assinou contrato com a Rádio Nacional. Estreou na inauguração da emissora em 12 de setembro daquele ano.

Sucessos

É tão sublime o amor (Love is a many splendored thing), Paul Francis Webster e Sammy Fain, versão de Alberto Almeida (1956)
Hino do Fluminense, Trio Melodia (1940)
Hino do Olaria, Lamartine Babo (1950)
Peixe vivo, motivo popular adaptado por Antônio Almeida (1950)
Pirata da perna de pau, João de Barro (1946)
Serenata chinesa, João de Barro (1948)
Tem gato na tuba, Alberto Ribeiro e João de Barro (1947)
Tem marujo no samba, João de Barro, com Emilinha Borba (1948)
Hino do Botafogo,Lamartine Babo(1950)


domingo, 15 de janeiro de 2012

"8 BATUTAS"


Oito Batutas foi um conjunto musical brasileiro criado em 1919 no Rio de Janeiro e formado por Pixinguinha na flauta, Donga e Raul Palmierino no violão,
Nelson Alves no cavaquinho, China no canto, violão e piano,
José Alves no bandolim e ganzá e Luis de Oliveira na bandola e reco-reco.
O repertório do conjunto incluía choros, maxixes, canções sertanejas,
batuques e cateretê.
O conjunto foi formado para apresentar-se no Cine Palais a pedido de seu gerente, Isaac Frankel, que ouvira o Grupo Caxangá, no qual tocavam Donga,
Pixinguinha e João Pernambuco, um dos maiores violonistas da história do choro,
autor de Luar do Sertão em parceria com Catulo. Estreou na sala de espera deste cinema, tornando-se uma atração a parte, maior até que os próprios filmes.
Alguns dos admiradores do grupo eram Rui Barbosa e Ernesto Nazareth,
que se revelara apresentando-se no Cine Odeon, exatamente situado defronte
ao Palais, ambos na Cinelândia.
Pelo sucesso do grupo, os Batutas começaram a apresentar-se em festas em casas da alta sociedade, bem como no cabaré Assírio, no subsolo do Teatro Municipal - onde acompanharam os dançarinos Duque e Gaby. A convite destes, e com patrocínio de Arnaldo Guinle, os Batutas viajaram a Paris em 1922, apresentando-se por 6 meses na boate Schéhérazade. Depois de voltar ao Brasil, excursionaram também para Buenos Aires, onde fizeram gravações para a Victor argentina.



Discografia

"Meu passarinho/Até eu" (1923)
"Caruru/Urubu" (1923)
"Graúna/Me deixa, serpentina!" (1923)
"Lá-Ré/Pra quem é..." (1923)
"Se papai souber/Tricolor" (1923)
"Bataclan/Lá vem ele" (1923)
"Nair/Não presta pra nada" (1923)
"Falado/Já te digo" (1923)
"Três estrelinhas/Vira a casaca" (1923)
"Até a volta/Vitorioso" (1923)
"Oito Batutas" (1995) Revivendo CD