segunda-feira, 22 de agosto de 2011

"AURORA MIRANDA"


Aurora Miranda da Cunha (Rio de Janeiro, 20 de abril de 1915 — Rio de Janeiro, 22 de dezembro de 2005) foi uma atriz e cantora brasileira.
Estreou na Rádio Mayrink Veiga em 1932, transferindo-se logo para a Philips.
Em 1933, em seu primeiro disco, ela gravou Cai, Cai, Balão,
cantada em dupla com Francisco Alves.
Além de fazer dupla com a irmã mais famosa Carmen Miranda, Aurora também teve sucesso como cantora na década de 1930. Gravou Cidade Maravilhosa, hino oficial da cidade do Rio de Janeiro, em dupla com o compositor André Filho, em 1934.
As duas irmãs imortalizaram a canção Cantoras do Rádio (João de Barro,
Lamartine Babo e Alberto Ribeiro), no filme Alô, Alô Carnaval.
Aurora e Carmen trabalharam no cassino da Urca e moraram juntas nos
Estados Unidos da América.
No desenho animado Você Já Foi à Bahia?, de 1944, Aurora "atuou" com o Pato Donald e seus amigos, Zé Carioca e Panchito, graças a uma montagem que misturou filme e desenho animado.
Aurora trabalhou nos filmes Banana-da-terra (1939), Alô, Alô, Carnaval (1936), Estudantes (1935) e Alô, Alô Brasil (1935).
Em 1940, se casou com Gabriel Richaid e foi morar nos Estados Unidos.
Voltou para o Brasil em 1952 e, quatro anos depois, regravou um LP com oito antigos sucessos, encerrando sua carreira de mais de 80 discos de 78 rotações.
Aurora Miranda ainda voltou ao cinema em 1989, no filme Dias Melhores Virão.
Aurora Miranda , Faleceu as 15h no dia 22 de Dezembro de 2005 no Leblon foi enterrada no cemitério São João Batista,.

Sucessos



Acarajé... Ô, Ademar Santana e Leo Cardoso (com Carlos Galhardo) (1939)
Batatas Fritas, Augusto Garcez e Ciro de Sousa (1940)
Bibelô, André Filho (1934)
Cai, Cai, Balão, Assis Valente (com Francisco Alves) (1933)
Cantores do Rádio, Alberto Ribeiro, João de Barro e Lamartine Babo (c/Carmen Miranda) (1936)
Cidade Maravilhosa, André Filho (1934)
Deixa a Baiana Sambar, Portelo Juno e Valdemar Pujol (1937)
Dia Sim, Dia Não, Alberto Ribeiro (1938)
Fiz Castelos de Amores, Gadé e Valfrido Silva (1935)
Moreno Cor de Bronze, Claudionor Cruz (1934)
Onde Está o Dinheiro?, Francisco Mattoso, José Maria de Abreu e Paulo Barbosa (1937)
Risque, Ary Barroso (1952)
Roubaram Meu Mulato, Claudionor Cruz (1939)
Se a Lua Contasse, Custódio Mesquita (1933)
Sem Você, Sílvio Caldas e Orestes Barbosa (1934)
Teus Olhos, Ataulfo Alves e Roberto Martins (1939)
Trenzinho do Amor, Alberto Ribeiro e João de Barro (1937)
Vai Acabar, Nelson Petersen (1938)
Vem pro Barracão, Nelson Petersen e Oliveira Freitas (1938)
Você Só Mente, Hélio e Noel Rosa (com Francisco Alves) (1933)

domingo, 21 de agosto de 2011

ZEQUINHA DE ABREU"


José Gomes de Abreu, mais conhecido como Zequinha de Abreu (Santa Rita do Passa Quatro, 19 de setembro de 1880 São Paulo, 22 de janeiro de 1935) foi um músico, compositor e instrumentista brasileiro. Tocava flauta, clarinete e requinta. Um dos maiores compositores de choros, é autor do famoso choro "Tico-Tico no Fubá" que foi muito divulgado no Exterior nos anos 40 por Carmen Miranda. É pouco provável que a similaridade desta melodia com uma no primeiro movimento do Concerto para Piano Op.15 de Beethoven seja mera coincidência. Abreu foi organizador e regente de orquestras e bandas no interior paulista.

Zequinha de Abreu era o mais velho dos oito filhos do boticário José Alacrino Ramiro de Abreu e Justina Gomes Leitão. Sua mãe anseava para que ele seguisse a carreira de padre e o pai, desejava que se formasse em medicina. Mas aos seis anos de idade, ele já mostrava que tinha vocação para a música, tirando melodias da flauta. Ainda durante o curso primário organizou uma banda na escola, da qual ele mesmo era o regente. Com 10 anos, já tocava requinta, flauta e clarineta na banda e ensaiava suas primeiras composições.
Zequinha estudou em Santa Rita do Passa Quatro e no Colégio São Luís de Itu. Em 1894 foi para o Seminário Episcopal de São Paulo, onde aprendeu harmonia. Aos 17 anos voltou para sua cidade natal e fundou sua própria orquestra visando se apresentar em saraus, bailes, aniversários, casamentos, serestas e em cinemas, acompanhando os filmes mudos. Nessa época, fez suas primeiras composições conhecidas, como "Flor da Estrada" e "Bafo de Onça".
Aos 18 anos contraiu matrimônio com Durvalina Brasil, que tinha apenas 14 anos de idade. O casal morou por alguns meses no Distrito de Santa Cruz da Estrela, atual Jacerandi, próximo a Santa Rita. Cuidavam de uma farmácia e de uma classe de ensino primário. De volta à Santa Rita, Zequinha coordenou o trabalho da orquestra com os cargos de secretário da Câmara Municipal e de escrevente da Coletoria Estadual.

Principais composições



Tico-Tico no Fubá - choro
Branca - valsa
Tardes de Lindóia - valsa
Amando sobre o Mar - valsa
A Companhia Vera Cruz produziu o filme "Tico-Tico no Fubá", baseado em sua vida.

"WALDIR AZEVEDO"


Waldir Azevedo (Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 1923 - Brasília, 21 de setembro de 1980) foi músico e compositor brasileiro, mestre do cavaquinho e autor do choro "Brasileirinho".Waldir Azevedo foi um pioneiro que retirou o cavaquinho de seu papel de mero acompanhante no choro e o colocou em destaque como instrumento de solo, explorando de forma inédita as potencialidades do instrumento.

Waldir Azevedo nasceu de família pobre em 1923 na cidade do Rio de Janeiro,
no bairro da Piedade, e passou a infância e a adolescência no bairro do Engenho Novo. Manifestando interesse em música ainda criança, Waldir conseguiu comprar uma flauta transversal aos sete anos de idade, depois de juntar dinheiro capturando passarinhos e vendendo-os.
No carnaval de 1933, aos 10 anos de idade, apresentou-se em público pela primeira vez, como flautista, tocando "Trem Blindado", de João de Barro, no Jardim do Méier.
Já adolescente, conheceu um grupo de amigos que se reunia aos sábados para tocar e, por influência deles, acabou por trocar a flauta pelo bandolim. Pouco tempo depois trocou o bandolim pelo cavaquinho, instrumento que deixou de lado quando o violão elétrico ganhou projeção no Brasil.
Waldir sonhava ser piloto de aviões, mas problemas cardíacos o impediram de realizar seu sonho, e ele acabou empregando-se na companhia elétrica do Rio de Janeiro, a Light, até que em 1945, aos 22 anos, enquanto passava a lua de mel na cidade de Miguel Pereira, recebeu um telefonema de um amigo avisando de uma vaga no grupo de Dilermando Reis, em um programa da Rádio Clube do Brasil. Tocou no grupo durante dois anos, após o que acabou assumindo sua liderança, com a saída de Dilermando em 1947.
Durante a década de 1950 fez grande sucesso com composições como "Brasileirinho", "Pedacinhos do Céu", "Delicado", "Chiquita" e "Vê Se Gostas", e as composições de Waldir o projetaram internacionalmente. Durante 11 anos viajou com seu conjunto por países da América do Sul e Europa, incluindo duas viagens patrocinadas pelo Itamaraty na Caravana da Música Brasileira. Suas composições tiveram gravações no Japão, Alemanha e Estados Unidos, onde Percy Faith e sua orquestra atingiram a marca de um milhão de cópias vendidas com uma gravação de Delicado. Waldir chegou a participar de um programa na BBC de Londres, transmitido para 52 países.
Em 1964, com a morte de sua filha Miriam aos 18 anos, afastou-se da música. Mudou-se para Brasília em 1971, aos 48 anos, onde sofreu um acidente com um cortador de grama onde quase perdeu seu dedo anular, e foi forçado a ficar sem tocar por um ano e meio. Após cirurgias e fisioterapia, recuperou-se e voltou a gravar.
Waldir Azevedo morreu em 1980 na Beneficência Portuguesa de São Paulo em decorrência de um aneurisma da aorta abdominal, poucos dias antes de começar as gravações de um novo álbum meticuloso, Waldir ainda deixou instruções para os músicos gravadas em fita cassete. Ele tinha 57 anos

Composições mais famosas






Maresias bela vista
A tuba do vovô
A voz do cavaquinho
Alvoroço
Amigos do samba
Arrasta-pé
Baião do neném (com Paulo Jorge)
Balada oriental
Bo bo bom
Brasileirinho
Brincando com o cavaquinho
Cachopa no frevo
Camundongo (com Risadinha do Pandeiro)
Carioquinha
Cavaquinho seresteiro
Cinco malucos
Chiquita
Chorando escondido
Chorando calado
Choro doido
Choro novo em dó
Colibri
Contando tempo
Contraste (com Hamilton Costa)
Conversa fiada (com Jorge Santos)
Dançando em Brasília
Delicado
Dobrado, embrulhado e amarrado
Dois bicudos não se beijam
Flor do cerrado
Frevo da lira (com Luiz Lira)
Guarânia sertaneja
Já é demais (com Jorge Santos)
Jogadinho
Lamento de um cavaquinho
Lembrando Chopin (com Hamilton Costa)
Longe de você
Luz e sombra
Madrigal
Mágoas de um cavaquinho (com Fernando Ribeiro)
Marcha da espera
Melodia do céu
Mengo (com Edinho)
Meu prelúdio
Minhas mãos, meu Cavaquinho
Minimelodia
Moderado
Mr. Downey
Nosso amor
Para dançar
Paulistinha
Pedacinho do Céu
Piccina mia
Pirilampo
Pois não
Queira-me bem
Quitandinha (com Salvador Miceli)
Riso de criança
Sem pretensões
Sentimento chinês
Só nostalgia
Só para dois
Sonho de criança
Tema nº 1
Tempo de criança
Tic-tac
Tio Sam
Turinha
Uma saudade
Vê se gostas
Veraneando
Você
Você, carinho e amor
Vôo do marimbondo
Waldirizando

Discografia

Carioquinha/Brasileirinho (1949)
Cinco malucos/O que é que há (1950)
Quitandinha/Vai por mim (1950)
Delicado/Vê se gostas (1950)
Pisa mansinho/Pedacinho do céu (1951)
Jalousie/Camundongo (1951)
Paulistinha/Cachopa no frevo (1951)
Mágoas de um cavaquinho/Chiquita (1952)
Vai levando/Mengo (1952)
Colibri/Luz e sombra (1952)
Brincando com o cavaquinho/Dezoito quilates (1953)
Vôo do marimbondo/Ava Maria com prelúdio (1953)
Pergunte pra mamãe/Piccina mia (1953)
Tic-tac/Queira-me bem (1953)
Já é demais/Amigo do rei (1954)
Dobrado, embrulhado e amarrado (c/sua banda)/Você (c/seu conjunto) (1954)
Pretenda/Quando eu danço com você (1954)
Tio Sam/Madrigal (1954) Todamérica 78
Na baixa do sapateiro/Amigos do samba (1955)
Meu sonho/Conversa fiada (1955)
Pirilampo/Baião do neném (1955)
Para dançar/Nosso amor (1956)
Serra da boa esperança-Rancho fundo-Favela/Veraneando (1957)
Evocação/Vai com jeito (1957)
Cavaquinho maravilhoso (1957) Continental LP
Luar de Paquetá/Sentimento chinês (1958)
Sonho de criança/Tempo de criança (1958)
O apito no samba/Mr. Downey (1958)
Um cavaquinho me disse (1958)
Se você soubesse/Dançando em Brasília (1959)
Um cavaquinho na society (1959)
Contando tempo/Catete (1960)
Souvenir do carnaval (1960)
Jogadinho/Você, carinho e amor (1961)
Balada de Bat Masterson/Greenfields (1961)
Yellow bird/Bo bo bom (1961)
Moendo café/A tuba do vovô (1961)
Waldirizando (1961)
Dois abraços/Pepito (1962)
Rancho das flores/Saudade da serra (1962)
Tico-tico no fubá/A nega se vingou (1962)
Suave é a noite/Café a la italiana (1962)
Dois bicudos não se beijam. Poly e Waldir Azevedo (1962)
Esperanza/Na cadência do samba (1963)
Telstar/O passo do elefantinho (1963)
Pois não/Meu prelúdio (1963)
Longe de você (1963)
Delicado (1967)
Melodia do céu (1975)
Minhas mãos, meu cavaquinho (1976)
Waldir Azevedo (1977)
Lamento de um cavaquinho (1978)
Waldir Azevedo ao vivo (1979)
Delicado (1995)
Dois bicudos não se beijam (1995)
Meus momentos (1996)