sexta-feira, 25 de junho de 2010

" VIRGÍNIA LANE "


Foi interna do Colégio Regina Coeli, dos seis aos 14 anos. Estudou, em seguida, no Instituto Lafayette (famoso colégio situado no bairro carioca de Botafogo), chegando depois a cursar o primeiro ano de Direito. Estudou um período com Maria Olenewa na Escola de Bailados do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Em 1943, iniciou sua carreira, trabalhando como corista do Cassino da Urca. Por intermédio do maestro Vicente Paiva, tornou-se "crooner" de sua orquestra e, além de atuar no Cassino, passou a se apresentar na Rádio Mayrink Veiga. Em 1945, depois de apresentações na Rádio Splendid e na boate Tabaris, de Buenos Aires, fixou residência na capital argentina por três anos. Em 1946 lançou pela Continental, seu primeiro disco interpretando a marcha "Maria Rosa"" , de Oscar Bellandi e Dias da Cruz e o samba "Amei demais", de Ciro de Souza e J. M. da Silva. Quando voltou ao Brasil, em 1948, atuou como vedete na revista "Um milhão de mulheres", de Chianca de Garcia, encenada no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro. A revista rendeu-lhe muito sucesso, o que lhe possibilitou um contrato com a companhia de Walter Pinto, no qual trabalhou por quatro anos em espetáculos no Teatro Recreio. Em 1951, lançou seu grande sucesso, a marchinha "Sassaricando", de Luís Antônio, Zé Mário, pseudônimo de Jota Júnior e Oldemar Magalhães, cantada por ela na revista "Eu quero sassaricá", de Luís Iglesias e Freire Jr, e gravada pela Todamérica em novembro de 1951. A música foi feita de encomenda para a revista "Jabaculê de penacho", produzida por Walter Pinto que, adorando o tema, resolveu trocar o nome da revista. O sucesso foi tanto, que a música acabou criando a expressão maliciosa "sassaricar". A partir de 1952, trabalhou no Teatro Carlos Gomes. No mesmo ano, gravou as marchas "Santo Antônio casamenteiro", de Antônio Almeida e Alberto Ribeiro e "Balão", de Luiz Antônio. Foi eleita Rainha das Atrizes, pela Casa dos Artistas. Destacou-se em programas da TV Tupi ("Espetáculos Tonelux") na década de 1950. Em 1953, fez sucesso com a marcha "Zé Corneteiro", de Lalá Araújo. Em 1954, gravou com sucesso a "Marcha do fiu-fiu", que ela assinou com Nelson Castro e "Marcha da pipoca", de Luiz Bandeira e Arsênio de Carvalho, de sentido malicioso ou de duplo sentido. Em 1955 lançou o maxixe "No balaio de sinhá", de Arsênio de Carvalho; o samba "Portão da casa do Juca", de Rubens Silva e Loé Moulin e "Chorinho gostoso", de sua autoria. Em 1956, gravou os cha-cha-chas "Aprenda o cha-cha-cha", de C. Garcia e Hello e "Um beijinho por telefone", de M. Perdomo, ambos com versão de Alberto Ribeiro. Em 1957, gravou as marchas "É baba de quiabo", de sua parceria com Arsênio de Carvalho e "Madame sapeca", de José Roberto e José Batista. Em 1958, gravou "Lanterninhas multicores", marcha de sua autoria; "Santo Antônio vai me abençoar", baião de Nelson Castro e José Batista e "Que palhaço", marcha de sua parceria com William Duba. Gravou 24 discos em 78 rpm, um pela Continental e os outros pela Todamérica, principalmente com marchinhas de temas maliciosos ou humorísticos, apesar de ter gravado sambas também. Em 1960, gravou dois discos pela etiqueta Carroussel, incluindo as marchas "Meu América", campeã carioca de futebol daquele ano, de Nelson Castro e "Marcha da vitória", de Hélio Nascimento, Mirabeau e J. Gonçalves. No início do ano 2000, continuava a se apresentar em bailes populares de carnaval, na Cinelândia no Rio de Janeiro, com grande agrado do público. Foi uma das artistas de maior prestígio no governo de Getúlio Vargas que, além de ser seu fã, conta-se, chegou a ter um romance com ela.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

" ZEZÉ FONSECA "


(Maria José González) Nascida 5/8/1915, Rio de Janeiro, RJ -
Falecida 16/8/1962,no Rio de Janeiro, RJ

Aluna do Instituto de Música do Rio de Janeiro, estudou canto com Olinda Leite de Castro. Iniciou a carreira apresentando-se na "Hora da Arte", no Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro. Em 1932 entrou para a Rádio Philips, através de Paulo Bevilácqua e passou a presentar o programa "Fox tarde demais". Em 1933, gravou seu primeiro disco pela Columbia, interpretando a marcha "Põe a chave embaixo...", de Assis Valente e o samba "Mulato cheio de bossa", de Sílvio Pinto e Milton Musco. No mesmo ano, gravou com Breno Ferreira, a marcha "Eta caboclo mau", de Joubert de Carvalho e Luiz Martins. Depois da estréia como cantora, integrou a companhia teatral de Procópio Ferreira na peça "Deus lhe pague", de Joraci Camargo. Durante algum tempo produziu programas femininos na Rádio Cruzeiro do Sul, trocando-a pela Rádio Philips em 1934. Em 1935, gravou a marcha "Amor, amor" e o samba "Quero a liberdade", ambas de Sílvio Pinto. No ano seguinte, foi contratada pela Victor e lançou as marchas "Retalho de felicidade", de José Maria de Abreu e Oduvaldo Cozzi e "São João há de sorrir", de José Maria de Abreu e Francisco Matoso. Nesse mesmo ano, abandonou o rádio e somente retornou em 1939, ingressando na Rádio Nacional, onde trabalhou seis anos. Entrou para a história da MPB a partir de 1942, por manter um tórrido romance com o cantor Orlando Silva, cujos altos e baixos provocaram sério desequilíbrio emocional no grande intérprete fazendo-o ingressar nas drogas. Disso resultou o afastamento de Orlando da cena artística por alguns anos. Em 1940 gravou com Barbosa Júnior a marcha "Hino da alegria" e o samba "Foi você", ambas da dupla Juraci Araújo e Gomes Filho. Em 1945 esteve em Montevidéu, Uruguai, e Buenos Aires, Argentina, realizando programas para a Rádio El Mundo. Em 1946 foi para a Rádio Globo. Conhecida principalmente como intérprete de radionovelas brasileiras, foi uma das pioneiras e considerada a melhor radioatriz da Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, até 1954, destacando-se sua atuação em "Os amores de George Sand", na Mayrink Veiga, e "Romance da eternidade", na Nacional. Gravou dois discos pela Victor e cinco pela Columbia, num total de sete 78 RPMs no período 1933/40.

sábado, 5 de junho de 2010

" ARACY DE ALMEIDA "


Aracy Teles de Almeida nasceu em 19 de agosto de 1914. Foi criada no subúrbio carioca, no bairro de Encantado, numa grande família evangélica; o pai, Baltazar Teles de Almeida, era chefe de trens da Central do Brasil e a mãe, dona Hermogênea, dona de casa. Tinha apenas irmãos homens.
Estudou num colégio no bairro do Engenho de Dentro, onde foi colega do radialista Alziro Zarur, passando depois para o Colégio Nacional, no Méier. Aracy costumava cantar hinos religiosos na Igreja Batista e, escondida dos pais, cantava músicas de entidades em terreiros de macumba e no bloco carnavalesco "Somos de pouco falar". "Mas isso não rendia dinheirim", como Aracy dizia.
Mais tarde, conheceu Custódio Mesquita, por intermédio de um amigo. Cantou para ele a música Bom-dia, Meu Amor (Joubert de Carvalho e Olegário Mariano), conseguindo entrar a Rádio Educadora (depois Tamoio), em 1933. Ali mesmo, conheceu Noel Rosa e aceitou o convite, que ele lhe fez, para "tomar umas cervejas cascatinhas na Taberna da Glória". Desde este dia, o acompanhou todas as noites.

No ano seguinte, gravou para o Carnaval seu primeiro disco, pela Columbia, com a música Em plena folia (Julieta de Oliveira). Em 1935, assinou seu primeiro contrato com a Rádio Cruzeiro do Sul e gravou Seu Riso de Criança, composição de Noel Rosa, de quem se tornaria a principal intérprete.
Transferindo-se para a Victor, participou do coro de diversas gravações e lançou, ainda em 1935, como solista, Triste cuíca (Noel Rosa e Hervé Cordovil), Cansei de pedir, Amor de parceria (ambas de Noel Rosa) e Tenho uma rival (Valfrido Silva). A partir de então, tornou-se conhecida como intérprete de sambas e músicas carnavalescas, tendo sido apelidada por César Ladeira de "O Samba em Pessoa". Trabalhou na Rádio Philips com Sílvio Caldas, no Programa Casé; na Cajuti, Mayrink Veiga e Ipanema, excursionando com Carmen Miranda pelo Rio Grande do Sul.
Em 1936 foi para a Rádio Tupi e gravou com sucesso duas músicas de Noel Rosa: Palpite infeliz e O X do problema. Em 1937 atuou na Rádio Nacional e destacou-se com os sambas Tenha pena de mim (Ciro de Sousa e Babau), Eu sei sofrer (Noel Rosa e Vadico) e Último desejo, de Noel Rosa, que faleceu nesse ano.
Gravou, em 1938, Século do Progresso (Noel Rosa) e Feitiço da Vila (Noel Rosa e Vadico), e, em 1939, lançou em disco Chorei quando o Dia Clareou (Davi Nasser e Nelson Teixeira) e Camisa amarela (Ari Barroso). Para o Carnaval de 1940, gravou a marcha O Passarinho do relógio (Haroldo Lobo e Milton de Oliveira) e, no ano seguinte, O Passo do canguru (dos mesmos autores).

Em 1942, lançou o samba Fez Bobagem (Assis Valente), Caramuru (B.Toledo, Santos Rodrigues e Alfeu Pinto), Tem galinha no bonde e A Mulher do leiteiro (ambas de Milton de Oliveira e Haroldo Lobo). Fez sucesso no Carnaval de 1948 com Não me Diga Adeus (Paquito, Luis Soberano e João Cerreia da Silva) e, em 1949, gravou João ninguém (Noel Rosa) e Filosofia (Noel Rosa e André Filho).
Entre 1948 e 1952, trabalhou na boate carioca Vogue, sempre cantando o repertório de Noel Rosa; graças ao sucesso de suas interpretações nessa temporada, lançou pela Continental dois álbuns de 78 rpm com músicas desse compositor: o primeiro deles, lançado em setembro de 1950, continha Conversa de botequim (com Vadico), Feitiço da Vila (com Vadico), O X do problema, Palpite infeliz, Não tem tradução e Último desejo; no segundo, lançado em março de 1951, interpretou Pra que mentir (com Vadico), Silêncio de um minuto, Feitio de Oração (com Vadico), Três apitos, Com que roupa e O Orvalho Vem Caindo (com Kid Pepe).
Foi, ao lado de Carmen Miranda, a maior cantora de sambas dos anos 30. Depois de atuar com sucesso na boate Vogue em Copacabana na década de 40, entre 1950 e 1951, gravou dois álbuns dedicados a Noel Rosa, que seriam responsáveis pela reavaliação da obra do poeta da Vila.
Mudou-se para a Cidade de São Paulo em 1950, e lá viveu durante 12 anos. Em 1955, trabalhou no filme Carnaval em lá maior, de Ademar Gonzaga, e lançou, pela Continental, um LP de dez polegadas só com músicas de Noel Rosa, no qual foi acompanhada pela orquestra de Vadico, cantando, entre outras, São Coisas Nossas, Fita Amarela e as composições inéditas Meu Barracão, Cor de Cinza, Voltaste e A Melhor do Planeta (com Almirante).
Três anos depois, lançou pela Polydor o LP Samba em pessoa. Em 1962 a RCA, reaproveitando velhas matrizes, editou o disco Chave de ouro. Em 1964, gravou com a dupla Tonico e Tinoco, o cateretê Tô chegando agora (Mário Vieira) e apresentou-se com Sérgio Porto e Billy Blanco na boate Zum-Zum no Rio de Janeiro.
Em 1965, fez vários shows no Rio de Janeiro: "Samba pede passagem", no Teatro Opinião; "Conversa de botequim", dirigido por Miele e Ronaldo Boscoli, no Crepúsculo; e um espetáculo na boate Le Club, com o cantor Murilo de Almeida. No ano seguinte, a Elenco lançava o disco Samba é Aracy de Almeida. Com o cômico Pagano Sobrinho, fez "É proibido colocar cartazes", um programa de calouros da TV Record, de São Paulo, em 1968. No ano seguinte, a dupla apresentou-se na boate paulistana Canto Terzo. Ainda em 1969, fez o show "Que maravilha!", no Teatro Cacilda Becker em São Paulo, ao lado de Jorge Ben], Toquinho e Paulinho da Viola.
Depois disso, com a entrada da bossa nova, os intérpretes de samba já não eram tão solicitados. Aracy trabalhou em vários programas de TV: Programa do Bolinha; na TV Tupi, com Mário Montalvão; na TV Globo, com a Buzina do Chacrinha; no Programa Sílvio Santos; programas na TVE; Programa da Pepita Rodrigues , na TV Manchete; Programa do Perlingeiro, na TV Excelsior; no Almoço com as estrelas, com Aérton Perlingeiro, entre outros.
Em 1988, Aracy teve um edema pulmonar. No início, ficou internada em São Paulo, retornando ao Rio de Janeiro para o hospital da SEMEG, na Tijuca. Sílvio Santos a ajudou financeiramente na época em que esteve doente e lhe telefonava todos os dias, às 18 horas, para saber como ela estava.
Depois de dois meses em coma, voltou a lucidez por dois dias, e, num súbito aumento de pressão arterial, faleceu no dia 20 de junho, aos 74 anos. Seu corpo foi velado no teatro João Caetano, visto que seu último show com Albino Pinheiro havia sido lá. O Jardim da saudade doou o túmulo para ela, porém já havia uma gaveta no cemitério em São Paulo, mas Adelaide não quis levá-la para lá. O Corpo de Bombeiros percorreu parte do Rio de Janeiro com o seu túmulo como homenagem , passando pelos lugares importantes freqüentados por Aracy (Copacabana, Glória, Lapa ,Vila Isabel, Méier e Encantado). Ela não casou e não quis ter filhos, apesar de ter morado com alguns namorados.

" ALZIRINHA CAMARGO "





Alzira Camargo (São Paulo, 10 de dezembro de 1915 — 9 de dezembro de 1982) foi uma cantora brasileira.
Nasceu no bairro do Brás e começou a cantar amadoristicamente na Rádio Record, assinando contrato com a Cruzeiro do Sul e, depois, com a Rádio Difusora. Em 1931, participou do filme Coisas nossas, considerado o primeiro filme musical brasileiro, junto de Procópio Ferreira, Zezé Lara, Batista Jr., Paraguaçu e outros.
Em 1935, convidada por Sílvia Autuori, foi procurar alguma oportunidade no Rio de Janeiro. Foi contratada pela Rádio Tupi e sua carreira começou a deslanchar. Um ano depois, gravou o primeiro disco na Victor, com a marcha Cinqüenta por cento (Lamartine Babo) e o samba Você vai se arrepender (Alberto Fadel, Germano Augusto e Kid Pepe). Ao entrar em contato com Alberto Quatrini Bianchi, este a convidou para se apresentar em sua rede de cassinos, espalhada por todo país.

No ano seguinte, se desentendeu com Carmen Miranda, pois esta, logo após gravar a marcha Querido Adão (Benedito Lacerda e Oswaldo Santiago), viajou para a Argentina, não podendo lançar a música no rádio. Os compositores então ofereceram-na a Alzirinha, que fazia o meso estilo de Carmen, e esta ficou com o sucesso. A partir de então, as duas se tornaram rivais.
Viajou para Buenos Aires, Argentina, ao lado do Regional de Benedito Lacerda, apresentando-se na Rádio El Mundo, em 1938. De volta ao Brasil, Benedito Lacerda compôs para ela a marcha Meu Buenos Aires querido, gravada por eles na Odeon.
Em 1939, apresentou-se no Cassino Atlântico com uma orquestra norte-americana regida por Ciro Rimac. No ano seguinte, a convite deste, viajou para os Estados Unidos da América, com um contrato assinado de seis meses. Lá permaneceu até 1949 e, nos três anos seguintes, percorreu pela Península Ibérica, apresentando-se no Cassino Estoril, em Portugal. De volta ao Brasil em novembro de 1953, foi contratada pela Rádio Nacional, para o programa Gente que brilha de Paulo Roberto. Voltou a gravar em 1955, pela Polydor.
Trabalhou também em televisão, tanto no Rio como em São Paulo. Gravou ainda, no princípio dos anos 60, um disco pelo selo Guarani, sem maiores repercussões.


Filmografia

1931 - Cousas Nossas
1935 - Fazendo Fitas
1936 - Alô, Alô, Carnaval
1937 - O Grito da Mocidade
1937 - Samba da Vida
1954 - Agora É Que São Elas

" NORA NEY "


Nora Ney, nome artístico de Iracema de Sousa Ferreira,
(Rio de Janeiro, 20 de março de 1922 — Rio de Janeiro, 28 de outubro de 2003)
foi uma cantora brasileira.
Aprendeu a tocar violão sozinha e, para incentivá-la, seu pai a presenteou com o instrumento. Familiarizava-se com o mundo da música frequentando assiduamente programas de rádio e de auditório.
Dona de uma voz grave, começou a carreira em 1950 e em 1953 já era uma das grandes divas do rádio, interpretando Dorival Caymmi, Noel Rosa, Ary Barroso, entre outros. Em 1952 gravou pela Continental seu primeiro LP, Menino Grande.
Ao lado de Maysa Matarazzo, Ângela Maria e Dolores Duran, consagrou-se como uma das maiores intérpretes do samba-canção (gênero surgido na década de 30). O samba-canção é comparado ao bolero, pela exaltação do amor romântico ou pelo sofrimento de um amor não realizado.
Dentre as curiosidades de sua vida pública estão um segundo casamento com o cantor Jorge Goulart; a filha, fruto dessa união, Vera Lúcia, se tornou Miss Brasil em 1963Devido à atuação política de Goulart no Partido Comunista, teve que se auto exilar depois do Golpe de 1964, cujo objetivo era "libertar" o país da "ameaça comunista".

Discografia

Canta Nora Ney (1955)
Nora Ney (1958)
Ninguém me Ama (1960)
Mudando de Conversa (1968)
Tire seu Sorriso do Caminho, que Eu Quero Passar com a Minha Dor (1972)
Jubileu de Prata - Nora Ney e Jorge Goulart (1977)
Meu Cantar É Tempestade de Saudade (1987)

Compilações

As Eternas Cantoras do Rádio (1991)
Nora Ney (1993)
Mestres da MPB - Nora Ney (1994)
Acervo Especial - Nora Ney (1994)
A Música Brasileira Deste Século por seus Autores e Intérpretes (2000)
Amor, Meu Grande Amor - Nora Ney e Jorge Goulart (2000)

" ELLEN DE LIMA "


Helenice Teresinha de Lima Pereira de Almeida, a Ellen de Lima
(Salvador, 24 de março de 1938) é uma cantora e atriz brasileira que fez sucesso durante o período dourado do rádio, na década de 1950. Tornou-se conhecida do público por ser a intérprete da célebre "Canção das Misses", escrita por Lourival Faissal, para servir de tema do tradicional concurso de Miss Brasil.
Ellen nasceu na Bahia, mas já aos dois anos seguiu para o Rio de Janeiro.
Começou sua carreira em 1950 no programa de calouros de César de Alencar, na Rádio Nacional, bem como no "Alvorada dos Novos", da Mayrink Veiga, pela qual foi contratada em 1954 para apresentar-se no Rio e em São Paulo.
Foi uma das primeiras contratadas da Columbia (depois CBS e atual Sony-BMG), no Brasil, lançando nesse mesmo ano o seu primeiro disco, a convite do maestro Renato de Oliveira, com o samba-canção "Até Você" (Armando Nunes) e o slow-fox "Melancolia" (Allain Romans, versão de Capitão Furtado).
Em 1957, fez sucesso com o bolero "Vício" (Fernando César),
gravando seu primeiro LP, "Ellen".

Foi na década de 1960 que Ellen de Lima conquistou o público brasileiro com a "Canção das Misses", tema do concurso de Miss Brasil, à época promovido pelos Diários Associados.
Atuou bastante em televisão (trabalhou como atriz-cantora na TV Globo, ao lado de Fernanda Montenegro e Sérgio Britto) e em diversas boates, como a Oásis paulistana e O Galo, no Rio de Janeiro, além de participar de espetáculos no Copacabana Palace, ao lado de Haroldo Costa e das Irmãs Marinho.
A partir de 1988 passou a integrar o grupo As Eternas Cantoras do Rádio, ao lado de Carmélia Alves, Violeta Cavalcante, entre outras, com o qual gravou três CDs.
No volume 3, gravou "Estrela" (Gilberto Gil), em duo com seu autor, e "Bésame" (Flávio Venturini e Murilo Antunes). Ellen já ganhou títulos importantes, como o de Rainha dos Músicos e a medalha Oswaldo Cruz.

" CARMINHA MASCARENHAS "


Cármina Allegretti, conhecida Carminha Mascarenhas
(Muzambinho, 14 de abril de 1930) é uma cantora brasileira que integra atualmente o grupo As Eternas Cantoras do Rádio, ao lado de outras como Ellen de Lima, Carmélia Alves e Violeta Cavancanti.

" DEMÔNIOS DA GARÔA "


Demônios da Garoa é um grupo musical brasileiro, grande intérprete de Adoniran Barbosa, com mais de 60 anos de existência, Fundado por Waldemar Pezzuol,
nome dado por Elvetia Ciampi Pezzuol.
Surgiu na década de 1940 com o nome de "Grupo do Luar". Em 1943, cantando pela primeira vez no rádio, venceu um concurso de calouros, chamado A Hora da Bomba, da Rádio Bandeirantes. O prêmio principal era um contrato para duas apresentações semanais na rádio.
O grupo mudou de nome por iniciativa do locutor Vicente Leporace, entusiasta do grupo. Este promoveu um concurso entre os ouvintes para que fosse escolhido o nome do grupo. Dentre as sugestões, foi escolhido o nome "Demônios da Garoa". Vale lembrar que Leporace ao anunciar o conjunto em seu programa costumava chamá-los de "endiabrados" do Grupo do Luar.
Em 1949, durante as gravações do filme O Cangaceiro, conheceram o compositor Adoniran Barbosa. Nasceu a parceria que rendeu os principais sucessos do grupo e seu reconhecimento nacional.
Seu bom humor tornou-se a marca registrada do grupo. Em 1965, com mudanças na formação original, gravou "Trem das Onze", a marca registrada do grupo (eleita em 2000, através de votação popular, a música-símbolo da cidade de São Paulo) [carece de fontes?], conjuntamente com "Iracema", "Saudosa Maloca", "O Samba do Arnesto", "As Mariposas", "Tiro ao Álvaro", "Ói Nóis Aqui Trá Veiz", "Vila Esperança" e "Vai no Bexiga pra Ver".
O grupo vendeu mais de dez milhões de cópias distribuídos em 69 compactos simples, 6 compactos duplos, 34 LPs e 13 CDs ao longo de sua carreira. A atual formação compõe-se de Roberto Barbosa (conhecido pelo codinome de Canhotinho), Serginho Rosa, Sydnei, Izael e Ricardinho (neto do fundador do grupo, Arnaldo Rosa). Noutros tempos, o grupo já contou com a participação de Ventura Ramirez, nome expressivo em São Paulo no estilo violão de 7 cordas [carece de fontes?], com uma técnica peculiar que marcou a história e os arranjos dos Demônios da Garoa por cerca de 30 anos.
Os dois últimos fundadores do conjunto, Arnaldo Rosa e Toninho Gomes, faleceram respectivamente em 2000, vítima de cirrose hepática oriunda de um tratamento na coluna, e em 2005, vítima de complicações do diabetes e do mal de Alzheimer.
Em 1994, os Demônios da Garoa entraram para o Guinness Book - Livro dos Recordes Brasileiro, de onde não mais saíram, como o "Conjunto Vocal Mais Antigo do Brasil em Atividade", além de receberem o disco de ouro pelo álbum 50 Anos.
A banda, que sempre se apresentou somente com os seus integrantes, a partir da gravação de seu primeiro DVD intitulado Demônios da Garoa ao Vivo, lançado pela BAND Music, agora conta também com uma banda de apoio, formada por bateria, violão de 7 cordas e contrabaixo.




Discografia

55 Anos de Garoa (1997)
Demônios da Garoa Hoje (1995)
50 Anos (1994)
Esses Divinos Demônios da Garoa (1990)
O Samba Continua (1980)
34 Anos de Música Brasileira (1977)
Samba do Metrô (1975)
Torre de Babel (1974)
Abre a Gira (1973)
Eu Sou de Lá (1972)
Aguenta a Mão, João (1971)
Sai de Mim, Saudade (1971)
Doido Varrido (1969)
Ói Nóis Aqui Tra Veis (1969)
É de Samba Vol. 2 (1968)
É de Samba (1968)
Leva Este (1968)
Eu Vou Pro Samba (1965)
Trem das Onze (1965)
Mas Demônios Que Nunca (1962, Argentina)
Demônios em Sambas Infernais (1961)
Pafunça (1958)
Demônios da Garoa (1957)
Saudosa Maloca (1957)

Maiores Sucessos (ordem cronológica)

1951 - Malvina
1955 - O Samba do Arnesto
1955 - Saudosa Maloca
1956 - Iracema
1965 - Iracema (regravação do antigo sucesso de 1956)
1965 - Trem das Onze