segunda-feira, 15 de novembro de 2010

"ZÉ KETI"


Zé Keti, nome artístico de José Flores de Jesus, (Rio de Janeiro, 6 de outubro de 1921 — Rio de Janeiro, 14 de novembro de 1999) foi um cantor e
compositor do samba brasileiro.
Nascido em 16 de setembro de 1921, embora tenha sido registrado, em 6 de outubro, no bairro de Inhaúma, José Flores de Jesus, ficou conhecido como Zé Kéti . Em 1924, foi morar em Bangu na casa do avô, o flautista e pianista João Dionísio Santana, que costumava promover reuniões musicais em sua casa, das quais participavam nomes famosos da música popular brasileira como Pixinguinha, Cândido (Índio) das Neves, entre outros. Filho de Josué Vale da Cruz, um marinheiro que tocava cavaquinho, cresceu ouvindo as cantorias do avô e do pai. Após a morte do avô, em 1928,
mudou-se para a Rua Dona Clara. Cantou o samba, as favelas,
a malandragem e seus amores.
Ele começou a atuar na década de 1940, na ala dos compositores da escola de samba Portela. Entre 1940 e 1943, compôs sua primeira marcha carnavalesca: "Se o feio doesse". Em 1946, "Tio Sam no Samba" foi o primeiro samba de sua autoria gravado (pelo grupo Vocalistas Tropicais). Em 1951, obteve seu primeiro grande sucesso com o samba "Amor passageiro", parceria com Jorge Abdala gravado por Linda Batista na RCA. No mesmo ano, seu samba "Amar é bom", parceria com Jorge Abdala foi gravado na Todamérica pelos Garotos da Lua.
Em 1955, sua carreira começou a deslanchar quando seu samba "A voz do morro", gravada por Jorge Goulart e com arranjo de Radamés Gnattali, fez enorme sucesso na trilha do filme "Rio 40 graus", de Nelson Pereira dos Santos. Neste filme, trabalhou também como segundo assistente de câmera e ator. Outro sucesso na anos cinquenta, foi "Leviana", que também foi incluído no filme "Rio 40 Graus" (1955), de Nelson Pereira dos Santos, diretor com o qual trabalhou também no filme
"Rio Zona Norte" (1957).
Dono de um temperamento tímido, seu pseudônimo veio do apelido de infância
"Zé Quieto" ou "Zé Quietinho". No ano de 1962 idealizou o conjunto A Voz do Morro, do qual participou e que ainda contava com Elton Medeiros, Paulinho da Viola, Anescarzinho do Salgueiro, Jair do Cavaquinho, José da Cruz, Oscar Bigode e Nelson Sargento. O grupo lançou três discos.
Em 1964, participou do espetáculo "Opinião", ao lado de João do Vale e Nara Leão, que o levou ao concerto que tornou conhecidas algumas de suas composições, como "Opinião" e "Diz que Fui por Aí" (esta em parceria com Hortênsio Rocha). No ano seguinte, lançou "Acender as velas", considerada uma de suas melhores composições. Esta música inclui-se entre as músicas de protesto da fase posterior a 1964; a letra deste samba possui um impacto forte, criado pelo relato dramático do dia-a-dia da favela. Nara Leão, Elis Regina fizeram um enorme sucesso com a gravação desta música.
Também em 1964, gravou pelo selo Rozemblit um compacto simples que tinha a música "Nega Dina". Nessa mesma época, recebeu o troféu Euterpe como o melhor compositor carioca e, juntamente com Nelson cavaquinho, o troféu O Guarany, como melhor compositor brasileiro. Com Hildebrando Matos, compôs em 1967 a marcha-rancho "Máscara Negra", outro grande sucesso, gravada por ele mesmo e também por Dalva de Oliveira, foi a música vencedora do carnaval, tirando o 1º lugar no 1º Concurso de Músicas para o Carnaval, criado naquele ano pelo Conselho Superior de MPB do Museu da Imagem e do Som e fazendo grande sucesso nacional.
Nos anos seguintes, viveu um período de esquecimento na música do Brasil. Durante a década de 1980, Zé Keti morou em São Paulo. Em 1987, no início de julho, teve o primeiro derrame cerebral.
Em 1995, década seguinte, voltou a morar no Rio com uma das filhas.
Continuou compondo, cantando e lançou um disco.
Em 1996, lançou o CD "75 Anos de Samba", com participação de Zeca Pagodinho, Monarco, Wilson Moreira e Cristina Buarque. Este CD foi produzido por Henrique Cazes, com quatro músicas inéditas e vários sucessos antigos. Nesse mesmo ano, subiu ao palco com Marisa Monte e a Velha Guarda da Portela e interpretou com enorme sucesso alguns clássicos do samba, como "A voz do morro" e "O mundo é um moinho", de Cartola, entre outros.
Em 1997, recebeu da Portela um troféu em reconhecimento pelo seu trabalho e participou da gravação do disco Casa da Mãe Joana. Em 1998, ganhou o Prêmio Shell pelo conjunto de sua obra: mais de 200 músicas. Nesta noite foi homenageado por muitos músicos da Portela, entre eles, Paulinho da Viola, Élton Medeiros, Monarco e a própria Velha Guarda, em show dirigido por Sérgio Cabral e encenado, em noite única, no Canecão do RJ.
Em janeiro de 1999, recebeu a placa pelos 60 anos de carreira na roda de samba da Cobal do Humaitá. Apresentou-se ao lado da Velha Guarda da Portela e teve várias músicas regravadas.
Aos 78 anos, Zé Keti morreu de falência múltipla dos órgãos em 1999.

"CARLOS JOSÉ"


Deixou a carreira de advogado para se dedicar à música. Seu grande sucesso foi Esmeralda, gravada em 1960. O ótimo resultado do trabalho lhe permitiu vender milhares de discos e receber prêmios como o de cantor revelação e o Troféu Quarto Centenário. Apresentou-se nos palcos de todo o país e nos programas de televisão.
Atualmente dirige a SOCINPRO, empresa carioca que administra e protege os direitos autorais de músicos e compositores. Também apresenta um programa de rádio, o Eles Têm Historia para Contar, na Rádio Roquette Pinto do Rio de Janeiro. É irmão do músico Luiz Cláudio Ramos.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"HEBE CAMARGO"


Hebe Maria Monteiro de Camargo Ravagnani (Taubaté, 8 de março de 1929)
é uma consagrada apresentadora de televisão, atriz e cantora brasileira.
Ravagnani é seu sobrenome de casada.
Nascida em Taubaté, filha de Ester e Sigesfredo Monteiro de Camargo (apelidao de Fego), Hebe teve uma infância humilde. Na década de 1940, formou, com sua irmã Stella Camargo Reis, a dupla caipira "Rosalinda e Florisbela". Seguiu na carreira de cantora com apresentações de sambas e boleros em boates, quando abandonou a carreira musical para se dedicar mais ao rádio e à televisão.
Ela estava no grupo que foi ao porto da cidade de Santos buscar os equipamentos de televisão para a formação da primeira rede brasileira, a Rede Tupi. Foi convidada por Assis Chateaubriand para participar da primeira transmissão ao vivo da televisão brasileira, no bairro do Sumaré, na cidade de São Paulo, em 1950.
No primeiro dia de transmissões da Rede Tupi, Hebe Camargo deveria cantar logo no início das transmissões o "Hino da Televisão", mas alegou estar doente e
faltou ao evento, sendo substituída por Lolita Rodrigues.
Durante muito tempo as duas, que são amigas desde aquela época, não admitiram se Hebe deixou de cantar o Hino porque estava doente ou se foi por causa de um encontro amoroso. No programa "Irritando Fernanda Young", exibido no dia 30 de dezembro de 2002 pelo canal pago GNT ela revelou ter ido acompanhar seu namorado na época numa cerimônia, onde ele seria promovido, no Teatro Cultura Artística.
O programa Rancho Alegre (1950) foi um dos primeiros programas em que Hebe participou na TV Tupi, Canal 3, de São Paulo: Hebe fez um dueto com o cantor Ivon Curi, sentada em um balanço de parquinho infantil. Estas imagens estão gravadas em filme e são consideradas relíquias da televisão brasileira, uma vez que o videotape ainda não existia e na época não se guardava a programação em acervos,
como atualmente.
A estreia na TV ocorreu, em 1955, no primeiro programa feminino da TV brasileira, O Mundo é das Mulheres, onde chegou a apresentar cinco programas por semana.
Em 10 de abril de 1966, vai ao ar, pela primeira vez, o programa dominical de Hebe Camargo, pela TV Record (Canal 7 de São Paulo, atual Rede Record); o programa a consagra como entrevistadora e ela se torna líder absoluta de audiência, acompanhada do músico Caçulinha e seu Regional.
Durante a Jovem Guarda, Hebe deu espaço a novos talentos, como Roberto Carlos, Martinha, Wanderléa e Ronnie Von, a quem apelidou de Príncipe.
Logo depois, a apresentadora Cidinha Campos veio ajudá-la nas entrevistas. Hebe também arranjava tempo para o seu programa diário na Jovem Pan - Rádio Panamericana.
Hebe passou por quase todas as emissoras de TV do Brasil, entre elas a Record e a Bandeirantes, nas décadas de 1970 e 1980.
Desde 1986 Hebe está no SBT, onde já apresentou três programas: Hebe, que ainda está no ar, Hebe por Elas e Fora do Ar, além de participar do Teleton e em especiais humorísticos, como um quadro do espetáculo da entrega do Troféu Roquette Pinto, Romeu e Julieta, em que contracenou com Ronald Golias e Nair Bello, já falecidos, artistas que foram grandes amigos da apresentadora.
O programa Hebe, no ar desde o dia 4 de março de 1986, atualmente nas noites de segunda-feira, e durante algum tempo nas noites de terça-feira e sábados, a apresentadora recebe convidados para pequenos debates e apresentações musicais: todos se sentam em um confortável sofá,
que é quase uma instituição da televisão brasileira.
Atrações internacionais como Julio Iglesias, Enrique Iglesias, Laura Pausini, Thalia, Gloria Stefan, Shakira, Sarah Brightman, entre outros,
são convidados recorrentes no programa.
Em 1995, a gravadora EMI lançou um CD com os maiores sucessos de Hebe.




Em 1999 voltou a lançar um CD. Em 22 de abril de 2006 comemorou o 1.000º
programa pelo SBT.
Atualmente, o programa Hebe é exibido todas as segundas-feiras, às 21:00.
Além da carreira de apresentadora e cantora, Hebe atuou em alguns filmes e foi convidada especial de telenovelas, programas humorísticos e entrevistas em telejornais.

Doença

No dia 8 de janeiro de 2010, Hebe foi internada no hospital Albert Einstein, em São Paulo.Informações preliminares adiantavam que ela passaria por uma cirurgia para a retirada de um tumor no estômago. Um boletim emitido posteriormente pelo hospital divulgou que Hebe foi submetida a uma laparoscopia diagnóstica, que encontrou nódulos no peritônio.O resultado da análise confirmou a existência de um tumor primário na região.

Filho e casamento

É viúva do empresário Lélio Ravagnani. Tem um filho com ele chamado Marcello, que também é empresário. Em uma entrevista a revista Veja, declarou que aos 18 anos, na sua primeira vez, engravidou do seu namorado, o empresário Luíz Ramos. Como ele a traía constantemente e por ser vergonhoso para os pais terem uma filha mãe solteira, ela, sem contar a ninguém, decidiu fazer um aborto, que foi sem anestesia e a fez sofrer muito, por semanas. Diz que não se arrepende e fez isso na hora certa. Não poderia ter um filho naquela época, afirmou.

DVD Ao Vivo (2010)

Aos 81 anos, "Hebe Camargo" se prepara para gravar seu primeiro DVD ao vivo. Em dois shows, um em São Paulo, no Credicard Hall (em 27 de outubro de 2010) e outro no Rio de Janeiro, no Citibank Hall (em 24 de novembro de 2010), a loira irá dividir o palco com personalidades da música brasileira. Fábio Jr., Daniel, Leonardo, Maria Rita, Paula Fernandes, Chitãozinho e Xororó e Bruno e Marrone estarão ao lado da diva brasileira em momento marcante de sua carreira. "O show está bem variado. Penso que nem preciso ir, vou ficar só assistindo…", diz. "Meu maior medo é ninguém aparecer", contou ela em encontro com a imprensa em São Paulo, nesta terça-feira (21). "Jamais dei uma coletiva. Estou assustada", revelou.
No CD, que chega às lojas na primeira semana de outubro de 2010, "Hebe" ainda divide canções com grandes personalidades da música, como Roberto Carlos. "Eu gravei minha parte em São Paulo e os meus convidados no Rio de Janeiro", contou ela, relembrando que nomes como Daniel Boaventura e Ivan Lins também estão no projeto.
No paSsado, a rainha da televisão precisou escolher entre seguir a carreira de apresentadora ou a música. "Fiz dois discos antes desse, mas não foram muito bons. Acho que é porque a apresentadora estava cobrindo a cantora."
Questionada de onde tira tanta energia para seguir em turnê (que deve começar em março de 2011), ela é rápida: "a alegria de ter uma recuperação rápida (Hebe passou por um câncer no início do ano) me deu essa energia… Além disso, me alimento bem e durmo que nem uma bonequinha. Costumo brincar que sou uma artista", explicou ela que, depois de se apresentar em São Paulo e Rio para a gravação do DVD ao vivo segue para outras capitais brasileiros. "Com certeza faremos Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador… Serão 12 shows, um por mês. Se der, eu faço mais."

Trabalhos Televisão

1986 a 2010 - Hebe - SBT
2010 - Fantástico - Globo
2010 - SBT - Brasil - SBT
2009 - Elas Cantam Roberto - Globo
2007 - Amigas e Rivais - SBT
2005 - Fora do Ar - SBT
2003 - Romeu e Julieta Versão 3 - SBT
2001 - SBT Palace Hotel - SBT
2000 - TV Ano 50 - Globo
1995 - Escolinha do Golias - SBT
1990 - Romeu e Julieta Versão 2 - SBT
1980 - Cavalo Amarelo - Band
1978 - O Profeta - TV Tupi
1970 - As Pupilas do Senhor Reitor - TV Record
1968 - Romeu e Julieta Versão 1 - TV Record
1950 - Primeira Apresentação Musical da TV Brasileira - TV Tupi

Cinema

2009 - Xuxa e o Mistério de Feiurinha
2005 - Coisa de Mulher
2000 - Dinossauro (dublagem da personagem Baylene em português)
1960 - Zé do Periquito
1951 - Liana, a Pecadora
1949 - Quase no Céu

Na Música

Hebe e Vocês (1959)
Festa de Ritmos (1961)
Hebe Camargo (1966)
Maiores Sucessos (1995)
Pra Você (1998)
Como É Grande o Meu Amor Por Vocês (2001)
As Mais Gostosas Da Hebe (2007)
Hebe Mulher (2010)

"LUPICÍNIO RODRIGUES"


Lupicínio Rodrigues (Porto Alegre, 16 de setembro de 1914 — Porto Alegre,
27 de agosto de 1974) foi um compositor brasileiro.
Lupe, como era chamado desde pequeno, compôs marchinhas de carnaval e sambas-canção, músicas que expressam muito sentimento, principalmente a melancolia por um amor perdido. Foi o inventor do termo dor-de-cotovelo, que se refere à prática de quem crava os cotovelos em um balcão ou mesa de bar, pede um uísque duplo, e chora o amor que perdeu. Constantemente abandonado pelas mulheres,
Lupicínio buscou em sua própria vida a inspiração para suas canções,
onde a traição e o amor andavam sempre juntos.
De 1935 a 1947, trabalhou como bedel da Faculdade de Direito da UFRGS. Nunca saiu de Porto Alegre, a não ser por uns meses em 1939, para conhecer o ambiente musical carioca. Porto Alegre era seu berço querido e todo o seu universo.
Boêmio, foi proprietário de diversos bares, churrascarias e restaurantes com música, que seguidamente ia abrindo e fechando, tudo apenas para ter, antes do lucro, um local para encontro com os amigos.
Torcedor do Grêmio, compôs o hino tricolor, em 1953: Até a pé nós iremos / para que der e vier / Mas o certo é que nós estaremos / com o Grêmio onde o Grêmio estiver. Seu retrato está na Galeria dos Gremistas Imortais, no salão nobre do clube.
Deixou cerca de uma centena e meia de canções editadas; outras centenas que compôs foram perdidas, esquecidas ou estão à espera de quem as resgate.

ObraS

Aves daninhas
Cadeira vazia
Cevando o amargo
Ela disse-me assim
Esses moços, pobres moços
Exemplo
Felicidade
Foi assim
Hino do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense
Judiaria
Loucura
Maria Rosa
Nervos de Aço
Nunca
Quem há de dizer
Se acaso você chegasse
Se é verdade
Sozinha
Torre de Babel
Um favor
Vingança
Volta
Zé Ponte

"FRANCISCO PETRÔNIO"


Francisco Petrônio (Francisco Petrone)
(*08/11/1923 São Paulo, SP - +18/1/2007 São Paulo, SP)
Cantor. Compositor. Foi motorista de táxi. Foi chamado pelo apresentador de Tv Airton Rodrigues de "A voz de veludo do Brasil".
Começou a carreira artística já com 37 anos de idade, em 1960, quando era motorista de táxi e ao transportar o amigo e radialista Nerino Silva, disse que gostaria de cantar. O amigo levou-o então para um teste nas Emissoras Associadas no qual foi aprovado e contratado por um período de 2 anos. Em 1961, começou a atuar profissionalmente nas Rádio e TV Tupi de São Paulo. No mesmo ano, gravou seu primeiro disco, pelo selo Chantecler, com o bolero "Agora", de Don Fabian e Paulo Augusto e o tango "Não me falem dela", de Jorge Moreira e Sebastião Ferreira da Silva com acompanhamento da orquestra Chantecler com regência do maestro Élcio Alvarez. Em 1962, transferiu-se para a gravadora Continental na qual permaneceu por mais de vinte anos levado pelo compositor sertanejo e produtor Diego Mulero, o Palmeira. No mesmo ano, gravou os boleros "Segredo", de Daniel Magalhães e Cid Magalhães e "Disfarce", de Umberto Silva, Luiz Mergulhão e Toso Gomes. Este disco levou o número 005 e fez parte da série 78-000, última em 78 rpm lançada pela Continental. Ainda no mesmo ano, gravou a "Balada do homem sem rumo", de Castro Perret e o "Bolero triste", de Paulo Augusto e Nízio. Também em 1962, gravou com Dilermano Reis o LP "Uma voz e um violão em serenata - Francisco Petrônio e Dilermano Rei", o primeiro de sua série de 7 LPs, com destaques para as valsas "Rapaziada do Braz", de Alberto Marino; "Arrependimento", de Gastão Lamounier e Olegário Mariano; "Tardes em Lindóia", de Zequinha de Abreu, "Se ela perguntar", de Dilermando Reis e Jair Amorim e "Ave Maria", de Erotides de Campos e a canção "Chão de estrelas", de Orestes Barbosa.
Em 1963, gravou os boleros "Caminho escuro", de Willy Sampaio Ruiz e Paulo Augusto e "Eu...te amo", de Paulo Augusto e Arquimedes Messina. No mesmo ano, gravou as canções "O amor mais puro", de Palmeira, com declamação de Almeida Passos e "Maria das bonecas", de sua autoria e Enzo de Almeida Passos, com declamação de Júlio Fernandes. Também no mesmo ano, gravou da dupla Palmeira e Mário Zan as canções "Natal da minha terra" e "Nova flor", um clássico da música sertaneja. Nesse mesmo ano, ganhou o troféu "Chico Viola", criado pela Tv Record, pela gravação da música "Romance". Também em 1963, gravou o segundo disco com o violonista Dilermando Reis, com destaque para "Sob o céu de Brasília", de Dilermando Reis e José Fortuna; "Última inspiração", de PeterPan; "Dois destinos", de Dilermando Reis e José Fortuna; "Revendo o passado", de Freire Júnior e "Lágrimas", de Cândido das Neves. Em 1964, gravou o bolero "Cigana", do compositor gaúcho Túlio Piva e a canção "Trono azul", de Gavote e Czibulca, com versão e adaptação de Palmeira e Alfredo Corleto, com acompanhamento de Élcio Álvares e sua orquestra. Ainda no mesmo ano, gravou um dos cinco últimos discos em 78 rpm lançados pela gravadora Continental, com a "Valsa dos namorados", de Silvino Neto e "Eu pago esta noite", de omenico Modugno e versão de Valdir Santos. Por essa época, passou a atuar como free lancer em rádios e tvs. Também em 1964, gravou o LP "O romântico", que trazia entre outras "Nova flor", de Palmeira e Mário Zan; "Cigana", de Túlio Piva e "Io che amo solo te", de Sergio Endrigo.
Em 1965, apresentou show no Cassino Estoril em Portugal. No mesmo ano, gravou o LP "Baile da saudade", cuja música título, de Palmeira e Zairo Marinoza, tornou-se seu maior sucesso. Com direção e produção de Palmeira, o disco tinha ainda como destaques as valsas "Branca", de Zequinha de Abreu e Duque de Abrante; "Bodas de prata", de Roberto Martins e Mário Rossi e "Eu sonhei que tu estavas tão linda", de Lamartine Babo e Francisco Matoso.
Por essa época passou a divulgar pelo Brasil o "Baile da saudade", promovido pelo "Clube da Saudade", especializando-se a partir de então em cantar serestas. Em 1966, foi contratado pela TV Globo onde passou a apresentar o progrma "Baile da saudade". Em 1968, passou a produzir seu próprio programa "Baile da saudade" que passou a apresentar na Rádio Gazeta. Atuou ainda nas Rádios Record e Nove de Julho. Nesse período criou a Orquestra da Saudade, contando com dançarinos para divulgar músicas de serestas pelo Brasil.
Em 1971, lançou o sexto volume da série "Uma voz e um violão em serenata", gravada com Dilermando Reis na Continental, com destaque para as músicas "Cantiga por Luciana", de Paulinho Tapajós e Edmundo Souto; "Laura", de Alcyr Pires Vermelho; "Ave Maria no morro", de Herivelto Martins; "Boneca", de Benedito Lacerda e Aldo Cabral e "Três lágrimas", de Ary Barroso. Dois anos depois, lançou com Dilermando Reis o sétimo volume da série "Uma voz e um violão em serenata" no qual cantou "Pierrot", de Joubert de Carvalho e Paschoal Carlos Magno; "Maria Betânia", de Capiba; "Maringa', de Joubert de Carvalho; "Modinha", de Sergio Bittencourt e "Último desejo", de Noel Rosa. Em 1976, gravou com o Conjunto Época de Ouro o LP "Tempo de seresta" com destaque para "Aos pés da cruz", de Marino Pinto e José Gonçalvez; "Fita amarela", de Noel Rosa; "Feitio de oração", de Noel Rosa e Vadico; "Felicidade", de "René Bittencourt"; "Meu romance", de J. Cascata e "Favela", de Hekel Tavares e Joracy Camargo. Em 1977, gravou o LP "Francisco Petrônio homenageia Francisco Alves', pela Continental reeditando antigos sucesso do "Rei da voz", como ficou conhecido Francisco Alves: "A voz do violão", de Francisco Alves e Haroldo Campos; "Boa noite, amor", de José Maria de Abreu e Francisco Mattoso; "A mulher que ficou na taça", de Francisco Alves e Orestes Barbosa e "Caminhemos", de Herivelto Martins.
Em 1978, gravou o LP "Tributo a carinhoso", com obras de Pixinguinha como "Carinhoso", com João de Barro e "Rosa"; além de "Lágrimas", de Cândido das Neves e "Lábios que beijei", de J. Cascata e Leonel Azevedo. Gravou dois LPs em italiano. Esteve por dois anos na RCA Victor e retornou em seguida para a Continental.
Em 1995, gravou pela RGE o CD "Trinta anos de saudade". Em 1997, lançou o CD "Lembranças", também pela RGE. Em 2000, gravou o LP "Nostalgia Dela Terra nostra". Em 2003, continuou a apresentar seu programa "Baile da saudade", desta feita, na Rede Vida. Durante aproximadamente 40 anos dirigiu o "Baile da saudade", show no qual apresentava seus grandes sucessos, entre os quais, "Baile da saudade", "Agora" e "Não me falem dela".

01. Aos Pés da Cruz
02. Fita Amarela
03. Feitio de Oração
04. Errei Erramos
05. Braza
06. Felicidade
07. Meu Romance
08. Amigo Leal
09. Amigo Infiel
10. Foi
11. Favela
12. Serra da Boa Esperança

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

"CLÁUDIA BARROSO"


Cláudia Barroso é cantora e compositora brasileira.
Iniciou carreira no disco no final dos anos 50, gravou “Nenhum de vocês” e “Dio, come ti amo!”, sem muito sucesso. No início dos anos 70 ficou nacionalmente conhecida como jurada do programa Silvio Santos, ainda na TV Globo.
Nessa época teve um romance com o cantor Waldick Soriano.
Quando voltou a gravar fez incrível sucesso, com seu temperamento forte e sem meias palavras; seus grandes sucessos são “Ah se eu fosse você”,
“Quem mandou você errar”, “Por Deus eu juro”, “A vida é mesmo assim”,
“Mentiroso” , “O gavião”, entre outros. No ano 2000 gravou um cd ao vivo.
Segundo palavras da Própria Claudia, não houve romance com Waldick Soriano, apenas os trabalhos eram semelhantes, trabalharam juntos, gravaram juntos e eram amigos até a morte do mesmo. Recentemente cantou em Corumbá no Mato Grosso num show que encantou toda a cidade. Todas as fotos dela no momento e quase todas da sua vida podem ser vistas no álbum em seu perfil do ORKUT.

domingo, 7 de novembro de 2010

"AGNALDO RAYOL"


Agnaldo Coniglio Rayol (Niterói, 3 de maio de 1938) é um ator e cantor brasileiro, conhecido pela voz afinada e o repertório romântico, em que despontam, nos anos mais recentes, canções italianas.
Agnaldo Rayol iniciou a carreira de cantor aos oito anos na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, no programa Papel carbono, de Renato Murce, e aos doze anos estréia no cinema, no filme Também Somos Irmãos. Depois de morar algum tempo em Natal, RN, voltou em 1951 ao Rio de Janeiro e participou do filme Maior Que o Ódio. Foi obrigado a parar de cantar entre 1952 e 1954, por causa de mudanças hormonais próprias da adolescência, que afetaram a voz.
A partir no final dos anos 50 quando a voz potente de adulto se estabiliza, firma-se na carreira, levando adiante o estilo impostado e operístico comum aos cantores da geração anterior, como Vicente Celestino e Francisco Alves. Como exemplo dessa peculiar forma de cantar, a magistral interpretação da Ave Maria emocionou noivas de várias gerações, que não hesitavam em pagar o caro cachê para tê-lo cantando em cerimônias de casamento. Em 1956 foi contratado pela Rádio Tupi e dois anos depois gravou o primeiro disco pela gravadora Copacabana.

O auge da carreira acontece na década de 60, com programas próprios na TV Record, entre eles Agnaldo RayoI Show e Corte RayoI Show, ao lado do humorista Renato Corte Real, um sucesso sem precedentes. Foi uma das atrações da edição de estréia do programa Jovem Guarda. No cinema. protagonizou Agnaldo - Perigo à Vista em 1969 e, ainda como ator, esteve no elenco das novelas Mãe (1964), O Caminho das Estrelas (1965), A Última Testemunha(1968) e As Pupilas do Senhor Reitor (1970).

Nos anos 80, comandou por 8 anos o grande sucesso Festa Baile, programa musical produzido pela TV Cultura de São Paulo. Em 1981, no Uruguai, ganhou o Festival Internacional da Canção, onde participaram cantores de todo o mundo. Agnaldo Rayol cantou também na Argentina, México, Estados Unidos, Portugal e Itália.
Sempre fiel ao repertório romântico, nos anos 90 faz sucesso interpretando canções italianas, língua que domina perfeitamente, por ser a mãe nascida na Itália. Duas entram para o repertório de telenovelas da Rede Globo e estouram nas paradas: Mia Gioconda na novela O Rei do Gado e Tormento d’Amore, tema de abertura da novela Terra Nostra gravada em Londres em dueto com a soprano Charlotte Church.
No dia 30 de abril de 2006 Agnaldo acabara de vir de um concerto e estava pronto para embarcar no aeroporto de Porto Alegre, quando tropeçou e caiu no chão, fraturando o fêmur da perna direita. Levado para o Hospital Mãe de Deus na capital gaúcha, esteve internado por uma semana e comemorou ali o 68º aniversário, numa festa organizada pelas freiras que comandam o serviço de enfermagem do hospital.
No dia 11 de maio de 2007, cantou durante a missa de canonização de Frei Galvão pelo Papa Bento XVI, na pista de aviação do Campo de Marte, no bairro de Santana, na capital de São Paulo, Brasil.

Trabalhos no cinema

2004 - Olga del Volga
1976 - Possuída Pelo Pecado
1971 - A Herança
1970 - A Moreninha
1968 - Agnaldo, Perigo à Vista
1961 - Tristeza do Jeca
1960 - Zé do Periquito
1960 - Pistoleiro Bossa Nova
1959 - Garota Enxuta
1959 - Jeca Tatu
1958 - Uma Certa Lucrécia
1958 - Chofer de Praça
1951 - Maior Que o Odio
1949 - Também Somos Irmãos

terça-feira, 2 de novembro de 2010

"ALMIRANTE"


Henrique Foréis Domingues (Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 1908 — Rio de Janeiro, 22 de dezembro de 1980 foi um cantor, compositor e radialista brasileiro, também conhecido por Almirante. Seu codinome na Era de Ouro do Rádio era: "a mais alta patente do Rádio".
Pioneiro da música popular no país, começou sua carreira musical em 1928 no grupo amador "Flor do Tempo" formado por alunos do Colégio Batista, do bairro da Tijuca, Rio de Janeiro. Compunham o grupo, além de Almirante (cantorf e pandeirista) os violonistas Braguinha (João de Barro) Alvinho e Henrique Brito.
Em 1929, convidados a gravar um disco na Parlophon (subsidiária da Odeon) admitem mais um violonista, do bairro vizinho de Vila Isabel, um jovem talento chamado Noel Rosa. O grupo então é rebatizado para Bando de Tangarás, nome inspirado numa lenda do litoral paranaense, a "dança dos tangarás" qua conta a história de um grupo de passáros (os tangarás) que se reúne para dançar e cantar alegremente.
O "bando" se desfez em 1933 mas Almirante continuou sua carreira como cantor, interpretando sambas e músicas de carnaval, muitas de grande sucesso e hoje clássicos da música popular brasileira, como "O Orvalho Vem Caindo" (Noel Rosa / Kid Pepe), "Yes, Nós Temos Bananas" e "Touradas em Madri" (João de Barro/Alberto Ribeiro),
entre outras.
Autor de uma das mais famosas músicas carnavalescas, "Na Pavuna", possuía enorme biblioteca e discoteca sobre música brasileira.
Em 1951, tornou-se o primeiro biógrafo do Poeta da Vila, ao produzir para a Rádio Tupi do Rio de Janeiro a série de programas semanais No Tempo de Noel Rosa, com histórias, depoimentos e interpretações de suas músicas, muitas delas inéditas. Entre 18 de outubro de 1952 e 3 de janeiro de 1953, publicou na Revista da Semana, em capítulos, A Vida de Noel Rosa. Em 1963, com o mesmo título da série radiofônica, a editora Francisco Alves lançou seu livro sobre o ex-companheiro do Bando de Tangarás.

Seus maiores sucessos:

1930 Na Pavuna
1931 Eu Vou Pra Vila
1931 Já Não Posso Mais
1933 Prato Fundo
1933 Moreninha da Praia
1933 Contraste
1933 O Orvalho Vem Caindo
1934 Menina Oxigenê
1934 Ninguém Fura o Balão
1935 Deixa a Lua Sossegada
1935 Pensei Que Pudesse Te Amar
1936 Amor em Excesso
1936 Marchinha do Grande Galo
1936 Levei Um Bolo
1936 Tarzan (O Filho do Alfaiate)
1937 Vida Marvada
1937 Apanhei Um Resfriado
1938 Yes, Nós Temos Bananas
1938 Touradas em Madrid
1939 Hino do Carnaval Brasileiro
1939 Vivo Cantando
1939 O Que é Que Me Acontecia
1940 Minha Fantasia
1941 Não Sei Dizer Adeus
1941 Qual Será o Score Meu Bem?
1951 Marchinha do Poeta

"NILO AMARO E SEUS CANTORES DE ÉBANO"


Nilo Amaro e Seus Cantores de Ébano foi um grupo brasileiro de MPB formado por Nilo Amaro (Moisés Cardoso Neves) e um coro de vozes negras femininas e masculinas
(um soprano, um mezzo soprano, um contralto, dois baixos, um tenor e três barítonos), com destaque para o baixo Noriel Vilela.
Nilo Amaro faleceu em Goiânia, aos 76 anos, no dia 18 de abril de 2004.

Discografia

Compacto/78 rpm (1961) (canções: A Noiva e Greenfields)
Os Anjos Cantam (1962)
Que tem uma análise de Luiz Américo, pesquisador de MPB, que colocou "Os Anjos Cantam" como um dos 100 discos fundamentais da MPB.
Raizes (1963)

"QUATRO ASES E UM CORINGA"


Os Quatro Ases e Um Curinga foram um conjunto vocal e instrumental brasileiro, formado no Rio de Janeiro. Ao lado dos Anjos do Inferno, foram o conjunto de maior sucesso na dita "era de ouro" do rádio brasileiro, principalmente nos anos 1940.
No começo, todos os seus integrantes eram de Fortaleza, Ceará: Evenor Pontes de Medeiros (1915 – 25 de novembro de 2002), violonista e compositor; José Pontes de Medeiros (1921 – 29 de novembro de 2005), violonista e cantor; Permínio Pontes de Medeiros (*1919), gaitista e cantor; André Batista Vieira (*1920), o Curinga, pandeirista, cantor e compositor; e Esdras Falcão Guimarães, o Pijuca (*1921).
André Batista foi substituído por Jorge José da Silva, o Jorginho do Pandeiro
(depois integrante do Época de Ouro). Este posteriormente foi
substituído por Nilo Falcão e Miltinho (ex-Anjo do Inferno).
Em 1939, os irmãos Pontes de Medeiros, que estudavam no Rio de Janeiro, decidiram formar um quarteto vocal e instrumental juntamente com o amigo André Vieira, chamado de Melé. Depois de se formar em Química, dois anos depois, Evenor e os outros três viajam para Fortaleza, onde se apresentam no Ceará Rádio Clube com o nome de Bando Cearense. Foi então que se juntou a eles o violonista Esdras Guimarães, o Pijuca. Por sugestão de Demócrito Rocha, eles adotaram o nome de Quatro Ases e Um Melé. De volta ao Rio, entraram em contato com César Ladeira, diretor da Rádio Mayrink Veiga, que, satisfeito com a performance do quinteto, contratou-o para o horário nobre de sua emissora. Por sugestão de Ladeira, o grupo mudou o nome para Quatro Ases e Um Curinga, uma vez que melé era um termo desconhecido no Rio de Janeiro.
Por intervenção de João Dummar, diretor artístico do Ceará Rádio Clube, em 1941, o grupo foi contratado por Teófilo Duarte, então diretor da Rádio Tupi, onde também se apresentavam os Anjos do Inferno. No mesmo ano, realizaram, na Odeon, sua primeira gravação em disco, acompanhando Dircinha Batista nos sambas Ela disse que dá (Assis Valente) e Costela de cera (Linda Batista). O primeiro disco solo do grupo veio em novembro, também pela Odeon, com a marcha Os dois errados (Álvaro Nunes, Estanislau Silva e Nelson Trigueiro) e o samba Dora, meu amor (Curinga e Constantino Silva). Em 1942, obtiveram o primeiro grande sucesso com a marcha Viva quem tem bigode (David Nasser e Rubens Soares) e foram contratados para atuarem no Cassino Copacabana, onde trabalharam por quatro anos, até ser decretado o fechamento dos cassinos, durante o governo de Eurico Gaspar Dutra. No mesmo ano, participaram do filme Astros em desfile, de José Carlos Burle.
Em 1944, o grupo foi contratado por Victor Costa para apresentarem um programa na Rádio Nacional. Lá, o conjunto teve que assumir diversas novas facetas, passando a dramatizar e a contar histórias ao lado de atores. Participaram do emblemático programa Um milhão de melodias, apresentado por Paulo Gracindo e dirigido pelo maestro Radamés Gnattali.
O grupo marcou a história da Música Popular Brasileira em 1946, ao lançar o Baião (Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga), gênero musical nordestino então desconhecido no resto do país, que se tornou uma coqueluche nacional e incentivou o interesse do público pela música nordestina, até então pouco divulgada.
Em 1950, eles passaram a gravar pela RCA Victor. Dois anos depois, André Vieira, o Curinga, se desligou do grupo, que continuou atuando sem ele até conseguirem um substituto. Depois disso, sucederam-se três Curingas: Jorginho do Pandeiro, Nilo Falcão e, por último, Miltinho. Nessa época, a carreira do grupo começou a declinar.
Em 1953, por desentendimentos com Victor Costa, o conjunto teve seu contrato com a Rádio Nacional cancelado. Eles então voltaram a atuar na Rádio Mayrink Veiga. Em 1955, eles passaram a gravar pela Mocambo e, no ano seguinte, pela Todamérica. Em 1960, gravaram um último disco pela Odeon, já em fim de carreira. Pouco depois, ainda lançaram dois últimos discos, sem maiores repercussões, pelo pequeno selo Marajoara, no qual gravaram o primeiro disco da série então lançada por aquela gravadora, com a marcha No tempo de Carlito (Victor Simon e Haroldo Lobo) e o samba Ela (Haroldo Lobo e David Raw). A última gravação do grupo foi o samba Turma da praia, de Haroldo Lobo e Peterpan, em disco que trazia no lado B o cantor Nilton Paz cantando uma marcha.
Em cerca de vinte anos de carreira, o grupo gravou 100 discos em 78 rpm, sendo 65 na Odeon, 33 na RCA Victor e dois na Marajoara, e participaram de seis filmes.

Sucessos

Baião, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1946)
Boneca de pano, Assis Valente (1950)
Cabelos brancos, Herivelto Martins e Marino Pinto (1949)
Chega, chega, chegadinho, Lauro Maia (1948)
Cigana feiticeira, Benedito Lacerda e Haroldo Lobo (1947)
Derramaro o gai, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1950)
Dezessete e setecentos, Luiz Gonzaga e Miguel Lima (1947)
É com esse que eu vou, Pedro Caetano (1947)
Eu vi um leão, Lauro Maia (1942)
Eu vou até de manhã, Lauro Maia (1945)
Mangaratiba, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1949)
Marcha do caracol, Afonso Teixeira e Peterpan (1950)
No Ceará é assim, Carlos Barroso (1942)
O periquito da madame, Afonso Teixeira, Carvalhinho e Nestor de Holanda (1946)
Onde estão os tamborins?, Pedro Caetano (1947)
Pescador, Haroldo Lobo e Milton de Oliveira (1952)
Sá Mariquinha, Evenor Pontes e Luiz Assunção (1947)
Sambolândia, Pedro Caetano (1947)
Siridó, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1948)
Terra seca, Ary Barroso (1943)
Trem de ferro, Lauro Maia (1943)
Viva quem tem bigode, David Nasser e Rubens Soares (1942)
Vozes da seca, Luiz Gonzaga e Zé Dantas (1953)

Filmografia

Está com Tudo (1952)
Aviso aos Navegantes (1950)
Esta é Fina (1948)
Segura Esta Mulher (1946)
Tristezas Não Pagam Dívidas (1943)
Astros em Desfile (1942)

"ANJOS DO INFERNO"


Anjos do Inferno era o nome de um conjunto vocal e instrumental brasileiro. Originário do Rio de Janeiro, o grupo teve diversas formações ao longo de quase 30 anos, mas mesmo assim conseguiu criar uma identidade sonora típica, devida principalmente ao pistom. O nome veio como ironia à orquestra Diabos do Céu, dirigida por Pixinguinha e muito popular nos anos 30. O auge da carreira dos Anjos do Inferno foi nos anos 40, na época de ouro do rádio. Foram contratados pelas principais emissoras de rádio do Brasil, tocaram em cassinos e gravaram diversos sucessos de carnaval. conjunto excursionou pela América Latina e Estados Unidos,
onde tocou com Carmen Miranda.

Sucessos

Amaralina, Alberto Costa Andrade (1951)
Acontece Que Eu Sou Baiano, Dorival Caymmi (1944)
Adeus, América, Geraldo Jacques e Haroldo Barbosa (1951)
Bahia, Oi!... Bahia, Augusto Mesquita e Vicente Paiva (1940)
Bolinha de Papel, Geraldo Pereira (1945)
Boogie-woogie na favela, Denis Brean (1947)
Brasil Pandeiro, Assis Valente (1941)
Cordão dos Puxa-Sacos, Eratóstenes Frazão e Roberto Martins (1946)
Dora, Dorival Caymmi (1947)
Doralice, Antônio Almeida e Dorival Caymmi (1945)
Helena, Helena, Antônio Almeida e Costantino Silva (1940)
Já Que Está, Deixa Ficar, Assis Valente (1941)
Nêga do Cabelo Duro, David Nasser e Rubens Soares (1942)
Nós, os Carecas, Arlindo Marques Jr. e Roberto Martins (1942)
Requebre Que Eu Dou Um Doce, Dorival Caymmi (1941)
Rosa Morena, Dorival Caymmi (1942)
Sereno, Antônio Almeida (1943)
Vatapá, Dorival Caymmi (1942)
Vestido de Bolero, Dorival Caymmi (1944)
Você Já Foi à Bahia?, Dorival Caymmi (1941)
Xô, Xô!, Antônio Almeida e Ciro de Souza (1941)

"MILTINHO"


Milton Santos de Almeida, conhecido como Miltinho (Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 1928) é um cantor brasileiro.
Começou sua carreira na década de 1940 como integrante de diversos grupos vocais: Anjos do Inferno, Namorados da Lua, Quatro Ases e Um Curinga, Milionários do Ritmo, mas foi na década de 1960 que se consagrou com o sucesso Mulher de 30. Com essa música ganhou muito dinheiro e o reconhecimento do público. Recebeu vários prêmios, participou dos principais programas de televisão da época e de um filme estrelado por Mazzaropi. Ainda faz shows e recentemente lançou um CD com as participações de nomes como Chico Buarque, Elza Soares e Martinho da Vila, entre outros.

"BRAGUINHA"


Carlos Alberto Ferreira Braga, conhecido como Braguinha e também por João de Barro, (Rio de Janeiro, 29 de março de 1907 – 24 de dezembro de 2006) foi um compositor brasileiro, famoso pelas suas marchas de carnaval.
Braguinha estudava Arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes e resolveu adotar o pseudônimo de João de Barro, justamente um pássaro arquiteto, porque o pai não gostava de ver o nome da família circulando no ambiente da música popular, mal visto na época. Pseudônimo este que adotou quando integrou o Bando dos Tangarás, ao lado de Noel Rosa, Alvinho e Almirante.
Em 1931 resolve deixar a Arquitetura e dedicar-se à composição. No carnaval de 1933, consegue os primeiros grandes sucessos com as marchas 'Moreninha da Praia' e 'Trem Blindado', pouco antes do fim do Bando de Tangarás, ambas interpretadas por Henrique Foréis Domingues, mais conhecido como Almirante, que se casou no ano seguinte com sua irmã Ilka.
Suas composições são conhecidas e cantadas por todos os brasileiros: Pirata da Perna de Pau, Chiquita Bacana, Touradas de Madri, A Saudade mata a Gente, Balancê, As Pastorinhas, Turma do Funil e muitas outras.
Sua musicografia completa, inclusive com versões e músicas infantis, passa dos 420 títulos, uma das maiores e de mais sucessos de nossa música popular.
Em 1937, fez letra para uma das composições mais gravadas da música popular brasileira, o samba-choro Carinhoso, feito por Pixinguinha vinte anos antes.
Lançado por Orlando Silva, Carinhoso recebeu mais de cem gravações a partir de então, tais como Dalva de Oliveira, Isaura Garcia, Ângela Maria, Gilberto Alves, Elis Regina, João Bosco e outros.
Na década de 1940, passou a fazer dublagens para produções cinematográficas realizadas por Walt Disney.
Os parceiros mais constantes foram: Alberto Ribeiro, médico homeopata e grande amigo, Alcyr Pires Vermelho, Antônio Almeida e Jota Júnior.
Faleceu aos 99 anos em 24 de dezembro de 2006, vítima de falência múltipla dos órgãos provocada por infecção generalizada.




Discografia

Para vancê/Coisas da roça (1929) Parlophon 78
Desengano/Assombração (1929) Parlophon 78
Salada (1929) Parlophon 78
Não quero amor nem carinho (1930) Parlophon 78
Dona Antonha (1930) Parlophon 78
Minha cabrocha/A mulher e a carroça (1930) Parlophon 78
Quebranto (1930) Parlophon 78
Mulata (1931) Parlophon 78
Cor de prata/Nega (1931) Parlophon 78
Tu juraste… eu jurei/Vou à Penha rasgado (1931) Parlophon 78
Samba da boa vontade/Picilone (1931) 13.344 78
O amor é um bichinho/Lua cheia (1932) Parlophon 78
João de Barro (1972) RCA Victor LP
Pra vancê/Coisas da roça (1929) Parlophon 78
João de Barro e Coisas Nossas (1983) Funarte LP
Yes, nós temos Braguinha (1998) Funarte/Atração CD
João de Barro (Braguinha) — Nasce um compositor (1999) Revivendo CD
João de Barro — A música do século, por seus autores e intérpretes (2000) Sesc São Paulo CD

"ALAÍDE COSTA"


Alaíde Costa Silveira Mondin Gomide, mais conhecida como Alaíde Costa,
(Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 1935) é uma cantora e compositora brasileira.
Começou no programa A raia miúda de Renato Murce. Com um canto suave e sussurrado, é considerada uma das perfeitas vozes do país. Consagrou em 1964 com Onde está você?, grande marco da voz, que embalou casais. Com quinze discos gravados em cinqüenta anos de carreira, participou dos principais programas de televisão e de rádio no eixo Rio-São Paulo. Tema de reportagens de jornais e revistas, participou de festivais internacionais e recebeu importantes prêmios e homenagens de expoentes da música popular brasileira. Uma das grandes referências musicais do movimento surgido em 1957, a bossa nova, frequentava a boemia do Beco das Garrafas, em Copacabana.

"TEIXEIRINHA"


Vítor Mateus Teixeira, mais conhecido como Teixeirinha, (Rolante, 3 de março de 1927 — Porto Alegre, 4 de dezembro de 1985) foi um cantor e compositor brasileiro, também conhecido como o "Rei do Disco", pelos recordes de vendas de
discos que consegue até hoje, mesmo já falecido.
Teixeirinha (ou txuta) teve uma infância difícil, especialmente por ter perdido aos sete anos o pai, um carreteiro, e aos nove anos a mãe, em um incêndio.
Em 1960, Teixeirinha estoura nas paradas de sucesso com a música "Coração de Luto", que descreve sua triste infância e principalmente a morte trágica de sua mãe. O lançamento de "Coração de Luto" tornou-se sucesso nacional, pois vendeu milhões de cópias e se tornou um dos singles mais vendidos da história da música mundial. "Coração de Luto" chegou a ser regravada por diversos intérpretes, entre eles, a dupla sertaneja Milionário & José Rico, com uma roupagem sertaneja.
Em 1961 conheceu em Bagé a cantora Mary Terezinha, que se tornou
sua efetiva companheira.
Atuou também no cinema, sendo que o filme Coração de Luto, de 1967, era uma autobiografia.
Teixeirinha foi um típico músico da linha mais popular da música gaúcha, tendo-se tornado, em seu tempo, um ícone do estilo. Uma de suas canções mais famosas é "Querência Amada", que em sua introdução possui uma dedicatória ao pai e acabou se tornando um hino informal ao Rio Grande do Sul.
Teixeirinha e Mazzaropi foram os maiores fenômenos populares do cinema sul-americano regional. No caso do cantor gaúcho, seus filmes chegaram a superar 1,5 milhões de espectadores, obtidos apenas nos três estados do sul do país. Eram co-produzidos por distribuidores e exibidores locais, que lhes asseguravam a permanência em cartaz. Sua última produção, "A Filha De Iemanjá" foi distribuída pela Embrafilme com fracos resultados. Uma análise mais detalhada dos resultados de exibição pode conduzir a uma melhor compreensão da relação regional da distribuição e da exibição.
Teixerinha teve um recorde de venda de discos sendo que até 1983 vendeu 88 milhões de cópias.Estima-se que até os dias atuais tenha ultrapassado a marca de 120 milhões de cópias em todo o mundo.
Teixeirinha teve 6 filhas e 3 filhos, Marisa Sirley; Liria Luisa; Victor Filho; Margareth; Elizabeth; Lisete Fátima; Márcia Bernadeth; Alexander e Liane Ledurina. Teixeirinha, um dos maiores músicos brasileiros, morreu no dia 4 de dezembro de 1985 e está enterrado no cemitério da Santa Casa em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Discografia

1960 - O Gaúcho Coração do Rio Grande
1961 - Assim é nos pampas
1961 - Um gaúcho canta para o Brasil
1962 - Teixeirinha, volume 4
1963 - Saudades de Passo Fundo
1963 - Teixeirinha interpreta
1963 - Êta gaúcho bom
1964 - Teixeirinha Show
1964 - Gaúcho autêntico

'LAMARTINE BABO"


Lamartine de Azeredo Babo, mais conhecido como Lamartine Babo (Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 1904 — Rio de Janeiro, 16 de junho de 1963) foi um dos mais importantes compositores populares do Brasil. Era um dos doze filhos de Leopoldo Azeredo Babo e Bernarda Preciosa Gonçalves, sendo um dos dos três que chegaram à idade adulta. Era tio de Oswaldo Sargentelli.
Nasceu no mesmo ano da fundação do América Football Club. Tijucano e americano fanático, Lamartine protagonizou cenas memoráveis como o desfile que fez em carro aberto pelas ruas do centro do Rio, fantasiado de diabo, comemorando o último campeonato do América em 1960.
Mesmo tendo sido um leigo em técnica musical, Lamartine criou melodias maravilhosas, resultantes de seu espírito inventivo e altamente versátil. Começou a compor aos catorze anos - a valsa "Torturas do Amor" e, aos dezesseis anos, compõe a opereta "Cibele". Quando foi para o Colégio São Bento dedicou-se a músicas religiosas.
Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Porém, foi através das marchinhas carnavalescas, cantadas até hoje,
como O Teu Cabelo Não Nega,Grau 10, Linda Morena, e A Marchinha do Grande Galo,
que o seu nome se tornou mundialmente conhecido como o Rei do Carnaval.
Em suas letras, predominavam o humor refinado e a irreverência.
Como poucos, Lamartine alcançou os dois extremos da alma brasileira:
a gozação e o sentimento.
Em 1937, na cidade mineira de Boa Esperança, numa situação inusitada,
compôs o famoso samba-canção Serra da Boa Esperança.
Em 1949 compôs os hinos dos 11 participantes do Campeonato Carioca de Futebol daquele ano, com patrocínio do programa de rádio Trem da Alegria, que lançou lps de cada um dos clubes. Em um só dia Lamartine Babo compôs os famosos hinos dos considerados seis maiores e mais tradicionais times de futebol do Rio de Janeiro - sendo o primeiríssimo em seu coração o América FC, além de Vasco da Gama, Fluminense, Flamengo, Botafogo e Bangu. Em seguida foram escritos os hinos dos clubes "menores", sendo eles o São Cristóvão, Madureira, Olaria, Bonsucesso e Canto do Rio. Esses hinos são, na verdade, hinos populares, sendo os hinos oficiais da maioria dos clubes músicas diferentes.
Lalá, como era conhecido, era uma das pessoas mais bem humoradas e divertidas de sua época, não perdendo nunca a chance de um trocadilho ou de uma piada. Em uma entrevista afirmou "Eu me achava um colosso. Mas um dia, olhando-me no espelho, vi que não tenho colo, só tenho osso". Numa outra, o entrevistador pergunta qual era a maior aspiração dos artistas do broadcasting, Lalá não vacila: "A aspiração varia de acordo com o temperamento de cada um… Uns desejam ir ao céu… já que atuam no éter… Outros ‘evaporam-se’ nesse mesmo éter… Os pensamentos da classe são éter… ó… gênios…" - valeu-lhe o título de O Pior Trocadilho de 1941.
E aconteceu também o caso dos correios: Lalá foi enviar um telegrama, o telegrafista bateu então o lápis na mesa em morse para seu colega: "Magro, feio e de voz fina". Lalá tirou o seu lápis e bateu: "Magro, feio, de voz fina e ex-telegrafista"
Sua primeira marchinha gravada, foi a divertida "Os Calças-Largas", em que Lamartine debochava dos rapazes que usavam calças boca-de-sino. Em 1937, com a censura imposta pelo Estado Novo de Getúlio Vargas, carnavalescos irreverentes como Lamartine Babo ficaram proibidos de utilizar a sátira em suas composições. Sem a irreverência costumeira, as marchinhas não foram mais as mesmas.
Em 1951, aos 47 anos, Lamartine Babo, que nunca tivera sorte no amor, casou-se, enfim. Morreu vitimado por um infarto, no dia 16 de junho de 1963, deixando seu nome no rol dos grandes compositores deste país. Seu amigo e parceiro João de Barro, o popular Braguinha, disse certa vez: "Costumo dividir o carnaval em duas fases: Antes e depois de Lamartine".
Em 1981 a escola de samba Imperatriz Leopoldinense conquistou seu primeiro bicampeonato com o enredo "O teu cabelo não nega", de Arlindo Rodrigues, uma comovente e divertida homenagem ao compositor.

"MARTA MENDONÇA"


Marta Mendonça (São Paulo,1940) é uma cantora brasileira.
Ela apareceu nos anos 60 com a canção Tu Sabes, que vendeu muito e
ganhou os principais prêmios da época . Apareceu muito na televisão e viajou o Brasil inteiro. Gravou vários discos, alcançando um total de 110 musicas entre LPS,
compactos e edições especiais.
Em 1965 conheceu o cantor Altemar Dutra e casou-se com ele. Tem dois filhos: Deusa Dutra e Altemar Dutra Júnior.
Atualmente cuida dos netos, esperando alguma oportunidade para mostrar aos mais novos a sua linda voz e seu grande talento. Seu filho está cantando muito e está seguindo os passos dos pais.

"VICENTE CELESTINO"


Antônio Vicente Filipe Celestino (Rio de Janeiro, 12 de setembro de 1894 — São Paulo, 23 de agosto de 1968) foi um dos mais importantes cantores brasileiros do século XX.
Nasceu no bairro de Santa Teresa, filho de italianos da Calábria. Dos seis homens (eram onze irmãos), cinco dedicaram-se ao canto e um ao teatro. Desde os 8 anos, por causa de sua origem humilde, Celestino teve de trabalhar: sapateiro, vendedor de peixe, jornaleiro e, já rapaz, chefe de seção numa indústria de calçados.
Começou cantando para conhecidos e era fã de Enrico Caruso. Antes do teatro cantava muito em festas, serenatas e chopes-cantantes. Estreou profissionalmente cantando a valsa Flor do Mal no teatro São José e fez muito sucesso e também entrou no seu primeiro disco vendendo milhares de cópias em 1916 na Odeon (Casa Edison).
Em 1920 montou uma companhia de operetas, mas sem nunca deixar o carnavalesco de lado, emplacando sucessos como Urubu Subiu. Rapidamente, depois de oportunidade no teatro, alcançou renome. Formou companhias de revistas e operetas com atrizes-cantoras, primeiro com Laís Areda e depois com Carmen Dora. As excursões pelo Brasil renderam-lhe muito dinheiro e só fizeram aumentar sua popularidade. Nos anos 20, reinava absoluto como ídolo da canção. Na década de 30 começou a demonstrar seus dotes como compositor resultando em clássicas de seu reportório, como 'O Ébrio', sua música mais lembrada até hoje (inclusive transformada em filme por sua esposa). Vicente Celestino teve uma das mais longas carreiras entre os cantores brasileiros. Quando morreu, às vésperas dos 74 anos, no Hotel Normandie, em São Paulo, estava de saída para um show com Caetano Veloso e Gilberto Gil, na famosa gafieira "Pérola Negra", que seria gravado para um programa de televisão.
Na fase mecânica de gravação, fez cerca de 28 discos com 52 canções. Com a gravação elétrica, em 1927, sentiu uma certa inaptação quanto ao rendimento técnico, logo superada. Aí recomeçaria os sucessos cantados em todo o Brasil. Em 1935 foi contratado pela RCA VICTOR, praticamente daí sua única gravadora até falecer. No total, gravou em 78 RPM cerca de 137 discos com 265 músicas, mais dez compactos e 31 LPs, nestes também incluídas reedições dos 78 RPM.
Vicente Celestino, que tocava violão e piano, foi o compositor inspirado de muitas das suas criações. Duas delas dariam o tema, mais tarde, para dois filmes de enorme público: O Ébrio (1946) e Coração Materno (1951). Neles Vicente foi dirigido por sua mulher Gilda Abreu (1904 - 1979), cantora, escritora, atriz e cineasta.
Celestino passaria incólume por todas as fases e modismos, mesmo quando, no final dos anos 50, fiel ao seu estilo, gravou "Conceição", "Creio em Ti" e "Se Todos Fossem Iguais a Você". Seu eterno arrebatamento, paixão e inigualável voz de tenor, fizeram com que o povo o elegesse como A Voz Orgulho do Brasil.
Nunca saiu do Brasil e manteve sua voz grave que era marca registrada independente do estilo musical que estava executando. Teve suas músicas regravadas por grandes nomes, como Caetano Veloso e Mutantes.

Sucessos

Urubu Subiu, autor desconhecido (c/Bahiano; 1917)
À Luz do Luar, de sua autoria (1928)
Ai, Ioiô (Linda Flor), Cândido Costa e Henrique Vogeler
Bem-Te-Vi, Melo Morais Filho e Emílio Pestana (1928)
Caiuby (Canção da Cabocla Bonita), Pedro de Sá Pereira (1923)
Coração Materno, de sua autoria (1937)
Dileta, Índio (1933)
Flor do Mal, Domingos Correia e Santos Coelho (1915)
Malandragem, Ari Barroso (1933)
Mia Gioconda, de sua autoria (1946)
Nênias, Índio (1929)
Noite Cheia de Estrelas, Índio (1932)
O Cigano, Gastão Barroso e Marcelo Tupinambá (1924)
O Ébrio, de sua autoria (1936)
Ontem ao Luar, Catulo da Paixão Cearense e Pedro de Alcântara (1918)
Ouvindo-Te, de sua autoria (c/Gilda de Abreu; 1935)
Patativa, de sua autoria (1937)
Porta Aberta, de sua autoria (1946)
Serenata, de sua autoria (1940)

"WILMA BENTIVEGNA"


Wilma Bentivegna (São Paulo, 17 de julho de 1929) é uma cantora,
apresentadora e atriz brasileira.
Começou sua carreira aos nove anos no programa "Clube do Papai Noel".
Foi a primeira cantora a se apresentar na extinta TV Tupi.
Sua especialidade eram versões de músicas estrangeiras de sucesso na época.
Tornou-se nacionalmente conhecida ao gravar Hino ao amor, em 1959.
Ganhou muitos prêmios, entre eles o de atriz revelação.
Participou de algumas telenovelas e do filme Custa Pouco a Felicidade,
de Geraldo Vietri (1952).
Atualmente afastada dos palcos, reside na cidade de Suzano, estado de São Paulo.
Teve como grande amor de Sua vida o Ator Cassiano Gabus Mendes, mas como era casado, suprimo por toda vida.

"MAYSA"


Maysa Figueira Monjardim, mais conhecida como Maysa Matarazzo
ou simplesmente Maysa (São Paulo, 6 de junho de 1936 —
Niterói, 22 de janeiro de 1977), foi uma cantora,
compositora e atriz brasileira.
Ao longo da sua carreira gravou 17 álbuns de estúdio.
Segundo algumas fontes, Maysa teria nascido na capital paulista, numa tradicional família do Estado do Espírito Santo que logo se mudou para o Rio de Janeiro.
Outras fontes, porém, afirmam que seu nascimento foi mesmo no Rio.
Da capital paulista ou do Rio, é certo, no entanto, que em 1947 a família transferiu-se para Bauru, no interior paulista. Logo depois, mudaram-se novamente para a capital. Mesmo fixada em São Paulo, a família ainda mudaria de endereço várias vezes.

Maysa era neta do barão de Monjardim, que foi presidente da província do Espírito Santo por cinco vezes. Estudou no tradicional colégio paulistano Assunção e no
Sacré-Cœur de Marie, em São Paulo.As férias, ela passava em Vitória, onde reencontrava os tios e os primos.
Casou-se aos dezoito anos com o empresário André Matarazzo, dezessete anos mais velho, amigo de seus pais, e membro da conhecida família ítalo-brasileira Matarazzo de cuja união nasceu Jayme Monjardim Matarazzo, diretor de telenovelas e cinema, que foi criado pela avó e, posteriormente, num colégio interno na Espanha, para onde ele foi mandado após a morte do seu pai.

Desquitada do marido em 1957,pois ele se opôs à carreira musical, Maysa seguiria em frente fazendo grande sucesso com canções como Ouça e Meu Mundo Caiu de sua autoria que entraram para a história da música popular brasileira. Seus discos eram campeões de vendas, seus programas de Televisão eram muito prestigiados.
Em 1958 Maysa se tornaria a cantora mais bem paga do Brasil ganhando pela segunda vez consecutiva o disputado troféu Roquette Pinto. Teve vários relacionamentos amorosos, entre eles, com o compositor Ronaldo Bôscoli, o empresário espanhol Miguel Azanza, o ator Carlos Alberto, o maestro Julio Medaglia, entre vários outros.
Ao assumir o relacionamento com Miguel Azanza em 1963, Maysa estabeleceu residência na Espanha onde morou durante anos com o marido e o filho.
Só retornou definitivamente ao Brasil em 1969. Na década de 70, Maysa se aventuraria pelo mundo das telenovelas e do teatro participando de produções como O Cafona,
Bel-Ami e o espetáculo Woyzeck de George Büchner.

Fez inúmeras temporadas de grande sucesso em diversas casas de São Paulo como o Urso Branco, Di Mônaco, Oásis e do Rio de Janeiro como o Au Bon Gourmet, Number One, Canecão, Meia-Noite dentre outras casas tradicionais e famosas.Foi uma artista com intensa carreira internacional gravando vários discos no exterior nas maiores gravadoras acompanhada pelas melhores orquestras. Cantava em Espanhol, Francês, Inglês e Italiano. Excursionou pela América Latina, passando diversas vezes por Buenos Aires, Montevidéu, Lima e também por Caracas, Bogotá, Porto Rico e Cidade do México. Apresentou-se em Paris, Lisboa, Madri, Nova Iorque, Itália, Marrocos e Luanda. Cantando em casas famosas por todo o mundo como o Olympia de Paris,
o Florida Park de [[Madri], o Blue Angel Night Club de Nova Iorque e a Boate Bussola na Toscana (Itália). A lua-de-mel com André Matarazzo consistiu numa viagem por toda a Europa, passando primeiro por Buenos Aires (na Argentina).
O efeito de anfetaminas somado à ingestão excessiva de álcool, e o cansaço devido ao trabalho exaustivo da cantora, teria provocado o acidente de carro, na Ponte Rio-Niterói, que a matou, quando dirigia a "Brasília azul" em alta velocidade, indo para sua casa de praia em Maricá, litoral fluminense.

Manteve contato com vários músicos da Bossa Nova, com os quais pôde expandir referências musicais. Excursionou pelo país ao lado do pianista Pedrinho Mattar, lotando casas de espetáculos como o Urso Branco em São Paulo. Participou de eventos memoráveis na história da música brasileira como o II Festival de música popular Brasileira da TV Record em 1966 e o I Festival Internacional da Canção também em 1966quando recebeu o prêmio de melhor intérprete da fase nacional e o 3º lugar por Dia das Rosas de Luís Bonfá e Maria Helena Toledo.
As composições e as canções foram escolhidas de maneira a formar um repertório sob medida para o seu timbre, que não era o de uma voz vulgar—pelo contrário, possuía um viés melancólico e triste, que se tornou emblemática do gênero fossa ou samba-canção. Ao lado de Maysa, destacam-se Nora Ney, Ângela Maria e Dolores Duran. O gênero, comparado ao bolero, pela exaltação do tema amor-romântico ou pelo sofrimento de um amor não realizado, foi chamado também de dor-de-cotovelo. O samba canção (surgido na década de 1930) antecedeu o movimento da bossa nova (surgido ao final da década de 1950, em 1957), com o qual Maysa se identificou. Mas este último representou um refinamento e uma maior leveza nas melodias e interpretações em detrimento do drama e das melodias ressentidas, da dor-de-cotovelo. O legado de Maysa, ainda que aponte para dívidas históricas com a bossa, é o de uma cantora de voz mais arrastada do que as intérpretes da bossa e por isso aproxima-se antes do bolero.

Foram celebrizadas as seguintes interpretações: Felicidade Infeliz (Maysa), Solidão (Antônio Bruno), Bom dia, Tristeza (Adoniran Barbosa/ Vinicius de Moraes), Tristeza (Haroldo Lobo/ Niltinho), Ne Me Quitte Pas (Jacques Brel) e Bloco da Solidão (Jair Amorim/ Evaldo Gouveia). Também foram consagradas as seguintes interpretações: Adeus, Agonia, Dindi, Eu sei que vou te amar, Marcada, Meu mundo caiu, Não vou querer, Ouça, Resposta, Rindo de mim, Tarde triste, Diplomacia, O barquinho, Demais e Chão de Estrelas.
Contemporânea da compositora e cantora Dolores Duran, Maysa compôs 26 canções, numa época em que havia poucas mulheres nessa atividade. Todas foram gravadas em Maysa por ela mesma, que alcançou grande sucesso. Maysa interpretava de maneira muito singular, personalista, com toda a voz, sentimento e expressão sendo um dos maiores nomes da canção intimista. Um canto gutural, ensejando momentos de solidão e de grande expressão afetiva. Um dos momentos antológicos desta caracterização dramática foi a apresentação, em 1974, de Chão de Estrelas (Sílvio Caldas e Orestes Barbosa), e de Ne Me Quitte Pas (10 de junho de 1976), tendo sido apresentadas em duas edições do programa Fantástico da Rede Globo.
Em 1977, um trágico acidente automobilístico na Ponte Rio-Niterói encerrava a carreira e o brilho da estrela, que foi um dos maiores nomes da música popular brasileira.

Discografia Álbuns de Estúdio

Convite para ouvir Maysa (1956)
Maysa (1957)
Convite para ouvir Maysa n. 2 (1958)
Convite para ouvir Maysa n. 3 (1958)
Convite para ouvir Maysa n. 4 (1959)
Maysa É Maysa... É Maysa... É Maysa (1959)
Voltei (1960)
Maysa Canta Sucessos (1960)
Maysa, Amor... E Maysa (1961)
Barquinho (1961)
Maysa Sings Songs Before Dawn (1961)
Canção do Amor Mais Triste (1962)
Maysa (1964)
Maysa (1966)
Maysa (1969)
Canecão Apresenta Maysa (1969)
Ando Só Numa Multidão de Amores (1970)
Maysa (1974)

Coletâneas

Os Grandes Sucessos de Maysa (1959)
A Música de Maysa (1960)
Ternura... É Maysa (1965)
Canecão Apresenta Maysa (1969)
Dois na Fossa - Maysa & Tito Madi (1975)
Para Sempre Maysa (1977)
Bom É Querer Bem (1978)
Retrospecto vol. 3 (1979)
Convite para ouvir Maysa (1988)
Maysa Por Ela Mesma (1991)
Tom Jobim por Maysa (1993)
Maysa (1996)
Bossa Nova por Maysa (1997)
Simplesmente Maysa (2000)
Quatro em Um - Volume 13 (2001)
Retratos - Maysa (2004)
Novo Millennium (2005)
Maysa - Quando Fala o Coração (2009)

"ELIZETH CARDOSO"


Elizeth Moreira Cardoso (Rio de Janeiro, 16 de julho de 1920 — 7 de maio de 1990)
foi uma cantora brasileira.
Elizeth, A Divina, é considerada como uma das maiores intérpretes da canção brasileira e um das mais talentosas cantoras de todos os tempos,
reverenciada pelo público e pela crítica.
Nasceu na rua Ceará, no subúrbio de São Francisco Xavier, e cantava desde pequena pelos bairros da Zona Norte carioca, cobrando ingresso (10 tostões) das outras crianças para ouvi-la cantar os sucessos de Vicente Celestino.
O pai, seresteiro, tocava violão e a mãe gostava de cantar.

Desde cedo precisou trabalhar e, entre 1930 e 1935, foi balconista, funcionária de uma fábrica de saponáceos e cabeleireira, até que o talento foi descoberto aos dezesseis anos, quando comemorava o aniversário. Foi então convidada para um teste
na Rádio Guanabara, pelo chorão Jacob do Bandolim.
Apesar da oposição inicial do pai, apresentou-se em 1936 no Programa Suburbano,
ao lado de Vicente Celestino, Araci de Almeida, Moreira da Silva, Noel Rosa e Marília Batista. Na semana seguinte foi contratada para um programa semanal na rádio.
Casou-se no fim de 1939 com Ari Valdez, mas o casamento durou pouco.
Trabalhou em boates como taxi-girl, atividade que exerceria por muito tempo.
Em 1941, tornou-se crooner de orquestras, chegando a ser uma das atrações do Dancing Avenida, que deixou em 1945, quando se mudou para São Paulo para cantar no Salão Verde e para apresentar-se na Rádio Cruzeiro do Sul,
no programa Pescando Humoristas.
Além do choro, Elizeth consagrou-se como uma das grandes intérpretes do gênero samba-canção (surgido na década de 1930), ao lado de Maysa Monjardim, Nora Ney, Dalva de Oliveira, Ângela Maria e Dolores Duran. O gênero, comparado ao bolero, pela exaltação do tema amor-romântico ou pelo sofrimento de um amor não realizado, foi chamado também de dor-de-cotovelo ou fossa. O samba canção antecedeu o movimento da bossa nova (surgido ao final da década de 1950, 1957), com o qual Maysa já foi identificada. Mas este último representou um refinamento e uma maior leveza nas melodias e interpretações em detrimento do drama e das melodias ressentidas,
da dor-de-cotovelo e da melancolia.
Elizeth migrou do choro para o samba-canção e deste para a bossa nova gravando em 1958 o LP Canção do Amor Demais,considerado axial para a inauguração deste movimento, surgido em 1957. O antológico LP trazia ainda, também da autoria de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, Chega de saudade, Luciana, Estrada branca, Outra vez.
A melodia ao fundo foi composta com a participação de um jovem baiano que tocava o violão de maneira original, inédita: o jovem João Gilberto.

Anos 1960

Nos anos 1960 apresentou o programa de televisão Bossaudade
(TV Record, Canal 7, São Paulo). Em 1968 apresentou-se num espetáculo que foi considerado o ápice da carreira, com Jacob do Bandolim, Época de Ouro e Zimbo Trio, no Teatro João Caetano, em benefício do Museu da Imagem e do Som (MIS) (Rio de Janeiro). Considerado um encontro histórico da música popular brasileira, no qual foram ovacionados pela platéia; long-plays (Lps) foram lançados em edição limitada pelo MIS. Em abril de 1965 conquistou o segundo lugar na estréia do I Festival de Música Popular Brasileira (TV Record) interpretando Valsa do amor que não vem (Baden Powell e Vinícius de Moraes); o primeiro lugar foi da novata Elis Regina, com Arrastão. Serviu também de influência para vários cantores que viriam depois, sendo uma das principais a cantora Maysa Monjardim.

Apelidos

Teve vários apelidos como A Noiva do Samba-Canção, Lady do Samba, Machado de Assis da Seresta, Mulata Maior, A Magnífica (apelido dado por Mister Eco) e a Enluarada (por Hermínio Bello de Carvalho). Nenhum desses títulos, porém, se iguala ao que foi consagrado por Haroldo Costa –- A Divina --
que a marcou para o público e para o meio artístico.
Elizeth Cardoso lançou mais de 40 LPs no Brasil e gravou vários outros em Portugal, Venezuela, Uruguai, Argentina e México.
ELizeth Cardoso morreu aos 69 anos, vítima de câncer.

Discografia

Álbuns de estúdio e compilações

(1955) Canções à Meia Luz
(1956) Fim de Noite
(1957) Noturno
(1958) Retrato da Noite
(1958) Canção do Amor Demais
(1958) Naturalmente
(1959) Magnífica
(1960) Sax Voz
(1960) A Meiga Elizeth
(1961) Sax Voz nº 2
(1962) A Meiga Elizeth nº 2
(1963) A Meiga Elizeth nº 3
(1963) Elizeth Interpreta Vinícius
(1963) A Meiga Elizeth nº 4
(1963) Elizeth Canta Seus Maiores Sucessos
(1963) Grandes Momentos com Elizeth Cardoso
(1964) A Meiga Elizeth nº 5
(1965) Quatrocentos anos de samba
(1965) Elizeth sobe o morro
(1966) Muito Elizeth
(1966) A bossa eterna de Elizeth e Cyro – Elizeth Cardoso e Cyro Monteiro
(1967) A enluarada Elizeth
(1968) Ao vivo no Teatro João Caetano - Elizeth Cardoso, Zimbo Trio e Jacob do Bandolim - Vol. I e II
(1968) Momento de Amor
(1969) Elizeth e Zimbo Trio na Sucata
(1970) Elizeth no Bola Preta com a Banda do Sodré
(1970) Falou e disse
(1970) É de manhã - Elizeth Cardoso e Zimbo Trio
(1970) Elizeth, a exclusiva
(1970) A bossa eterna de Elizeth e Ciro - Nº 2 - Elizeth Cardoso e Cyro Monteiro
(1971) Elizeth Cardoso
(1971) Elizeth Cardoso - Disco de ouro
(1971) Elizeth Cardoso e Silvio Caldas
(1971) Elizeth Cardoso e Silvio Caldas - Vol. II
(1972) Preciso Aprender A Ser Só
(1972) Elizeth Cardoso
(1974) Edição histórica - VOL. 3
(1974) Elizeth / Feito em Casa
(1974) Mulata Maior
(1975) Bossaudade - A bossa eterna
(1975) Elizeth Cardoso
(1976) Elizeth Cardoso
(1977) Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim, Zimbo Trio e Época de Ouro
(1978) A Cantadeira do Amor
(1978) Live in Japan
(1979) O Inverno do meu Tempo
(1980) Elizeth Cardoso nº 1
(1980) Elizeth Cardoso nº 2
(1980) Elizeth Cardoso nº 3
(1981) Elizethíssima
(1982) Outra vez Elizeth
(1982) Recital
(1983) Elizeth - Uma rosa para Pixinguinha
(1984) Leva meu Samba - Elizeth Cardoso e Ataulfo Júnior
(1986) Luz e Esplendor
(1989) Elizeth Cardoso
(1989) Elizeth Cardoso - Jacob do Bandolim - Zimbo Trio e Conj. Época de Ouro
(1991) Todo Sentimento
(1991) Ary Amoroso

"SILVIO CALDAS"


Sílvio Antônio Narciso de Figueiredo Caldas (Rio de Janeiro, 23 de maio de 1908 — Atibaia, 3 de fevereiro de 1998) foi um cantor e compositor brasileiro.
Seu primeiro sucesso foi o samba de Ari Barroso intitulado Faceira (1931). Desde então, consagrou-se como um dos maiores cantores brasileiros. Chão de estrelas (1937), em parceria com Orestes Barbosa, foi um de seus maiores êxitos.
Dono de timbre inconfundível, que lhe valeu a fama de grande seresteiro, é conhecido também por alcunhas carinhosas, como Caboclinho querido,
A voz morena da cidade ou Titio.
Sílvio era um grande amigo do pai da cantora Maysa,
e foi ele que a ensinou a tocar violão.

Sucessos

As Pastorinhas, João de Barro e Noel Rosa (1938)
Acorda, Escola de Samba, Benedito Lacerda e Herivelto Martins (1935)
Boneca, Aldo Cabral e Benedito Lacerda (1934)
Chão de Estrelas, de sua autoria c/Orestes Barbosa (1937)
Como os Rios Que Correm pro Mar, Custódio Mesquita e Evaldo Ruy (1943)
Da Cor do Pecado, Bororó (1939)
Deusa da Minha Rua, Jorge Faraj e Newton Teixeira (1939)
Faceira, Ari Barroso (1931)
Florisbela, Frazão e Nássara (1939)
Inquietação, Ari Barroso (1934)
Lenço no Pescoço, Wilson Batista (1933)
Maria, Ari Barroso e Luiz Peixoto (1939)
Mimi, Uriel Lourival (1933)
Minha Casa, Joubert de Carvalho (1946)
Minha Palhoça, J. Cascata (1935)
Modinha, Jaime Ovalle e Manuel Bandeira (1943)
Morena Boca de Ouro, Ari Barroso (1940)
Mulher, Custódio Mesquita e Sadi Cabral (1940)
Na Aldeia, de sua autoria c/Caruzinho e De Chocolat (1933)
Na Baixa do Sapateiro, Ari Barroso (1939)
O Telefone do Amor, Benedito Lacerda e Jorge Faraj (1934)
Obrigado, Doutor, Nássara e Roberto Martins, c/acompanhamento da Orquestra Tabajara (1950)
Por Causa dessa Cabocla, Ari Barroso e Luiz Peixoto (1934)
Professora, Benedito Lacerda e Jorge Faraj (1938)
Quando Eu Penso na Bahia, Ari Barroso e Luiz Peixoto, duo c/Carmen Miranda (1938)
Segura Esta Mulher, Ari Barroso (1933)
Serenata, de sua autoria c/Orestes Barbosa (1934)
Três Lágrimas, Ari Barroso (1940)
Velho Realejo, Custódio Mesquita e Sadi Cabral (1940)

"ORLANDO SILVA"


Orlando Garcia da Silva (Rio de Janeiro, 3 de outubro de 1915 —
Rio de Janeiro, 7 de agosto de 1978) foi um dos mais importantes cantores brasileiros da primeira metade do século XX.
Orlando Silva nasceu na rua General Clarindo, hoje rua Augusta, no bairro do Engenho de Dentro. Seu pai, José Celestino da Silva, era violonista e participou com Pixinguinha de serenatas, peixadas e feijoadas. Orlando viveu por três anos neste ambiente, quando, então, seu pai faleceu vítima da gripe espanhola.
Teve uma infância normal, sempre gostando muito de violão. Na adolescência já era fã de Carlos Galhardo e Francisco Alves, este último um dos responsáveis por seu sucesso. Seu primeiro emprego foi de estafeta da Western, com o salário de 3,50 cruzeiros por dia. Foi então para o comércio e trabalhou como sapateiro, vendedor de tecidos e roupas e trocador de ônibus. Quando desempenhava as funções de office boy, ao saltar de um bonde para entregar uma encomenda, sofreu um acidente, tendo um de seus pés parcialmente amputado, ficando um ano inativo, problema sério, já que sustentava a família.

Foi Bororó, conforme o próprio relata no filme O cantor das multidões que o apresentou a Francisco Alves, que ouviu Orlando cantar no interior de seu carro, decidindo imediatamente lançá-lo em seu programa na rádio Cajuti. Nos seis ou sete anos seguintes, tornou-se um grande sucesso, considerado por muitos a mais bela voz do Brasil. Atraía os fãs de tal forma que o locutor Oduvaldo Cozzi passou a apresentá-lo como "o cantor das multidões",
conforme relata no filme com o mesmo nome.

Principais sucessos

A jardineira, Benedito Lacerda e Humberto Porto (1938)
A última estrofe, Cândido das Neves (1935)
Abre a janela, Arlindo Marques Júnior e Roberto Roberti (1937)
Alegria, Assis Valente e Durval Maia (1937)
Amigo leal, Aldo Cabral e Benedito Lacerda (1937)
Aos pés da cruz, Marino Pinto e Zé da Zilda (1942)
Atire a primeira pedra, Ataulfo Alves e Mário Lago (1944)
Brasa, Felisberto Martins e Lupicínio Rodrigues (1945)
Caprichos do destino, Claudionor Cruz e Pedro Caetano (1938)
Carinhoso, João de Barro e Pixinguinha (1937)
Cidade-mulher, Noel Rosa (1936)
Curare, Bororó (1940)
Errei, erramos, Ataulfo Alves (1938)
Eu chorarei amanhã, Ivo Santos e Raul Sampaio (1957)
Juramento falso, J. Cascata e Leonel Azevedo (1937)
Lábios que beijei, J. Cascata e Leonel Azevedo (1937)
Lero-lero, Benedito Lacerda e Eratóstenes Frazão (1942)
Mágoas de caboclo, J. Cascata e Leonel Azevedo (1936)
Mal-me-quer, Cristóvão de Alencar e Newton Teixeira (1939)
Meu consolo é você, Nássara e Roberto Martins (1938)
Meu romance, J. Cascata (1937)
Nada além, Custódio Mesquita e Mário Lago (1938)
Número um, Benedito Lacerda e Mário Lago (1939)
Pecadora, Agustín Lara, versão de Geber Moreira (1947)
Quero beijar-te ainda, Paulo Tapajós (1955)
Quero dizer-te adeus, Ary Barroso (1942)
Rosa, Otávio de Sousa e Pixinguinha (1937)
Sertaneja, René Bittencourt (1939)
Súplica, Déo, José Marcílio e Otávio Gabus Mendes (1940)

"NOEL ROSA"


Noel de Medeiros Rosa (Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1910 —
Rio de Janeiro, 4 de maio de 1937) foi um sambista, cantor, compositor, bandolinista, violonista brasileiro e um dos maiores e mais importantes artistas da música no Brasil.Teve contribuição fundamental na legitimação do samba de morro e no "asfalto", ou seja, entre a classe média e o rádio, principal meio de comunicação em sua época - fato de grande importância, não só o samba, mas a história da música popular brasileira.
Noel Rosa nasceu de um parto muito difícil para sua mãe, em que o uso do fórceps pelo médico causou-lhe um afundamento da mandíbula que o marcou pela vida toda. Criado no bairro carioca de Vila Isabel, primeiro filho do comerciante Manuel Garcia de Medeiros Rosa da professora Martha de Medeiros Rosa, Noel era de família de classe média, tendo estudado no tradicional Colégio São Bento.
Adolescente, aprendeu a tocar bandolim de ouvido e tomou gosto pela música — e pela atenção que ela lhe proporcionava. Logo, passou ao violão e cedo tornou-se figura conhecida da boemia carioca. Entrou para a Faculdade de Medicina, mas logo o projeto de estudar mostrou-se pouco atraente diante da vida de artista, em meio ao samba e noitadas regadas à cerveja. Noel foi integrante de vários grupos musicais, entre eles o Bando de Tangarás, ao lado de João de Barro (o Braguinha), Almirante, Alvinho e Henrique Brito.

Em 1929, Noel arriscou as suas primeiras composições, Minha Viola e Toada do Céu, ambas gravadas por ele mesmo. Mas foi em 1930 que o sucesso chegou, com o lançamento de Com que roupa?, um samba bem-humorado que sobreviveu décadas e hoje é um clássico do cancioneiro brasileiro. Essa música ele se inspirou quando ia sair com os amigos, a mãe não deixou e escondeu suas roupas, ele, com pressa perguntou: "Com que roupa eu vou?" Noel revelou-se um talentoso cronista do cotidiano, com uma sequência de canções que primam pelo humor e pela veia crítica. Orestes Barbosa, exímio poeta da canção, seu parceiro em Positivismo, o considerava o "rei das letras". Noel também foi protagonista de uma curiosa polêmica travada através de canções com seu rival Wilson Batista. Os dois compositores atacaram-se mutuamente em sambas agressivos e bem-humorados, que renderam bons frutos para a música brasileira, incluindo clássicos de Noel como Feitiço da Vila e Palpite Infeliz. Entre os intérpretes que passaram a cantar seus sambas, destacam-se Mário Reis, Francisco Alves e
Aracy de Almeida.
Noel teve ao mesmo tempo várias namoradas e foi amante de muitas mulheres casadas. Casou-se em 1934 com Lindaura, mas era apaixonado mesmo por Ceci, a prostituta do cabaré, sua amante de longa data. Era tão apaixonado por ela, que ele escreveu e fez sucesso com a música "Dama do Cabaré", inspirada em Ceci, que mesmo na vida fácil, era uma dama ao se vestir e ao se comportar com os homens, e o deixou totalmente enlouquecido pela sua beleza. Foram anos de caso com ela, eles se encontravam no cabaré a noite e passeavam juntos, bebiam, fumavam, andavam principalmente pelo bairro carioca da Lapa, onde se localizava o cabaré. Ele dava-lhe presentes, joias, perfumes, ela o compensava com noites inesquecíveis de amor. Noel passou os anos seguintes travando uma batalha contra a tuberculose. A vida boêmia, porém, nunca deixou de ser um atrativo irresistível para o artista, que entre viagens para cidades mais altas em função do clima mais puro, sempre voltava para o samba, a bebida e o cigarro, nas noites cariocas, cercado de muitas mulheres, a maioria, suas amantes. Mudou-se com a esposa para Belo Horizonte, lá, Lindaura engravidou, mas sofreu um aborto, e não pôde mais ter filhos, por isso Noel não foi pai, trabalhou na Rádio Mineira e entrou em contato com compositores amigos da noite, como Rômulo Pais, recaindo sempre na boêmia. De volta ao Rio, jurou estar curado.
Faleceu em sua casa no bairro de Vila Isabel no ano de 1937, aos 26 anos,
em consequência da doença que o perseguia desde sempre.
Deixou Lindaura viúva e não foi pai de nenhum filho.
Lindaura e dona Martha cuidaram dele até o fim.

Obras:
Foram mais de trezentas composições criadas por Noel:


Ingênua (com Glauco Viana), 1928/1930
Com que roupa? 1929
Festa no céu 1929
Minha viola 1929
A.B. Surdo, (com Lamartine Babo) 1930
Bom elemento, (com Euclides Silveira, o Quidinho) 1930
Devo esquecer (com Gilberto Martins), 1930
Dona Aracy 1930
Dona Emília, (com Glauco Vianna) 1930
Eu vou pra vila 1930
Gago apaixonado, 1930
Lataria (com João de Barro e Almirante), 1930
Malando medroso 1930
Meu sofrer (com Henrique Britto), 1930
Quem dá mais (Leilão do Brasil) 1930
Sorriso de criança 1930
Vou te ripar 1930
Adeus (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1931
A.E.I.O.U. (com Lamartine Babo), 1931
Agora 1931
Coração 1931
Cordiais saudações 1931
É preciso discutir 1931
Espera mais um ano 1931
Esquecer e perdoar (com Canuto), 1931
Estátua da paciência (com Jerônimo Cabral), 1931
Eu agora fiquei mal (com Antenor Gargalhada), 1931
Fiquei sozinha (com Adauto Costa), 1931
Gosto, mas não é muito (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1931
Já não posso mais (com Pururuca, Canuto e Almirante), 1931
Julieta (com Eratóstenes Frazão), 1931
Mão no remo (com Ary Barroso), 1931
Mardade de cabocla 1931
Mentiras de mulher 1931
Mulata fuzarqueira, 1931
Mulato bamba (Mulato forte) 1931
Nega, (com Lamartine Babo) 1931
Nunca... Jamais 1931
Palpite (com Eduardo Souto), 1931
Pesado 13 (paródia do tango El penado, de Agustin Magaldi, Pedro Noda e Carlos Pesce), 1931
Picilone 1931
Por causa da hora 1931
Por esta vez passa 1931
O pulo da hora 1931
Que se dane (com Jota Machado), 1931
Rumba da meia-noite (com Henrique Vogeler), 1931
O samba da boa vontade (com João de Barro), 1931
Sinhá Ritinha, (com Moacir Pinto Ferreira) 1931
Só pra contrariar (com Manoel Ferreira), 1931
Você foi o meu azar (com Arthur Costa), 1931
Ando cismado (com Ismael Silva), 1932
Araruta (com Orestes Barbosa), 1932
Assim sim (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1932
Até amanhã 1932
Dona do lugar (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1932
E não brinca não (Não brinca não) 1932
É peso (com Ismael Silva), 1932
Escola de malandro (com Orlando Luiz Machado e Ismael Silva), 1932
Estamos esperando 1932
Felicidade (com René Bittencourt), 1932
Fita amarela 1932
Fui louco (com Alcebíades Barcelos, o Bide), 1932
Mas como... Outra vez? (com Francisco Alves), 1932
Mentir (Mentira necessária) 1932
Mulher indigesta 1932
Não faz, amor (com Cartola), 1932
Não há castigo (com Ernesto dos Santos, o Donga), 1932
Não me deixam comer 1932
Nuvem que passou 1932
Para me livrar do mal (com Ismael Silva), 1932
Prazer em conhecê-lo (com Custódio Mesquita), 1932
Primeiro amor (com Ernani Silva), 1932
Qual foi o mal que eu te fiz? (com Cartola), 1932
Quem não dança 1932
Quero falar com você (com Lauro dos Santos, o Gradim), 1932
A razão dá-se a quem tem (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1932
Rir (com Cartola), 1932
São coisas nossas (Coisas nossas) 1932
Sem tostão 1932
Seu Jacinto 1932
Tenentes do diabo (com Visconde de Bicohyba e Henrique Vogeler), 1932
Tenho um novo amor (com Cartola), 1932
Tudo o que você diz 1932
Uma jura que fiz (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1932
Vitória (com Romualdo Peixoto, o Nonô), 1932
Amor de parceria 1933
Arranjei um fraseado 1933
Capricho de rapaz solteiro 1933
Contraste 1933
Cor de cinza 1933
De qualquer maneira (com Ary Barroso), 1933
Deus sabe o que faz (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1933
Dono do meu nariz (paródia de Dona da minha vontade, de Francisco Alves e Orestes Barbosa), 1933
Estrela da manhã (com Ary Barroso), 1933
Esquina da vida (com Francisco de Queirós), 1933
Eu queria um retratinho de você (com Lamartine Babo), 1933
Feitio de oração (com Osvaldo Gogliano, o Vadico), 1933
Filosofia (com André Filho), 1933
Habeas-corpus (com Orestes Barbosa), 1933
Isso não se faz (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1933
Já sei que tens um novo amor (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1933
Meu barracão 1933
Não digas (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1933
Não tem tradução (Cinema falado) 1933
Nem com uma flor (com Francisco Alves), 1933
Nunca dei a perceber (com Ismael Silva e Francisco Alves), 1933
Onde está a honestidade? (com Francisco Alves), 1933
O orvalho vem caindo (com Kid Pepe), 1933
Positivismo (com Orestes Barbosa), 1933
Pra esquecer 1933
Prato fundo (com João de Barro, o Braguinha), 1933
Quando o samba acabou 1933
Quem não quer sou eu (com Ismael Silva), 1933
Rapaz folgado 1933
Sei que vou perder (com Romualdo Peixoto, o Nonô e Alfredo Lopes Quintas), 1933
Seja breve 1933
O sol nasceu pra todos (com Lamartine Babo), 1933
Sorrindo sempre (com Lauro dos Santos, o Gradim, Ismael Silva e Francisco Alves), 1933
Três apitos 1933
Vai haver barulho no chatô (com Walfrido Silva), 1933
Vai para a casa depressa (cara ou coroa) (com Francisco Mattoso),1933
Vejo amanhecer (com Francisco Alves), 1933
Você, por exemplo (com Francisco Alves), 1933
Você só... mente (com Hélio Rosa), 1933
Boa viagem (com Ismael Silva), 1934
Dama do cabaré 1934
Feitiço da Vila (com Osvaldo Gogliano, o Vadico), 1934
Fiquei rachando lenha (com Hervê Cordovil), 1934
Linda pequena (com João de Barro), 1934
O maior castigo que te dou 1934
Mais um samba popular (com Osvaldo Gogliano, o Vadico), 1934
Marcha da prima... Vera 1934
A melhor do planeta (com Henrique Foreis Domingues, o Almirante), 1934
Paga-me esta noite (paródia de Tell me tonight, de Mischa Spoliansky)1934
As pastorinhas (com João de Barro), 1934
Remorso 1934
Retiro da saudade (com Antonio Nássara), 1934
Se a sorte me ajudar (com Germano Augusto Coelho), 1934
O século do progresso 1934
Tenho raiva de quem sabe (com Zé Pretinho e Kid Pepe), 1934
Tipo zero 1934
Triste cuíca (com Hervê Cordovil), 1934
Você é um colosso 1934
Voltaste pro subúrbio 1934
Vou te ripar 2 1934
Ao meu amigo Edgard (carta de Noel) (com João Nogueira), 1935-1978
Belo Horizonte (paródia de I'm looking over a four leaf clover, de Mort Dixon e Harry Woods), 1935
Boas tenções (com Arnold Glückmann), 1935
Canção do galo capão (paródia de Canção do grande galo, de Lamartine Babo e Paulo Barbosa), 1935
Cansei de pedir 1935
Cansei de implorar 1935
Condeno o teu nervoso (paródia de Teus ciúmes, de Lacy Martins e Aldo Cabral), 1935
Conversa de botequim (com Oswaldo Gogliano, o Vadico), 1935
Cor de leite com café (com Hamilton Sbarra), 1935-1969
Deixa de ser convencida (com Wilson Baptista), 1935
Disse-me disse 1935
Envio essas mal traçadas linhas (paródia de Cordiais saudações), 1935
Finaleto (com Arnold Glückmann), 1935
Foi ele (paródia de Foi ela, de Ary Barroso), 1935
Genoveva não sabe o que diz (paródia de Palpite infeliz), 1935
João Ninguém 1935
O Joaquim é condutor (com Arnold Glückmann), 1935
Não foi por amor (com Zé Pretinho e Germano Augusto Coelho), 1935
Não resta a menor dúvida (com Hervê Cordovil), 1935
Palpite infeliz 1935
Para o bem de todos nós (com Arnold Glückmann), 1935
Pela décima vez 1935
Perdoa este pecador (com Arnold Glückmann), 1935
Pierrô apaixonado (com Heitor dos Prazeres), 1935
Precaução inútil (paródia de Boneca, de Aldo Cabral e Benedito Lacerda), 1935
Quantos beijos (com Oswaldo Gogliano, o Vadico), 1935
Que baixo! (com Antônio Nássara), 1935
O que é que você fazia? (com Hervê Cordovil), 1935
Roubou, mas não leva (paródia de Pagou, mas não leva, de Benedito Lacerda e Milton Amaral), 1935
Seu Zé (paródia de Boneca, de Aldo Cabral e Benedito Lacerda), 1935
Silêncio de um minuto 1935
Só pode ser você (ilustre visita) (com Oswaldo Gogliano, o Vadico), 1935
Tudo nos une (com Arnold Glückmann), 1935
Tudo pelo teu amor (com Arnold Glückmann), 1935
Cem mil réis (com Oswaldo Gogliano, o Vadico), 1936
Cidade mulher 1936
Dama do cabaré 1936
De babado (com João Mina), 1936
É bom parar (com Rubens Soares), 1936
Este meio não serve (com Ernesto dos Santos, o Donga), 1936
Maria-fumaça 1936
Menina dos meus olhos (com Lamartine Babo), 1936
Morena-sereia (com José Maria de Abreu), 1936
Na Bahia (com José Maria de Abreu), 1936
Pela primeira vez (com Critóvão de Alencar), 1936
Provei (com Oswaldo Gogliano, o Vadico), 1936
Quem ri melhor 1936
São coisas nossas 1936
Sobe balão (com Marília Baptista), 1936-1961
Tarzan, o filho do alfaiate (com Oswaldo Gogliano, o Vadico), 1936
Você vai se quiser 1936
O x do problema 1936
Chuva de vento 1937
Eu sei sofrer 1937
Pra que mentir (com Oswaldo Gogliano, o Vadico), 1937
Último desejo 1937
Você por exemplo 1937
Amar com sinceridade (com Sylvio Pinto), 193?
Baianinha 193?
Cabrocha do Rocha (com Sílvio Caldas), 193?
Com mulher não quero mais nada (com Sylvio Pinto), 193?
Faz de conta que eu morri (com Henrique Gonçales), 193?
Faz três semana (paródia de Suçuarana, de Heckel Tavares e Luís Peixoto), 193?
João-teimoso (com Marília Baptista), 193?
Não morre tão cedo 193?
No baile da flor-de-lis 193?
Para atender a pedido 193?
Queimei teu retrato (com Henrique Britto), 193?
Saí da tua alcova 193?
Suspiro (com Orestes Barbosa), 193?