domingo, 23 de dezembro de 2012

"HENRIQUE BRITO"



Veio para o Rio de Janeiro, com bolsa oferecida pelo então governador do Estado do
Rio Grande do Norte, Antônio José de Melo e Souza, que ficou comovido depois de vê-lo tocar violão em um concerto. Aprendeu os primeiros acordes com sua mãe, Maria Leopoldina Brito.
Já matriculado no Colégio Batista, no Rio de Janeiro, recebeu dos amigos o apelido de Violão.
Em meados dos anos 1920, conheceu Braguinha, seu colega de turma.
Foi justamente esse encontro que levou Braguinha a querer seguir o caminho da música.
Os amigos contam que possuía um temperamento forte e imprevisível.
Em 1932, depois de participar como músico da Brazilian Olympic Band do maestro Romeu Silva, que acompanhou a delegação brasileira aos Jogos Olímpicos de Los Angeles,
fugiu do navio que traria todos de volta ao Brasil, só retornando ao país um ano depois.
Na ocasião trouxe um violão amplificado, sob sua orientação, por um fabricante de instrumentos musicais americano. A invenção, então inédita no Brasil, infelizmente não foi patenteada por ele. Inventou também um instrumento chamado por ele de "violata", uma espécie de violão feito de lata de querosene. Junto com Braguinha e outros colegas do Colégio Batista, iniciou sua curta carreira formando o conjunto Flor do Tempo.
Logo se destacou como violonista em festas e reuniões musicais,tempos depois, mudaram o nome do grupo para Bando dos Tangarás, com o qual gravaram os primeiros discos em 1929, com as músicas "Galo garnizé", "Anedotas", "Conseqüências do amor", esta uma composição sua em parceria com Braguinha e "Mulher exigente". Na ocasião, já tinham recebido a adesão de Almirante no grupo. Seu violão sempre se destacou nas gravações.
Em 1930, Gastão Formenti gravou na Brunswick a modinha "Meu sofrer", de sua parceria com Noel Rosa. No mesmo ano, gravou ao violão pela Parlophon "Romance I e II", o blackbotton "Yankite" e a valsa "Crepúsculo", todas de sua autoria. Também no mesmo ano, gravou ao violão na Brunswick o tango "Naná" e as valsas "Alice" e "Lourdes" e o fox trote "Sonho bavanês", de sua autoria. Em 1931, gravou o fox-trote "Alegre", a marcha "Marte" e o tango brasileiro
"Triste", de sua autoria. Quando faleceu, repentinamente, de uma septicemia, aos 27 anos
integrava a orquestra da Rádio Mayrink Veiga como violonista,