sexta-feira, 29 de julho de 2011

"GERMANO MATHIAS"


Germano Mathias (São Paulo, 2 de junho de 1934) é um cantor brasileiro,
representante do samba paulistano.
Seu grande sucesso foi "Minha nega na janela", também seu samba de estreia. Chamou a atenção por causa do jeito peculiar de interpretar os sambas, sempre de forma sincopada, e acompanhá-los tocando com uma tampa de uma lata de graxa, herança dos engraxates da Praça da Sé, com quem conviveu no início da década de 1950.
Germano também é conhecido por interpretar vários sambas de Zé Ketti. Fã de Germano, Gilberto Gil gravou em 1978 o álbum "Antologia do Samba-Choro", que traz também algumas gravações originais do sambista nascido na Rua Santa Rita, no bairro paulistano do Pari.
A maioria de seus discos saíram nas décadas de 1950 e 1960. Depois disso seus lançamentos foram cada vez mais esporádicos.
Participou dos filmes "O Preço de Vitória" e "Quem roubou meu samba".
Foi convidado para atuar na novela Brasileiras e Brasileiros, exibida pelo SBT em 1990. Em 2005 completou 50 anos de carreira e continua fazendo shows.
Em 2004 lançou "Tributo a Caco Velho", em homenagem ao compositor gaúcho que tanto o influenciou, morto em 1971. Antes, em 2003, havia lançado "Talento de Bamba".
Em CD, pode-se encontrar: "Ginga no Asfalto", de 1962; "20 preferidas.
Serviu o Exército com Rolando Boldrin, quando tinha pseudônimo de Madureira.

Discografia

Talento de bamba
20 preferidas de Germano Mathias
Germano Mathias
Samba é comigo mesmo
O Catedrático do Samba
Samba de branco
Ginga no asfalto
Hoje é batucada
Em continência ao samba
Germano Mathias
Ginga no asfalto
Antologia do samba-choro - Gilberto Gil e Germano Mathias

DVD

Ginga 2002

sábado, 2 de julho de 2011

"CARLOS GALHARDO"



Carlos Galhardo, nascido Catello Carlos Guagliardi (Buenos Aires,
24 de abril de 1913 — Rio de Janeiro, 25 de julho de 1985) foi um dos principais cantores da Era do Rádio.
Filho de italianos, Pietro Guagliardi e Saveria Novelli, teve três irmãos. Dois nascidos na Itália, uma nascida no Rio de Janeiro.
Dois meses depois de seu nascimento, a família mudou-se para São Paulo e logo após ao Rio de Janeiro.
Aos oito anos de idade, com o falecimento de sua mãe, o menino passa a viver com um parente no bairro do Estácio e aprende o ofício de alfaiate. Aos quinze anos torna-se já um oficial, apesar de não gostar do ofício. Chega até a abandonar os estudos (completou o primário) para dedicar-se à profissão.
Passou por várias alfaiatarias e numa delas trabalhou com o barítono Salvador Grimaldi, com quem costumava ensaiar duetos de ópera.
Apesar de em casa e para amigos cantarolar cançonetas italianas e árias de ópera, sua carreira iniciou em uma festa na casa de um irmão, onde encontravam-se presentes personalidades como Mário Reis, Francisco Alves, Lamartine Babo, Jonjoca e, ali, cantou para os convidados Deusa, de Freire Junior, canção do repertório de Francisco Alves. Aprovando-o, aconselharam-no a tentar o rádio. Foi então apresentado ao compositor Bororó e através deste conseguiu uma oportunidade na Rádio Educadora do Brasil onde cantou "Destino", de Nonô e Luís Iglesias. No dia seguinte foi procurado e convidado a fazer um teste na RCA Victor. Aprovado, passa a fazer parte do coro que acompanhava as gravações da gravadora.
Seu primeiro disco solo é lançado em 1933, com os frevos Você não gosta de mim, dos Irmãos Valença e Que é que há, de Nélson Ferreira.
Conhecendo o compositor Assis Valente, gravou muitas canções suas tais como Para onde irá o Brasil, É duro de se crer, Elogio da raça (em dueto com Carmen Miranda), Pra quem sabe dar valor e Boas festas, esta última seu primeiro grande sucesso.
Passou cantando por várias emissoras de rádio do Rio de Janeiro, tais como: Mayrink Veiga, Rádio Clube, Philips, Sociedade, Cruzeiro, Cajuti, Tupi, Nacional e Mundial.
Em 1935, estréia como cantor romântico com a valsa-canção Cortina de Veludo, de Paulo Barbosa e Oswaldo Santiago e obtém grande sucesso.
Em sua carreira além de na RCA Victor, gravou também na Columbia, Odeon e Continental. Foi o segundo cantor que mais gravou no Brasil, cerca de 570 músicas (só perdeu para Francisco Alves).
Além das canções carnavalescas, Galhardo foi quem mais cantou temas de datas festivas, a exemplo: Boas festas, Boneca de Papai Noel (Ari Machado) e Lá no céu (Silvino Neto), Não mudou o Natal (Alcyr Pires Vermelho e Oswaldo Santiago) para o Natal; Bodas de prata (Mário Rossi e Roberto Martins) para a celebração de mesmo nome, Mãezinha querida (Getúlio Macedo e Lourival Faissal), Imagem de mãe (Othon Russo e José Nunes), Dia das mães (José Cenília e Lourival Faissal), Aniversário de mãezinha (Mário Biscardi e Newton Teixeira) e Mamãezinha (José Selma, Lourival Faissal e Maurício das Neves) para o Dia das Mães; Papai do meu coração (Lindolfo Gaya e Osvaldo dos Santos) para o Dia dos Pais; Tempo de criança (Ari Monteiro e Osvaldinho) para o Dia das Crianças; Subindo, vai subindo (Osvaldo e Valfrido Siva), Olha lá um balão (Roberto Martins e Wilson Batista), Balão do amor (Armando Nunes e Geraldo Serafim) para as festas juninas; Valsa dos noivos (Sivan Castelo Neto e José Roberto Medeiros), Para os noivos, Brinde aos noivos, Valsa dos padrinhos para noivos, Valsa dos namorados (Silvino Neto) para o Dia dos Namorados; Quarto centenário (J. M. Alves e Mário Zan) para o aniversário de São Paulo; Dentro da lua e 23 de abril (ambas de Ari Monteiro e Roberto Martins) para o dia de São Jorge; e a Canção do trabalhador (Ari Kerner) para o Dia do Trabalhador.
Participou dos seguintes filmes: Banana da terra, dirigido por J. Ruy (1938), Vamos cantar, de Leo Martins (1940), Entra na farra, de Luís de Barros (1941), Carnaval em lá maior, de Ademar Gonzaga (1955), Metido a bacana, de J. B. Tanko (1957).
Em 1945, grava juntamente com Dalva de Oliveira e Os Trovadores, a adaptação de João de Barro para a história infantil Branca de Neve e os sete anões, com canções de Radamés Gnattali.
Em 1952, passa um ano apresentando-se em Portugal.
Em 1953 a Revista do Disco deu-lhe o slogan "Rei do disco". Também ficou conhecido como "O rei da valsa", título dado pelo apresentador Blota Júnior e "O cantor que dispensa adjetivos".
Daí pra frente começou a apresentar-se por todo o Brasil, inclusive através da televisão.Em 1983, fez a sua última apresentação no espetáculo Allah-lá-ô, de Ricardo Cravo Albin, dedicado ao compositor Antônio Nássara, realizado na Sala Funarte - Sidney Miller.Carlos Galhardo faleceu com 72 anos e foi sepultado
no Cemitério de São João Batista.
Ao lado de Francisco Alves, Orlando Silva, Vicente Celestino e Sílvio Caldas, formou o quadro dos grandes cantores da era do rádio.




Principais Sucessos

Adeus, amor, Urbano Lóes, do Estudo em Mi Maior de Chopin (1946)
Alá-lá-ô, Haroldo Lobo e Nássara (1941)
A você, Ataulfo Alves e Aldo Cabral (1936)
A pequenina cruz do teu rosário, Fernando Weyne e Roberto Xavier de Castro (1947)
Boas Festas, Assis Valente (1933)
Bodas de prata, Roberto Martins e Mário Rossi (1945)
Cadê Zazá? ,Roberto Martins e Ary Monteiro (1947)
Carolina, Bonfiglio de Oliveira e Hervé Cordovil (1934)
Cortina de veludo, Paulo Barbosa e Oswaldo Santiago (1935)
Devolve, Mário Lago (1940)
E o destino desfolhou, Gastão Lamounier e Mário Rossi (1937)
Fascinação, Fermo Dante Marchetti e Armando Louzada (1950)
Gira, gira, gira, Custódio Mesquita e Ewaldo Ruy (1944)
Italiana, José Maria de Abreu, Paulo Barbosa e Oswaldo Santiago (1936)
Lenda árabe, Paulo Barbosa e Oswaldo Santiago (1937)
Linda borboleta, João de Barro e Alberto Ribeiro (1938)
Madame Pompadour, Paulo Barbosa e Oswaldo Santiago (1937)
Mais uma valsa… mais uma saudade, José Maria de Abreu e Lamartine Babo, (1937)
Nós queremos uma valsa, Nássara e Eratóstenes Frazão (1941)
Rapaziada do Brás, Alberto Marino (1960)
Rosa de maio, Custódio Mesquita e Ewaldo Ruy (1944)
Salão grená, Paulo Barbosa e Francisco Célio (1939)
Saudades de Matão, Jorge Galati e Raul Torres (1941)
Sei que é covardia, mas… , Ataulfo Alves e Claudionor Cruz (1938)
Será?, Mário Lago (1945)
Vela branca sobre o mar, José Maria de Abreu e Oswaldo Santiago (1937)